Pesquisa concluída pelo Datafolha a 23 dias da eleição para prefeito, mostra que a candidata do PT, Marta Suplicy, continua liderando a disputa, com 37% das intenções de voto. Há uma semana, a petista atingia 40%; a variação está dentro da margem de erro da pesquisa, de três pontos percentuais, para mais ou para menos. O atual prefeito, e candidato à reeleição, Gilberto Kassab, do DEM, oscilou de 18% para 21% das preferências, e, em razão da margem de erro, empata, na disputa pelo segundo lugar, com Geraldo Alckmin, do PSDB, que oscilou de 22% para 20%. O Datafolha já havia detectado empate técnico entre os dois candidatos na semana passada, mas esta é a primeira vez que o democrata fica numericamente à frente do tucano nessa série de pesquisas do Datafolha.
O ex-prefeito Paulo Maluf (PP) se manteve com 8% e Soninha (PPS) oscilou de 3% para 4%. Ivan Valente (PSOL) atinge 1% das intenções de voto. Anaí Caproni (PCO), Ciro (PTC), Levy Fidelix (PRTB) e Renato Reichmann (PMN), foram citados, mas não atingiram 1% das preferências. O nome de Edmilson Costa (PCB) constava do cartão circular apresentado aos entrevistados, mas ele não foi citado.
Se a eleição fosse hoje, 4% votariam em branco ou anulariam o voto, mesmo percentual dos que não saberiam em quem votar.
Foram ouvidos 1099 eleitores da cidade de São Paulo, a partir dos 16 anos de idade, nos dias 11 e 12 de setembro, e a margem de erro máxima, para os resultados que se referem ao total da amostra, é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Os percentuais do levantamento atual mostram que, depois do horário eleitoral, que passou a ser transmitido no dia 19 de agosto, Kassab vem ganhando pontos na intenção de voto, a rejeição a seu nome tem caído e a aprovação a seu governo aumenta a cada pesquisa.
No que diz respeito à intenção de voto, desde o início da transmissão do horário eleitoral, Marta permaneceu estável, Alckmin perdeu 12 pontos percentuais e Kassab ganhou 10 pontos.
Na pesquisa de 23 e 24 de julho o democrata tinha 11% das intenções de voto, 21 pontos a menos do que Geraldo Alckmin, que atingia 32%, e empatava tecnicamente com Marta, que contava com 36% das preferências. Na pesquisa seguinte, a primeira após o início do horário eleitoral, realizada nos dias 21 e 22 de agosto, Marta foi a 41%, Alckmin caiu para 24% e Kassab oscilou para 14%. Assim, a vantagem do tucano sobre o atual prefeito caiu pela metade. Uma semana depois, no dia 29, Marta oscilou para 39%, Alckmin se manteve com 24% e Kassab chegou a 16%. Na semana seguinte, Marta se manteve estável, com 40%. Alckmin variou dois pontos para baixo, obtendo 22%, enquanto Kassab fez o caminho inverso e chegou a 18%. Ocorria então, pela primeira vez, empate entre os dois candidatos na disputa pelo segundo lugar, que se repete agora, com inversão de posições.
A pesquisa também mostra que, após o início do horário eleitoral, Gilberto Kassab vem ganhando pontos de maneira consistente no que se refere à intenção de voto espontânea. Na pesquisa dos dias 23 e 24, 7% dos eleitores paulistanos diziam espontaneamente que pretendiam votar pela reeleição do democrata. Essa taxa oscilou para 10% na pesquisa dos dias 21 e 22 de agosto, para 12% no dia 29, para 13% nos dias 4 e 5 de setembro e chega hoje a 15%. Geraldo Alckmin, por sua vez, tinha 13% no final de julho; hoje, tem 12%. Marta era líder no que se refere à intenção de voto espontânea antes do horário eleitoral, com 22%, e continua na liderança hoje, com 28%.
Em simulações de segundo turno, Kassab empata tanto com Marta quanto com Alckmin
O fortalecimento da candidatura de Gilberto Kassab também é demonstrado pelos resultados das simulações de segundo turno. Pela primeira vez o democrata empata tanto com Marta Suplicy quanto com Geraldo Alckmin nessas simulações.
Se o segundo turno fosse realizado hoje, entre Marta e Kassab, 48% votariam na petista, ante 44% que dariam seu voto ao atual prefeito. Há uma semana, Marta obtinha 50% e Kassab atingia 43%.
Contra Alckmin, Kassab teria 41% do total de votos, ante 46% que dariam seu voto ao peessedebista. Semana passada, o placar era de 52% para o tucano, 34% para o democrata. Ou seja, uma vantagem de 18 pontos percentuais foi reduzida para apenas cinco pontos.
A simulação de uma disputa entre Marta e Alckmin mostra, hoje, resultado rigorosamente igual ao registrado no levantamento anterior: 47% para cada candidato.
Em uma disputa entre Marta e Kassab, o democrata ficaria com o voto de 66% dos que têm intenção de votar em Geraldo Alckmin no primeiro turno; 23% dariam seu voto à petista.
Se a disputa ficasse entre Alckmin e Marta, 74% dos que pretendem votar em Kassab no primeiro turno afirmam que votariam no candidato do PSDB no segundo; 22% votariam na petista.
No caso de segundo turno entre Alckmin e Kassab, 52% dos que dizem ter intenção de votar em Marta no primeiro turno dariam seu voto ao tucano, e 31% votariam no atual prefeito.
Os eleitores que têm intenção de votar em Paulo Maluf dariam sua preferência a Kassab contra Marta (55% a 29%) e a Alckmin contra a petista (63% a 25%). No caso de disputa entre o tucano e o democrata, 49% dos eleitores de Maluf ficariam com o primeiro e, 42%, com o segundo.
Taxa de rejeição a Kassab empata com a obtida por Alckmin
Outro dado mostra o avanço da candidatura de Gilberto Kassab: a rejeição a seu nome vem caindo a cada pesquisa, desde o levantamento de 21 e 22 de agosto. Naquela ocasião, 32% diziam que não votariam de jeito nenhum no democrata no primeiro turno da eleição para prefeito, percentual que empatava com o obtido por Marta Suplicy (31%) e era 14 pontos maior do que o que atingia
Geraldo Alckmin (18%). Essa taxa caiu para 26% na pesquisa do dia 29, oscilou para 24% no levantamento da semana passada e é hoje de 22%, 11 pontos menor do que a que atinge Marta (33%) e apenas cinco pontos maior do que a obtida por Alckmin (17%), o que configura um empate entre os dois também no ranking de rejeição.
A taxa de rejeição a Paulo Maluf continua sendo a maior entre os candidatos a prefeito: 57% não votariam de jeito nenhum no ex-prefeito, idêntica à verificada na pesquisa da semana passada.
Vêm a seguir Levy Fidelix (18% de rejeição), Soninha (16%), Anaí Caproni, Ciro, Edmilson Costa, Ivan Valente e Renato Reichmann (12% de rejeição, cada).
Votariam em qualquer um dos candidatos 2%, e não votariam em nenhum deles 1%.
73% ainda não sabem número de Kassab
Apesar de estar em ascensão na disputa, Gilberto Kassab continua sendo o candidato com menor taxa de potenciais eleitores que demonstram conhecer o número que devem digitar na urna eletrônica para confirmar seu voto em 5 de outubro. Quando indagados a respeito, 73% não sabem dizer o número do democrata (25). Essa taxa era de 85% na pesquisa anterior. Respondem corretamente 21% (11% no levantamento da semana passada).
A líder Marta Suplicy continua sendo a candidata com maior percentual de eleitores que respondem corretamente qual número devem digitar para confirmar seu voto: 58% citam o número certo (13); há uma semana eram 57%.
O percentual dos que citam corretamente o número de Geraldo Alckmin (45) hoje é de 47%, mesmo percentual verificado na pesquisa da semana passada.
Maluf (número 11) obtém 53% de respostas corretas entre os eleitores que têm intenção de votar nele para prefeito.
Aprovação a Kassab chega a 50%
Além do aumento em sua taxa de intenção de voto, Gilberto Kassab viu a aprovação a seu governo subir após o início do horário eleitoral, e o prefeito vem batendo seu próprio recorde desde então. Hoje, o percentual dos que acham que o democrata está fazendo um governo ótimo ou bom é de 50%, melhor índice de seu governo. Na pesquisa dos dias 23 e 24 de julho essa taxa era de 35%. Ela subiu para 40% no levantamento realizado na semana em que teve início o horário eleitoral, nos dias 21 e 22 de agosto, foi a 44% no dia 29 e oscilou para 45% uma semana depois, taxa cinco pontos inferior à verificada hoje.
O percentual dos que consideram o desempenho de Kassab ruim ou péssimo caiu de 23% na semana passada para 14% hoje; a taxa dos que classificam o governo do democrata como regular subiu de 30% para 34%.
A nota média atribuída ao prefeito, em uma escala de zero a dez, é 6,2, a maior obtida em seu governo. Na pesquisa anterior, ele obtinha nota média 5,7.
São Paulo, 12 de setembro de 2008.