Kassab chega a 18% e empata com Alckmin, que tem 22%; Marta lidera, com 40%

DE SÃO PAULO

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Faltando um mês para o primeiro turno da eleição para prefeito, a candidata do PT, Marta Suplicy, continua liderando a disputa, com 40% das intenções de voto. Em pesquisa realizada na semana passada, a ex-prefeita obtinha 39%. Se a eleição fosse hoje, a dúvida seria quem a petista enfrentaria no segundo turno. Empatam no segundo lugar Geraldo Alckmin, do PSDB, que oscilou de 24% para 22%, e o atual prefeito, Gilberto Kassab, do DEM, que segue curva ascendente, e chega a 18% das preferências, taxa dois pontos maior do que a registrada no levantamento anterior (16%). A diferença de Alckmin para Kassab chegou a ser de 21 pontos no final de julho (32% a 11%).

O ex-prefeito Paulo Maluf (PP) oscilou de 7% para 8% e Soninha (PPS) se manteve com 3%.

Ciro (PTC), Edmilson Costa (PCB), Ivan Valente (PSOL), Levy Fidelix (PRTB) e Renato Reichmann (PMN), foram citados, mas não atingiram 1% das preferências. Anaí Caproni (PCO) não foi mencionada por nenhum dos entrevistados pela terceira vez consecutiva.

Se a eleição fosse hoje, 5% votariam em branco ou anulariam o voto. Não saberiam em quem votar 4%.

Foram ouvidos 1091 eleitores da cidade de São Paulo, a partir dos 16 anos de idade, nos dias 4 e 5 de setembro, e a margem de erro máxima, para os resultados que se referem ao total da amostra, é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Um terço (30%) dos eleitores paulistanos dizem que vão votar em Marta de forma espontânea, antes da apresentação dos cartões circulares com os nomes dos candidatos; eram 28% no levantamento anterior. A taxa de menções espontâneas a Geraldo Alckmin se manteve em 15%; Gilberto Kassab oscilou de 12% para 13% na intenção de voto espontânea. Maluf é citado espontaneamente por 5%.

O percentual dos que não sabem dizer espontaneamente em quem gostaria de votar para prefeito caiu de 32% para 28%. Dizem espontaneamente que pretendem votar em branco ou anular 5% (eram 7% no levantamento anterior).

Um dos segmentos nos quais a diferença entre Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab ficou menor, em relação à pesquisa anterior, de 29 de agosto, foi o de eleitores que fazem parte de famílias que têm renda entre cinco e dez salários mínimos. Nesse estrato, o candidato do PSDB perdeu seis pontos (caiu de 32% para 26%), enquanto o candidato à reeleição ganhou cinco (passou de 19% para 24%). Assim, a vantagem do tucano sobre o democrata entre esse eleitorado, que era de 13 pontos percentuais, passou a ser de apenas dois pontos. Nesse estrato, Marta oscilou de 31% para 32%.

Entre os que têm renda acima de dez mínimos, Alckmin perdeu seis pontos (caiu de 41% para 35%), mas Kassab também teve variação negativa (de 31% para 28%). Marta oscilou de 16% para 18% entre os eleitores com maior renda.

No outro extremo, entre os que vivem com até dois salários mínimos por mês, Marta continua liderando com folga, embora sua taxa de intenção de voto tenha oscilado para baixo, de 49% para 46%. Nesse estrato, Alckmin oscilou de 15% para 16% e Kassab variou de 13% para 15% das preferências.

Marta perdeu quatro pontos entre os eleitores com ensino fundamental (passou de 51% para 47%), mas continua líder absoluta nesse estrato, no qual Alckmin oscilou de 19% para 18%, e Kassab variou de 12% para 15%.

Entre os que têm o ensino médio, Alckmin oscilou de 22% para 21%, e Kassab variou de 16% para 20%. Marta variou de 36% para 39% entre esses eleitores.

O eleitorado com nível superior continua sendo um dos segmentos nos quais Alckmin se sai melhor, embora tenha oscilado de 36% para 33%. Marta variou de 25% para 26% e Kassab foi de 22% para 23% entre os mais escolarizados.

Entre os que têm 60 anos ou mais, Marta perdeu 10 pontos percentuais, caindo de 34% para 24%. Kassab, por sua vez, ganhou oito pontos, passando de 16% para 24%. Alckmin oscilou de 28% para 29% entre o eleitorado mais velho.

A maior perda, em termos percentuais, de Alckmin, se deu entre os eleitores que têm de 35 a 44 anos, segmento no qual perdeu 11 pontos, caindo de 27% para 16%. Marta ganhou cinco pontos nesse estrato, passando de 41% para 46%.

Pesquisa mostra estabilidade em simulações de segundo turno

Os resultados das simulações de segundo turno pouco mudaram em comparação com os registrados na pesquisa de 29 de agosto.

Se a disputa ocorresse hoje, 47% dos eleitores paulistanos votariam em Marta, percentual idêntico ao dos que dariam seu voto a Geraldo Alckmin, no caso de um confronto entre os dois. Na pesquisa da semana passada, ambos atingiam 46%.

Contra Kassab, Marta teria 50% do total de votos, ante 43% que dariam seu voto ao atual prefeito. Semana passada, a petista obtinha 49% e o democrata, 41%.

A simulação de uma disputa entre Kassab e Alckmin mostra resultado idêntico ao do levantamento anterior: 52% votariam no tucano e 34% optariam pela reeleição do candidato do DEM.

Se a disputa ficasse entre Alckmin e Marta, 78% dos que pretendem votar em Kassab no primeiro turno afirmam que votariam no candidato do PSDB no segundo; 17% votariam na petista. No caso de segundo turno entre Kassab e Marta, 72% dos que dizem ter intenção de votar em Alckmin no primeiro turno dariam seu voto ao democrata, e 20% votariam na ex-prefeita.

Em uma disputa entre Alckmin e Kassab, o peessedebista ficaria com o voto de 53% dos que têm intenção de votar na petista no primeiro turno; 28% dariam seu voto ao atual prefeito.

Rejeição a Kassab volta a oscilar para baixo

A taxa de rejeição a Gilberto Kassab oscilou mais uma vez para baixo. O percentual de eleitores paulistanos que não votariam de jeito nenhum pela reeleição do atual prefeito variou de 26% na semana passada para 24% hoje. Na pesquisa de 21 e 22 de agosto o percentual dos que rejeitavam o democrata chegava a 32%.

A taxa dos que rejeitam Geraldo Alckmin também oscilou para baixo, de 18% para 17%. Marta, líder da disputa, continua em segundo lugar no ranking de rejeição, com 32% de eleitores que descartam seu nome, mesmo percentual registrado no levantamento anterior.

A taxa de rejeição a Paulo Maluf oscilou um ponto para baixo (de 58% para 57%), e continua sendo a maior entre os candidatos a prefeito. Ela chegou a 61% na pesquisa dos dias 21 e 22 de agosto.

Vêm a seguir Levy Fidelix, Soninha (16% de rejeição, cada), Ciro (14%), Anaí Caproni (13%), Edmilson Costa, Ivan Valente (12%, cada) e Renato Reichmann (11%).

Votariam em qualquer um dos candidatos 1%, e não votariam em nenhum deles 2%.

Para 51% dos eleitores paulistanos, Marta será eleita prefeita de São Paulo na eleição deste ano. Entre os que têm intenção de votar na candidata essa taxa chega a 83%. Acreditam na vitória de Geraldo Alckmin 19% e apostam que Gilberto Kassab será reeleito 13%. Entre os que pretendem votar no tucano, 55% apostam em sua vitória. Entre os que têm intenção de votar no democrata, 44% estão convictos de que seu candidato será reeleito.

81% dos que pretendem votar em Kassab não sabem o número do candidato

Faltando um mês para o primeiro turno da eleição para prefeito, 53% dos eleitores paulistanos que declaram ter um candidato a prefeito ou que pretendem votar nulo ainda não sabem como fazer para confirmar sua escolha na eleição de outubro. Respondem corretamente 42% e dão respostas incorretas 6%.

Os eleitores que têm intenção de votar em Marta Suplicy são o que demonstram maior conhecimento do número de sua candidata (13): 57% respondem corretamente quando indagados sobre como vão fazer para confirmar seu voto no dia 5 de outubro. Essa taxa era de 55% na pesquisa anterior.

O percentual dos que citam corretamente o número de Geraldo Alckmin (45) vem subindo à cada pesquisa: era de 30% no levantamento dos dias 21 e 22, subiu para 40% no dia 29 e chega hoje a 47%.

Gilberto Kassab (número 25), por sua vez, embora em curva ascendente no que diz respeito à intenção de voto no seu nome, vê a taxa dos que não sabem que número devem digitar na urna eletrônica para confirmar seu voto aumentar, após ligeira queda: a taxa era de 88% na primeira pesquisa sobre o assunto, caiu para 81% no levantamento da semana passada, e é hoje de 85%.

Maluf (número 11) obtém 46% de respostas corretas entre os eleitores que têm intenção de votar nele para prefeito.

São Paulo, 5 de setembro de 2008.