Eduardo Paes (PMDB) divide a liderança com Marcelo Crivella (PRB)

DE SÃO PAULO

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Faltando um mês para as eleições municipais em outubro, Eduardo Paes (PMDB) alcança 25% das intenções de voto, dividindo a liderança com Marcelo Crivella (PRB), que obtém 21%. O candidato peemedebista mantém a tendência de crescimento, após subir dezesseis pontos percentuais desde o levantamento de 03 e 04 de julho, enquanto Crivella perdeu cinco pontos percentuais no mesmo período, embora tenha se mantido estável em relação ao final de agosto, quando obteve 20%.

Já, Jandira Feghali (PCdoB) oscila negativamente três pontos percentuais, consolidando-se na terceira posição, com 12%, empatada tecnicamente com Gabeira (PV), que atinge 8% e Solange (DEM), que alcança 7%. Chico Alencar (PSOL) tem 4%, Molon (PT) 3%, Paulo Ramos (PDT) e Filipe Pereira (PSC) 1%, cada. Antonio Carlos (PCO) e Eduardo Serra (PCB) não alcançaram 1%.

Na intenção de voto estimulada, revelam-se sem candidato 18% dos eleitores: 12% votariam em branco ou anulariam o voto se as eleições fossem hoje, e 6% ainda não sabem posicionar-se sobre o voto.

O Datafolha ouviu 944 eleitores cariocas de 16 anos ou mais, nos dias 04 e 05 de setembro de 2008. A margem de erro máxima, para o total da amostra, é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Nas menções espontâneas de intenção de voto, Paes (12%) empata com Crivella (11%), embora, em relação à pesquisa de agosto, Crivella tenha se mantido estável (10% naquela ocasião mencionaram espontaneamente o candidato), enquanto Paes tenha crescido seis pontos percentuais.

Nessa situação, Jandira e Gabeira obtêm 5% de citações cada, Solange, Molon e Chico 2%, cada, e os demais candidatos não atingem 1%. Chega a 47% os que se revelam espontaneamente indecisos, além de 11% que declaram que votariam em branco ou anulariam o voto.

Paes cresce entre os que têm maior renda familiar, enquanto Crivella cai entre os menos escolarizados

Entre os estratos sociodemográficos, Paes destaca-se entre os que têm maior renda familiar (30%), segmento onde apresenta crescimento em relação a agosto (12%). Além desses estratos, Paes melhora ainda mais o desempenho entre os simpatizantes de seu próprio partido (55%, ante 31% no mês passado), e fica acima da média entre os católicos (30%), entre os que consideram ótimo ou bom o governo de Sérgio Cabral (31%) e entre os que já ouviram pelo menos algum vez o horário eleitoral no rádio (29%), em comparação com os que ainda não o fizeram (24%).

Já, declaram intenção de voto em Crivella principalmente os menos escolarizados (31%) e os que têm renda de até dois salários mínimos (28%), embora entre os primeiros o candidato tenha perdido quinze pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, parando de crescer. O candidato também se destaca entre os evangélicos não-pentecostais (40%) e pentecostais (47%), como já observado anteriormente, e reconquista alguns eleitores entre os que simpatizam com o PDT (tendo caído de 30% em julho para 9% em agosto, atinge agora entre estes, 18%).

Jandira, por sua vez, continua um pouco acima da sua média entre os mais escolarizados (17%), mas apresentando queda comparado ao final de agosto (quanto obteve 21% nesse segmento), o mesmo ocorrendo em relação aos simpatizantes do PT que a têm como candidata (19% hoje, ante 23% naquela ocasião).

Paes e Jandira venceriam Crivella se segundo turno ocorresse hoje

O Datafolha apresentou aos entrevistados duas hipóteses de segundo turno, para que escolhessem um candidato, assim como em agosto.

Novamente, nas duas situações, Crivella perderia se concorresse.

Na primeira delas, supostamente contra Jandira Feghali, o candidato do PRB teria 37%, ante 48% de Jandira, percentuais quase idênticos aos verificados na pesquisa anterior (de 35% e 47%, na ordem). Votariam em branco ou anulariam 13%, e 1% não souberam opiniar.

Se disputasse com Paes, este teria 50% dos votos, ante 35% de Crivella, taxas que foram, em agosto, de 47% e 33%, respectivamente. Assim como na primeira situação, 13% votariam em branco ou nulo, enquanto 2% não tomaram posição.

Crivella é o mais rejeitado

Um terço dos eleitores cariocas (33%) não votaria de jeito nenhum em Marcelo Crivella, o que o mantém como o nome mais rejeitado entre os doze postulantes ao cargo de prefeito. A rejeição ao candidato cresceu nos últimos cinco meses: era de 28% no final de março.

Assim como observado há 15 dias, a rejeição a Crivella continua maior entre os mais escolarizados (60% agora, 58% antes), entre os que têm maior renda familiar (estrato onde aumenta a rejeição, de 55% para 64%), entre os simpatizantes do PT (40%) e, considerando o eleitorado dos concorrentes, entre 42% dos que pretendem votar em Paes, 45% entre os eleitores de Jandira, e 70% entre os de Gabeira.

A ordem dos demais rejeitados mantém-se, com Solange rejeitada por 23% e Gabeira por 22%. Em seguida, vem Molon com 17%, Jandira e Paulo Ramos com 15% (cada), e Filipe Pereira, Chico Alencar e Eduardo Paes, com 14% cada um, o que reforça a vantagem de Paes que, dentre os principais concorrentes, é o menos rejeitado. Vinicius Cordeiro e Eduardo Serra, por sua vez, são rejeitados cada um por 12% dos eleitores, e Antonio Carlos, por 7%.
Declaram neste início de setembro que rejeitam todos e não votariam em nenhum 7%, enquanto 8% poderiam votar em qualquer nome, sem rejeitar algum; 9% não souberam responder.

Fica acima da média a rejeição a Paes entre os mais escolarizados e mais ricos (19% de cada), entre os que preferem o PDT (20%), bem como entre os que reprovam o governo de Eduardo Campos (22% dos que o consideram ruim ou péssimo), e entre os que se declaram eleitores de Jandira (19%), Crivella (25%), e Gabeira (26%).

Eleitores continuam acreditando na vitória de Crivella

Apesar de mudança no cenário da disputa municipal, uma parcela maior de eleitores (37%) continua acreditando na vitória de Crivella, ante 28% que acreditam agora que Paes vencerá as eleições.

Não arriscam palpite 25% dos entrevistados. Para os demais candidatos, a expectativa não passa de 6% (em relação de Jandira).

São Paulo, 05 de setembro de 2008.