Demais nomes tucanos têm entre 2% e 6%
A primeira pesquisa Datafolha de 2012 sobre a disputa eleitoral na cidade de São Paulo aponta para um cenário similar ao registrado em dezembro de 2011, com alto índice de desconhecimento do eleitor sobre a disputa, cenário no qual se sobressaem os nomes mais conhecidos do eleitor. O levantamento foi realizado nos dias 26 e 27 de janeiro com 1090 moradores da capital paulista com 16 anos ou mais. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Com os nomes dos candidatos a prefeito ainda em fase de definição, o Datafolha estimulou cinco cenários. Revezaram-se entre eles os nomes do PSDB à prefeitura: Bruno Covas, Andrea Matarazzo, Ricardo Tripoli, José Aníbal e José Serra. Já os nomes de Celso Russomano (PRB), Soninha (PPS), Paulinho da Força (PDT), Netinho de Paula (PCdoB), Gabriel Chalita (PMDB), Fernando Haddad (PT), Guilherme Afif Domingos (PSD), Luiz Flávio Borges D'urso (PTB) e Levy Fidelix (PRTB) aparecem em todas as sondagens. Diferentemente da pesquisa Datafolha para a prefeitura de São Paulo feita em dezembro do ano passado, o atual levantamento inclui o nome de Fidelix e exclui o nome de Eduardo Jorge (PV).
O único cenário em que Celso Russomano não aparece como líder isolado é quando enfrenta José Serra. Nesse caso, o tucano tem 21% das intenções de voto, empatado tecnicamente com o candidato do PRB, que fica com 17%. A seguir aparecem Netinho (11%), Soninha (9%), Paulinho (8%), Chalita (6%), Haddad (4%), Afif Domingos (3%), Fidelix (1%) e Borges d'Urso (1%). A taxa dos que dizem pretende votar em branco, em nenhum dos nomes apresentados ou nulo é de 13%, enquanto 5% não souberam responder. No levantamento de dezembro, em cenário similiar - incluindo o nome de Eduardo Jorge e sem o nome de Levy Fidelix -, Serra tinha 18%, Russomano, 16%, Netinho, 13%, Chalita, 5%, e Haddad, 4%.
Quando os outros nomes do PSDB são incluídos como candidatos, Russomano lidera isolado. Ele tem 21% quando o nome tucano é Ricardo Tripoli, seguido por Netinho (13%), Soninha (11%), Paulinho (10%), Chalita (9%), Haddad (5%), Afif Domingos (3%), o próprio Tripoli (2%), Fidelix (1%) e Borges d'Urso (1%). Na simulação em que aparece o nome de José Aníbal, Russomano obtém 20%, e Netinho, 12%. Em seguida aparecem Paulinho (10%), Soninha (10%), Gabriel Chalita (8%), Aníbal (5%), Fernando Haddad (4%), Guilherme Afif Domingos (3%), Levi Fidelix (1%) e Borges D'urso (1%). Com Andrea Matarazzo, o candidato do PRB fica com 20%, e Netinho, com 13%. Depois vêm Paulinho (10%), Soninha (10%), Gabriel Chalita (9%), Fernando Haddad (4%), Guilherme Afif Domingos (3%), Matarazzo (2%), Levy Fidelix (1%) e Borges D'urso (1%). No cenário com Bruno Covas, Russomano fica com 19%, e Netinho, com 12%. Em seguida aparecem Soninha (11%), Paulinho (10%), Gabriel Chalita (8%), o próprio Covas (6%), Fernando Haddad (4%), Guilherme Afif Domingos (3%), Levy Fidelix (1%) e Borges D'urso (1%).
Observada a troca do nome de Eduardo Jorge por Levy Fidelix, os índices nesses cenários pouco variaram na comparação com dezembro. De forma geral, Netinho oscilou negativamente, entre 1 e 3 pontos percentuais (quando o candidato tucano é José Aníbal, o pré-candidato do PC do B passa de 15% para 12%; com Tripoli, vai de 14% para 13%; com Serra, de 13% para 11%; com Bruno Covas, de 14% para 12%; e com Matarazzo, de 15% para 13%). A oscilação negativa do candidato do PC do B tornou possível que Celso Russomano passasse a liderar os quatro cenários em que José Serra não é candidato. Na pesquisa anterior havia empate entre os dois em todas as situações simuladas.
Já Chalita oscilou positivamente entre 1 e 3 pontos, conforme a candidatura tucana (quando o candidato do PSDB é Andrea Matarazzo ou Ricardo Tripoli, o peemedebista passa de 6% para 9%; com Covas ou Aníbal, vai de 6% para 8%; com José Serra, vai de 5% para 6%). O ex-ministro Fernando Haddad oscila de 4% para 5% quando é incluído o nome de Trípoli, e de 3% para 4% quando enfrenta Serra. Nos demais cenários, o petista mantêm 4%.
Na pesquisa espontânea, na qual não são apresentados os nomes dos candidatos aos entrevistados, o nome mais citado é o de Marta Suplicy (PT), com 8% das indicações. A seguir aparecem Kassab (5%), José Serra (2%), "candidato do PT" (2%), Geraldo Alckmin (2%), Paulo Maluf (2%), e Fernando Haddad, que tem 1% juntamente com outros nomes como Gabriel Chalita (PMDB) e Netinho de Paula. O índice de indecisos, nesse caso, atinge 56%, e a fatia dos que dizem que votariam em branco, nulo ou em nenhum candidato é de 9%.
NETINHO E SERRA SÃO OS MAIS REJEITADOS
Nomes mais conhecidos, José Serra e Netinho de Paula também são os mais rejeitados entre moradores da capital paulista. Questionados sobre em qual dos candidatos apresentados não votariam de jeito nenhum, 35% apontaram o nome de Netinho, e 33%, o de Serra. Na comparação com dezembro do ano passado, o índice de rejeição de Serra oscilou negativamente de 35% para 33%, e o de Netinho, positivamente, de 32% para os atuais 35%. A seguir, com índices de rejeição decrescente, aparecem Paulinho (20%, ante 17% em dezembro), Levy Fidelix (20%), Soninha (19%, ante 16% em dezembro), Bruno Covas (15%, ante 13% em dezembro), José Aníbal (15%, ante 12% no mês passado), Celso Russsomano (12%, mesmo índice da última pesquisa), Ricardo Trípoli (12%, ante 9% em dezembro), Andrea Matarazzo (11%, ante 10% de rejeição no mês passado), Chalita (11%, ante 9% em dezembro), Guilherme Afif Domingos e Fernando Haddad (11%, e ambos eram rejeitados por 8% em dezembro), e Borges D'urso (10%, ante 8% no mês passado). A fatia dos que rejeitam todos estes pré-candidatos e não votariam em nenhum deles soma 5%, enquanto 3% não rejeitam nenhum e 8% não souberam responder.
O índice de rejeição de José Serra fica acima de sua média entre aqueles com idade entre 45 e 59 anos (40%), enquanto Netinho é mais rejeitado entre os aqueles com ensino superior (51%) e com renda mensal familiar entre 5 e 10 salários mínimos (43%) ou acima de 10 mínimos (53%).
Também foi perguntado aos entrevistados sobre o nível de conhecimento dos nomes consultados pelo Datafolha. José Serra também é, neste caso, o mais conhecido: 98% dizem conhecê-lo, sendo que 73% afirmam o conhecem bem, 19%, um pouco, e 7%, só de ouvir falar. Já Netinho de Paula é conhecido por 96%, sendo que 59% o conhecem muito bem, e 25%, um pouco. Eles são seguidos, entre os mais conhecidos, por Celso Russomano (88%, sendo que 38% o conhecem bem, 28%, um pouco, e 22%, só de ouvir falar); Paulinho da Força (82%, sendo que 46% o conhecem bem, e 20%, um pouco); Soninha (72%, sendo que 26% a conhecem bem, 22% a conhecem um pouco, e 24%, só de ouvir falar); José Aníbal (57%, sendo que 31% o conhecem só de ouvir falar); Levy Fidelix (54%), Bruno Covas (47%, sendo que 29% o conhecem só de ouvir falar), Gabriel Chalita (47%, sendo que 20% o conhecem só de ouvir falar); Guilherme Afif Domingos (40%, sendo que 18% o conhecem só de ouvir falar), Fernando Haddad (38%, sendo que 19% o conhecem só de ouvir falar), Ricardo Tripoli (34%), Andrea Matarazzo (33%) e Luiz Flavio Borges D'urso (16%). Os índices mostram que, em relação a dezembro, não houve variação acima da média entre os nomes apresentados aos moradores da capital, ou seja, nenhum dos pré-candidatos se tornou mais conhecido entre o final de 2011 e o início de 2012.
O ex-ministro Fernando Haddad ainda é desconhecido por 65% dos simpatizantes seu partido - no atual levantamento, o PT é o partido preferido de um em cada três entrevistados (35%).
INFLUÊNCIA DE DILMA, LULA E ALCKMIN NA ELEIÇÃO PAULISTANA SE MANTÊM ESTÁVEL
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se mantém como o cabo eleitoral mais influente na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Metade (49%) dos moradores da cidade disse que poderia votar em um nome apoiado pelo petista, enquanto 33% afirmam que esse apoio seria indiferente. Há ainda 16% que rejeitaram um nome apoiado pelo ex-presidente. Na comparação com levantamento Datafolha de dezembro de 2011, a influência de Lula se manteve estável: 48% poderiam votar em um nome apoiado por ele, 32% definiam o apoio como indiferente, e 18% rejeitariam um nome apoiado por ele.
O apoio da presidente Dilma Rousseff (PT) e do governador Geraldo Alckmin (PSDB) a um dos nomes na disputa teriam pesos semelhantes, aponta o levantamento. Para 45%, o apoio da presidente seria indiferente, enquanto 34% dizem que esse apoio poderia os levar a escolher um candidato e 17% dizem que o apoio de Dilma faria com que não votassem em um candidato. No caso de Alckmin, 41% afirmam que seu apoio seria indiferente, enquanto 31% dizem que o apoio poderia os levar a escolher um candidato e 25% afirmam que esse apoio os levaria a não votar em um candidato.
Esses índices variam dentro da margem de erro na comparação com dezembro do ano passando, apontando para um quadro estável. A mesma situação é observada quando o apoio é de Gilberto Kassab (PSD). Para 46%, o apoio do atual prefeito faria com que não votassem neste candidato. Outros 37% dizem que o apoio de Kassab seria indiferente, e 14% afirmam que poderiam votar em um candidato apoiado por ele.
KASSAB SEGUE APROVADO SÓ POR MINORIA
A gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD) é avaliada como ótima ou boa por 22% dos moradores de São Paulo, percentual de aprovação similar ao registrado em dezembro do ano passado (20%). A rejeição a seu governo também se manteve estável: 37% avaliam-na como ruim ou péssima, ante 40% no mês passado. A taxa dos que consideram a administração de Kassab regular agora é de 39%, ante 38% em dezembro. Em uma escala de 0 a 10, a nota atribuída ao governo de Gilberto Kassab passou de 4,5, no mês passado, para 4,6.