Atual prefeito fica à frente de Manuela D'Ávila (PC do B), que aparece 30%
Com 38% das intenções de voto, Fortunati (PDT) inicia a disputa pela renovação de seu mandato na liderança da corrida eleitoral em Porto Alegre, revela a primeira pesquisa Datafolha realizada na capital gaúcha em 2012, após o registro das candidaturas no Tribunal Regional Eleitoral. O atual prefeito tem como adversária mais próxima Manuela D'Ávila (PC do B), que obtém 30% das intenções de voto.
Em seguida aparecem Villa (PT), com 3%, Roberto Robaina (PSol), com 2%, Jocelin Azambuja (PSL), com 1%. Wambert di Lorenzo (PSDB) e Erico Correa (PSTU) não atingiram 1% das indicações de voto. Uma fatia de 15% não soube se posicionar em relação aos nomes apresentados, e outros 10% declararam votar em branco, nulo ou em nenhum dos candidatos na disputa.
Foram ouvidos 829 eleitores de Porto Alegre, com 16 anos ou mais, nos dias 19 e 20 de julho de 2012. A margem de erro máxima, para o total da amostra, é de três pontos percentuais, para mais ou para menos
Na análise da pesquisa de acordo com a idade dos entrevistados, Fortunati fica com índice acima de sua média entre aqueles que têm de 45 a 59 anos (43%) e entre quem têm 60 anos ou mais (52%). No grupo dos mais jovens, de 16 a 24 anos, a tendência é inversa, com índice abaixo da média (25%). O mesmo acontece na faixa dos que têm de 25 a 34 anos (32%). O atual prefeito também tem preferência acima da média entre aqueles com ensino superior (45%), entre quem ganha mais de 10 salários mínimos (56%). No grupo dos que avaliam seu governo como ótimo ou bom, seu índice chega a 63%. A preferência por Fortunati fica abaixo da média, no entanto, entre aqueles com renda mensal familiar de até 2 salários (31%). Entre os que avaliam a gestão do pedetista como regular, 28% declaram votar por sua reeleição. Na fatia dos que dizem que administração Fortunati é ruim ou péssima, esse índice vai a 2%. A candidatura de Manuela D'Ávila se destaca nos segmentos em que Fortunati tem desempenho abaixo da média. Entre os eleitores de 16 a 24 anos e de 25 a 34 anos, por exemplo, a candidata do PC do B tem 38% de preferência. Na fatia dos que estudaram até o ensino fundamental, Manuela aparece com 37%. A mesma tendência é observada entre aqueles que têm renda de até 2 salários por mês (37%), entre os que dizem ter o PT como partido preferido (34%) e entre os que avaliam a gestão Fortunati como ruim ou péssima (39%).
Na pesquisa de voto espontânea, em que os nomes dos candidatos na disputa não são apresentados aos eleitores, Fortunati aparece com 19% e Manuela D'Ávila é citada por 11%. Em seguida aparecem Villa (1%) e candidato do PT (1%). A maioria (57%), porém, não soube citar espontaneamente nenhum candidato. Os que dizem votar em branco, nulo ou em nenhum candidato somam 8%.
Manuela tem o maior índice de rejeição
A candidata do PC do B, Manuela D'Ávila, tem o maior índice de rejeição entre os candidatos que disputam a Prefeitura de Porto Alegre, 19% dos eleitores dizem que não votariam em Manuela de jeito nenhum. O segundo maior índice de rejeição foi obtido por Fortunati, em quem 14% não votariam de jeito nenhum. Em seguida aparecem Roberto Robaina (11%), Wamberti di Lorenzo (10%), Erico Correa (9%), Villa (9%), e Jocelin Azambuja (7%). O índice dos que não souberam responder sobre a rejeição a um dos nomes apresentados ficou em 22%. Outros 16% declararam não rejeitar nenhum dos candidatos, enquanto 8% rejeitam.
O índice de rejeição a Manuela fica acima de sua média entre aqueles com curso superior (31%), no grupo de eleitores com 60 anos ou mais (28%), entre os que têm renda familiar de 5 a 10 salários (28%) ou um valor superior a 10 salários (35%) e entre aqueles que avaliam a gestão Fortunati como ótima ou boa (28%). Já Fortunati tem rejeição acima de sua média no grupo de eleitores com idade entre 16 e 24 anos (22%) e entre os que veem seu governo como ruim ou péssimo (40%).
Candidatos mais bem posicionados no atual levantamento, Fortunati e Manuela também são os mais conhecidos pelos eleitores porto-alegrenses. O atual prefeito por 96%, sendo que 45% dizem conhecê-lo muito bem, 34%, um pouco, e 16%, só de ouvir falar. Em relação à candidata do PC do B, 92% dizem conhecê-la, sendo que 41% dizem a conhecer muito bem, 34%, um pouco, e 17%, só de ouvir falar. Os demais candidatos ainda são desconhecidos pela maioria dos eleitores. Robaina tem taxa de conhecimento de 39% (18% só de ouvir falar), Villa, de 38% (8% dizem conhecê-lo muito bem, e 16%, só de ouvir falar), Azambuja, de 30% (4% dizem conhecê-lo muito bem), Erico Correa, de 17% (11% só de ouvir falar) e Wambert, de 13% (8% só de ouvir falar).
Eleição para prefeito desperta grande interesse em 30%
A eleição para prefeito de Porto Alegre desperta o interesse de 74% dos eleitores da capital gaúcha. Destes, 30% dizem ter grande interesse, 34%, um interesse médio, e 10%, um pequeno interesse na disputa. Em relação à eleição para vereador, 69% dizem ter interesse, sendo que 27% têm grande interesse, 28%, interesse médio, e 14%, um interesse pequeno. Entre os mais jovens, de 16 a 24 anos, fica abaixo da média da pesquisa o índice dos que dizem ter grande interesse tanto na eleição para prefeito (19%) quanto na eleição para vereador (16%). No grupo de eleitores que indica votar em Fortunati, fica acima da média a taxa dos que dizem ter grande interesse na eleição para prefeito (38%). Entre os eleitores de Manuela, o índice que fica acima da média é o dos que dizem ter interesse médio pela eleição para prefeito (43%).
O Datafolha também questionou no levantamento a importância da eleição deste ano para a cidade e para a vida pessoal dos entrevistados. Para a maioria (70%), a eleição é muito importante para a cidade. Outros 22% dizem que a disputa é um pouco importante, e 7%, que é nada importante. Metade (51%) dos eleitores de Porto Alegre disse acreditar que a eleição deste ano é muito importante para sua vida pessoal, enquanto 31% dizem que é um pouco importante, e 16%, nada importante. No eleitorado de 16 a 24 anos, o índice dos que consideram a eleição muito importante para sua vida pessoal fica abaixo da média, em 35%. Entre aqueles que têm de 35 a 44 anos, a tendência se inverte e esse índice fica acima da média, em 61%.
Avaliação do prefeito de Porto Alegre
Governo Fortunati é aprovado por 40%
Após dois anos e quatro meses de governo, a gestão de José Fortunati à frente da Prefeitura de Porto Alegre é avaliada como ótima ou boa por 40% dos eleitores da capital gaúcha, taxa similar à dos que a avaliam como regular (45%). Apenas 10% desaprovam a administração do pedetista, ou seja, avaliam-na como ruim ou péssima. Entre os mais jovens, de 16 a 24 anos, a taxa dos que veem a gestão Fortunati como ótima ou boa fica abaixo da média, em 21%. O mesmo ocorre no estrato de eleitores que tem de 25 a 34 anos (32%), No grupo com nível superior de ensino, a aprovação a Fortunati fica acima da média, em 46%. Entre os que declaram votar em Manuela, 29% apontam o governo do atual prefeito como ótimo ou bom, e 53%, como regular.
A nota atribuída ao atual governo da capital gaúcha é 6,05.
Saúde é o principal problema em Porto Alegre
Serviços da prefeitura relacionados à saúde, como postos de saúde e hospitais, são os principais problemas de Porto Alegre atualmente, apontam 36% dos eleitores da capital gaúcha. As menções ao tema saúde ficam à frente de outros problemas locais citados espontaneamente pelos eleitores, como segurança, violência e criminalidade (15%), trânsito (9%), calçamento, asfaltamento, buracos nas ruas (7%), transporte coletivo (7%), limpeza, coleta de lixo, sujeira na cidade (6%), educação, escolas e creches (3%), saneamento básico (3%) e moradia e habitação (3%), entre outras menções com menor índice. No eleitorado mais jovem, de 16 a 24 anos, a taxa dos que citam o tema saúde como principal problema de responsabilidade da prefeitura fica abaixo da média (32%), mas fica acima da média o índice dos que citam transporte coletivo (12%). Entre os eleitores com curso superior, fica acima da média a taxa dos que citam o tema segurança como principal problema (24%).
O Datafolha também perguntou aos eleitores qual deveria ser a prioridade do próximo prefeito. As menções a saúde, hospitais e postos de saúde novamente se destacam, somando 43%. Em seguida aparecem citações relacionadas à segurança, criminalidade e violência (14%), à educação, escolas e creches (7%), ao transporte coletivo (5%), ao trânsito (5%), à limpeza (5%), à moradia e habitação (4%) e à saneamento básico (3%), entre outras menções espontâneas sobre a prioridade do próximo prefeito.