Luizianne Lins (PT) abre vantagem e lidera disputa com 44%

DE SÃO PAULO

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A um mês das eleições municipais de outubro, Luizianne Lins (PT) lidera, isolada, a disputa pela prefeitura, com 44% das intenções de voto. Em segundo, empatam agora Moroni (DEM) com 21%, e Patrícia (PDT), com 19% das menções. A atual prefeita e candidata do PT ganhou nove pontos percentuais em relação à última pesquisa, em 22 e 23 agosto, enquanto Moroni perdeu oito pontos percentuais.

Os demais candidatos continuam com inexpressivas taxas de intenção de voto: Renato Roseno (PSOL) e Luiz Gastão (PPS) têm, cada, 2%, Pastor Neto (PSC) e Adahil Barreto (PR) obtêm 1% cada, Aguiar Jr. (PTC) não alcança 1%, e os candidatos Sílvio Frota e Carlinhos não recebem nenhuma citação. Declararam que votariam em branco ou nulo se as eleições fossem hoje 4% dos eleitores, enquanto 4% não souberam posicionar-se. Vale lembrar que foi excluído deste levantamento o nome do candidato Fernandes Filho, ex-candidato do PSDC, indeferido pelo TSE.

O Datafolha ouviu 816 eleitores da cidade de Fortaleza, nos dias 05 e 06 de setembro de 2008. A margem de erro máxima, para o total da amostra, é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Luizianne Lins também recebe mais que o dobro de menções espontâneas do principal concorrente na situação sem apresentação dos nomes dos candidatos aos entrevistados: 36%, ante 15% para Moroni e 12% para Patrícia. Os demais, com exceção de Adahil Barreto que não é citado, recebem 1% de menções.

Neste caso, 26% não souberam responder e também 4% afirmaram espontaneamente a intenção de votar branco ou anular.

Luizianne cresce entre simpatizantes de seu partido e os que aprovam sua gestão

A intenção de reeleger a atual prefeita da capital cearense mostra-se homogênea entre os estratos sociodemográficos, com percentual um pouco acima da média entre os católicos (49%) e os eleitores de escolaridade média (48%) e renda familiar igual ou superior a dois salários mínimos (49%).

Com taxas bem acima, Luizianne apresenta crescimento ainda entre os que aprovam sua atual gestão na prefeitura (68%) e entre os simpatizantes do PT (72%), segmentos em que tinha 61% de eleitores, cada, na pesquisa de agosto.

Entre os que pretendem eleger Moroni, destacam-se os menos escolarizados (29%), os evangélicos pentecostais (30%) e não-pentecostais (31%), e os que reprovam o governo de Luizianne (40%), mas vale observar que no último segmento, o candidato perde eleitores: onze pontos percentuais entre os críticos da atual prefeita, além de cair entre os eleitores que ganham acima de cinco salários mínimos (11% agora,contra 34% obtido em agosto).

Patrícia, por sua vez, tem destaque entre os que reprovam a atual gestão municipal (36%).

Luizianne venceria Moroni e Patricia em simulações do segundo turno

O Datafolha também perguntou aos eleitores de Fortaleza em quem votariam se o segundo turno fosse hoje, apresentando-lhes as três situações testadas em agosto. Ao contrário da pesquisa anterior, em que os eleitores mostravam-se divididos, o levantamento de hoje revela decisões.

Na primeira delas, em que se enfrentariam Luizianne e Moroni, 56% declaram que votariam na candidata do PT, contra 37% que escolheriam o candidato do DEM, percentuais que foram de 47% e 44% no levantamento anterior. O resultado confirma o crescimento de Luizianne na disputa. Nessa primeira situação, 6% declaram voto em branco ou nulo, 1% não souberam opinar.

Luizianne também venceria em eventual disputa com Patrícia: elas alcançariam, respectivamente, 54% e 40% dos votos, superando também o empate observado na pesquisa de pouco mais de quinze dias, quando 46% mencionaram intenção de voto em Luizianne, e 45% em Patrícia. Votariam em branco ou nulo 5%, e novamente 1% não tomou posição.

Já, se o segundo turno ficasse entre os candidatos que hoje empatam em segundo lugar, a vencedora seria Patrícia, com 51%, enquanto Moroni obteria 36%; seria um pouco maior a parcela dos que anulariam o voto ou votariam em branco (11%), e parcela equivalente de indecisos (2%). Os dois candidatos também apareciam empatados no mês passado (com 45% e 43%, na ordem).

37% rejeitam Moroni, diminui rejeição a Luizianne

Antes empatado com Luizianne, Moroni agora lidera a rejeição em Fortaleza, com 37% de eleitores que não votariam de jeito nenhum nele (no mês passado, era de 31%). Por outro lado, diminui a rejeição a Luizianne: de 33% em julho e 29% há quinze dias, chega agora a 26%.

Empatados tecnicamente com a atual prefeita aparecem Pastor Neto, com 22% de resistência a seu nome, e Patrícia 20%.

Já, em um terceiro patamar de candidatos rejeitados, ficam Luiz Gastão e Carlinhos (19%, cada), Adahil Barreto e Aguiar Jr. (18%, cada), e Sílvio Frota e Renato Roseno, com 16% (cada). Votariam em qualquer um, não rejeitam nenhum candidato 6%, rejeitam todos e não votariam em nenhum 3%, e 5% não sabem ainda como votar.

Considerando os segmentos sociodemográficos, a rejeição a Moroni chega a 40% entre os mais jovens, a 43% entre os eleitores de 25 a 34 anos, 46% entre os que se denominam pretos, e a 54% entre os que fizeram curso superior (neste, alcançava 43% em meados do mês passado). Quando se observa a intenção de voto, é maior entre os que avaliam como ótimo ou bom o governo da petista (47%) e entre os que pretendem reelegê-la (55%), além dos simpatizantes do PT (53%).

Rejeitam a prefeita, acima da média, 52% dos que declaram voto em Patrícia e 58% dos que votariam em Moroni e, sobretudo, os que reprovam sua atuação na prefeitura: 77%. Os estratos onde mais diminui a rejeição a ela são os dos que têm renda familiar maior (antes de 56%, agora de 21%), e dos simpatizantes do PMDB (de 41% em agosto para 24%).

Quanto a rejeição a Patrícia, é maior entre os que avaliam o governo de Luizianne como ótimo ou bom (25%).

Para 64%, Luizianne será reeleita

Luizianne lidera a expectativa de vitória: 64% acreditam que ela continuará sendo a prefeita de Fortaleza pelos próximos quatro anos. Há quinze dias, 42% tinham essa opinião.

A expectativa alcança 12% tanto em relação a Moroni como em relação a Patrícia. Em relação ao candidato do DEM, diminui (era de 24% na pesquisa anterior).

São Paulo, 06 de setembro de 2008.