Agnelo (PT) lidera disputa pelo governo no Distrito Federal com 52% dos válidos

DE SÃO PAULO

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Datafolha apresenta dois cenários de intenção de voto

A primeira pesquisa realizada pelo Datafolha após a desistência da candidatura de Joaquim Roriz (PSC) e da indicação de sua esposa, Weslian Roriz (PSC), à disputa do governo no Distrito Federal, mostra que o candidato Agnelo oscilou positivamente dois pontos e atinge 43% das intenções de voto. Roriz (PSC) caiu cinco pontos e tem 29% (tinha 34%). A diferença de Agnelo para Roriz passou de 7 para 14 pontos.

O Datafolha ouviu 1087 eleitores do Distrito Federal entre os dias 28 e 29 de setembro de 2010. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

No cálculo dos votos válidos, em que os indecisos, brancos e nulos são excluídos, Agnelo alcançaria 52% contra 36% de Roriz (no levantamento anterior esses percentuais eram 50% e 42%, respectivamente), considerando a margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, não é possível afirmar que o petista estaria eleito já no primeiro turno.

Aparecem na sequência os candidatos Toninho do PSOL com 7% das intenções de voto (tinha 5%), Eduardo Brandão (PV) com 2%, Rodrigo Dantas (PSTU), Newton Lins (PSL), Frank (PCB) e Ricardo Machado (PCO) foram citados mas não atingiram 1%. Afirmam não saber em quem votar 10%, brancos e nulos somam 8%.

Foi apresentado aos eleitores um segundo cartão contendo o nome da candidata Weslian Roriz no lugar de Roriz. Nesse cenário Agnelo (PT) atinge 44%, Weslian Roriz (PSC) aparece com 25%. Na sequência aparecem os candidatos: Toninho do PSOL com 8%, Eduardo Brandão (PV) com 2%, Newton Lins (PSL) com 1%, Rodrigo Dantas (PSTU), Frank (PCB) e Ricardo Machado (PCO) foram citados mas não atingiram 1%. Não souberam responder 11%, brancos e nulos somam 8%.

Considerando os votos válidos nesse cenário, Agnelo alcançaria 54% contra 31% de Weslian Roriz.

Sem a apresentação do cartão com os nomes dos candidatos, na intenção de voto espontânea, Agnelo tem 36% (eram 33%), Roriz obtém 14% (eram 30%) e Weslian Roriz foi citada por 5%, outros 4% citaram 'mulher do Roriz' e 5% citam Toninho do PSOL. O percentual de eleitores que não souberam dizer espontaneamente é de 24% (eram 27%). A soma dos que pretendem votar em branco ou anular o voto é de 6%.

O cartão de estimulo para avaliação da rejeição contou com o nome de Roriz e de Weslian Roriz, Joaquim Roriz continua sendo o candidato mais rejeitado pelos eleitores do Distrito Federal, 36% (eram 45% na pesquisa passada). Não votariam em Weslian Roriz 26%, e 23% afirmam que não votariam em Agnelo (eram 25%). Toninho do PSOL aparece com 13%, Frank (PCB) com 10%, Eduardo Brandão (PV), Rodrigo Dantas (PSTU) e Ricardo Machado (PCO) com 9%, cada, Newton Lins (PSL) parece com 7%. Afirmam não rejeitar nenhum candidato 8% e outros 4% não votariam em nenhum dos candidatos. Não souberam responder, 10%.

Entre os eleitores que têm intenção de votar em Roriz, 63% mencionam corretamente o número do candidato, eram 56%. Entre os que pretendem votar em Agnelo, 59% sabem o número do candidato, eram 54%.

Dos eleitores de Weslian Roriz, 60% mencionam corretamente o número que deverão digitar na urna. Entre os eleitores de Agnelo, 57% respondem corretamente o número do candidato.

A maioria (94%) tomou conhecimento da desistência de Joaquim Roriz e da indicação de sua esposa, Weslian Roriz, na disputa para o governo do Distrito Federal, desses 60% se consideram bem informados, 28% mais ou menos informados e 6% mal informados. Outros 6% não sabiam da desistência do ex-governador. Entre os tomaram conhecimento, 14% afirmam que mudaram o voto depois da desistência de Roriz, 86% dizem que o voto permanecera o mesmo.

*Cristovam Buarque (PDT) segue na liderança por uma das vagas para o senado
Rollemberg se mantém na segunda posição*

A poucos dias das eleições Cristovam Buarque se mantém na liderança com 48% das intenções de voto. O candidato do PSB, Rollemberg, segue na segunda posição com 38%. Ambos oscilaram positivamente em relação ao levantamento realizado entre os dias 21 a 22 de setembro, quando tinham 45% e 36%, respectivamente. Alberto Braga aparece com 24% (tinha 18%) e Abadia (PDSB) atinge 23% (tinha 22%).

Ainda foram citados Pastor Milton Tadashi (PTN) com 2%, Cadu Valadares (PV), Chico Sant'Anna (PSOL), Moacir Bueno (PV), Rosana Chaib (PCB), Gerônimo (PSL) e Jorge Antunes (PSOL) aparecem com 1%, cada. Robson (PSTU) e Gilson Dobbin (PCO) foram citados mas não atingiram 1%. Dos eleitores, 30% não sabem em quem votar para uma das vagas, 16% não sabem para as duas vagas, 8% declaram votar em branco ou anular o voto para uma das vagas, 5% para as duas vagas.

Foram ouvidos 1087 eleitores no Distrito Federal, entre os dias 28 e 29 de setembro de 2010, e a margem de erro máxima para esta amostra é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Cristovam Buarque destaca-se entre os mais escolarizados (59%) e entre os que declaram renda mensal de mais de cinco até dez salários mínimos ricos (57%). Rollemberg também tem melhor desempenho nesses segmentos, obtém 47% e 52% das intenções, respectivamente.

O Datafolha passa a divulgar também os resultados de sua pesquisa sobre as intenções de voto para o senado com o cálculo que o Tribunal Superior Eleitoral utilizará na apuração oficial. A base de cálculo deixa de ser o total de eleitores e passa a ser o total de votos, o que não provocará mudanças de tendências, mas altera apenas os percentuais obtidos pelos candidatos. Este procedimento vale para o cálculo dos votos válidos.

No cálculo dos votos válidos, os votos brancos, nulos são excluídos - da forma adotada pelo TSE - e os indecisos são distribuídos proporcionalmente para cada candidato, segundo seus percentuais de intenção de voto. Como cada eleitor pode votar em dois candidatos ao senado, a soma dos percentuais divulgados pelo Datafolha até aqui é igual a 200%. Com o cálculo adotado pelo TSE, considerando-se a base de total de votos, os resultados somarão 100%. Assim, as taxas de menção aos candidatos serão inferiores às verificadas até aqui. É importante a divulgação dos dois resultados.

No cálculo dos votos válidos, Cristovam Buarque teria 34% e Rollemberg 27%, no levantamento anterior esses percentuais eram 35% e 28%, respectivamente. Alberto Fraga e Abadia aparecem na sequência empatados com 17% e 16%, respectivamente (essas taxas eram de 14% e 17%, respectivamente).

São Paulo, 29 de setembro de 2010.