Russomanno (PRB) cresce cinco pontos e abre vantagem sobre Serra (PSDB)

DE SÃO PAULO

Baixe esta pesquisa

Diferença de quatro pontos entre candidato do PRB e tucano, porém, ainda caracteriza empate na disputa

O candidato do PRB, Celso Russomanno, abriu quatro pontos de vantagem para seu adversário mais próximo, José Serra (PSDB), e aparece pela primeira vez numericamente à frente na disputa eleitoral pela Prefeitura de São Paulo, aponta a última pesquisa Datafolha realizada antes do início do horário eleitoral gratuito. Com avanço de cinco pontos sobre pesquisa realizada entre 19 e 20 de julho, Russomanno aparece agora com 31% das intenções de voto, ante 27% de Serra, que tinha 30% em julho. Como a margem de erro do levantamento é de 3 pontos para mais ou para menos, a diferença de 4 pontos caracteriza empate técnico entre eles.

Com grande desvantagem em relação aos dois primeiros colocados, a disputa no segundo pelotão de candidatos segue embolada, com poucas alterações: Fernando Haddad (PT), que na pesquisa anterior tinha 7%, agora aparece com 8%; Soninha (PPS), que também tinha 7%, oscilou para 5%; Gabriel Chalita (6%) manteve os 6% obtidos no levantamento de julho; Paulinho tinha 5% e oscilou para 4%; e Ana Luiza (PSTU), que manteve 1%. Foram citados mas não atingiram 1% os candidatos Levy Fidelix (PRTB), Miguel (PPL), Eymael (PSDC) e Carlos Giannazi (Psol).

A fatia dos que não souberam se posicionar em relação a esses nomes é de 6%, enquanto 10% dizem que votarão em branco, nulo ou em nenhum dos candidatos apresentados.
Foram ouvidos 1077 eleitores de São Paulo, com 16 anos ou mais, no dia 20 de agosto de 2012. A margem de erro máxima, para o total da amostra, é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Entre os mais jovens, de 16 a 24 anos, Russomanno quase dobrou suas intenções de voto nos últimos 30 dias, de 15% para 28%. A faixa etária em que o candidato do PRB tem mais intenções de voto, no entanto, é a dos eleitores de 35 a 44 anos: 39%, ante 31% em julho. Entre os eleitores que estudaram até o ensino médio, Russomanno passou de 28% para 36%. No grupo de eleitores com renda familiar de 2 a 5 salários mínimos, foi de 29% para 36%.

O candidato José Serra viu a opção por seu nome cair de 45% para 35% entre aqueles com mais de 60 anos. Entre aqueles com renda familiar de 5 a 10 salários mínimos, o índice do tucano caiu de 36% para 25%. Também oscilou para baixo a intenção de voto em Serra na fatia de eleitores homens (de 30% para 24%), entre os eleitores com ensino médio (de 28% para 33%) e ensino fundamental (de 33% para 28%) e entre os católicos (de 34% para 28%).

Mesmo oscilando seis pontos para cima (de 15% para 21%) entre os eleitores que dizem ter o PT como partido de preferência, Haddad ainda fica atrás de Russomanno (33%) nesse segmento.
Na pesquisa de voto espontânea, em que os nomes dos candidatos na disputa não são apresentados aos eleitores, Serra tem 13% (ante 9% em julho). Russomanno também está numericamente à frente do tucano nessa modalidade, com 15% (ante 7% em julho). Em seguida aparecem Haddad (4%), Chalita (2%), Soninha (1%) e Paulinho da Força (1%). Uma fatia de 2% menciona espontaneamente o candidato do PT, sem denominá-lo. Na comparação com o levantamento anterior, caiu de 61% para 48% o índice dos que não souberam citar espontaneamente nenhum nome. Os que dizem votar em branco, nulo ou em nenhum candidato somam 11%.

Rejeição à Serra atinge 38%

Rejeitado por 38% dos eleitores da cidade de São Paulo, José Serra tem o dobro do índice de seus adversários mais próximos, Paulinho da Força e Soninha (19% dos eleitores não votariam em nenhum deles). Em seguida aparecem Eymael (17%), Levy Fidelix (17%), Haddad (15%), Russomanno (12%), Miguel (11%), Gabriel Chalita (11%) Ana Luiza (9%), Anaí Caproni (9%),e Carlos Gianazzi (8%). O índice dos que não souberam responder à questão ficou em 8%. Uma fatia de 5% disse rejeitar todos, e outros 4% não rejeitam nenhum.

O candidato do PSDB também é o mais conhecido entre os eleitores: 98% dizem conhecer José Serra, sendo que 70% o conhecem muito bem, e 21%, um pouco. Celso Russomanno é conhecido por 94% (43% dizem conhecê-lo muito bem, 32%, um pouco, e 19%, só de ouvirem falar). Entre os mais conhecidos do eleitorado aparecem ainda Paulinho (86%), Soninha (79%), Eymael (72%), Gabriel Chalita (66%) e Haddad (64%, ante 55% na pesquisa de julho), Levy Fidelix (59%). Com taxas de conhecimento abaixo de 50% aparecem ainda Carlos Gianazzi (29%) Ana Luiza (26%), Anaí Caproni (20%) e Miguel (18%).

Maioria afirma que horário eleitoral deveria ser extinto ou alterado, mas irá assisti-lo

O horário eleitoral gratuito que começa a ser exibido amanhã, 20 de agosto, na TV, será assistido por 57% dos eleitores de São Paulo. Esse público se divide entre os que pretendem assistir sempre aos programas dos candidatos (17%), entre os que pretendem assisti-los de vez em quando (28%) e os que pretendem vê-los raramente (12%). Somam 42% os que dizem que não pretendem assistir ao horário eleitoral na TV, e 2% não souberam responder.

A fatia dos que dizem ter grande interesse nos programas eleitorais na TV é de 17%. Um em cada três eleitores (37%) diz ter um pouco de interesse nesse tipo de programação, e 45% afirmam não ter nenhum interesse.

Sobre a importância do horário eleitoral gratuito, 32% apontam que será muito importante para a definição do voto. Os demais se dividem entre os que atribuem um pouco de importância (30%) e nenhuma importância (37%) à propaganda eletrônica dos candidatos. Apenas 1% não soube responder a essa questão. Na fatia dos mais jovens, fica acima da média a taxa dos que atribuem grande importância ao horário eleitoral na decisão de voto (40%). Entre os mais velhos a tendência é inversa: 23% dizem que a propaganda eleitoral tem grande importância na opção por um dos candidatos. O mesmo ocorre entre os eleitores com nível superior (24%) e entre os mais ricos, com renda mensal superior a 10 salários (13%).

O Datafolha também pediu aos eleitores que se posicionassem sobre o horário eleitoral gratuito. São a favor 42%, e contra, 47%. A taxa de indiferentes ao horário eleitoral fica em 10%, e 1% não soube responder.

Para 32% dos eleitores da capital paulista esse tipo de programação deveria ser extinto, índice similar ao dos que apontam que deveria ser mantido, mas com alterações (34%). Dizem ser a favor de manter o horário eleitoral no rádio e na TV, com seu formato atual, 30% dos eleitores, enquanto 4% não souberam responder. Entre os eleitores com nível superior, uma taxa acima da média (50%) avalia que o horário eleitoral deveria ser mantido, mas com alteração em seu formato atual. Na fatia de eleitores com ensino fundamental, um índice acima da média (37%) diz que o horário eleitoral deveria ser mantido sem alterações.

Julgamento do mensalão poderá influenciar voto de 51%

O julgamento do caso conhecido como mensalão, atualmente em curso no STF (Superior Tribunal Federal), terá alguma influência no voto de 51% dos eleitores de São Paulo. Essa influência, no entanto, terá pesos diferentes na escolha do paulistano: 30% dizem que o julgamento do caso terá grande influência no voto, e 21%, que terá uma pequena influência. Uma fatia de 44% afirma que o julgamento do mensalão não terá nenhuma influência em sua decisão na eleição municipal, e 5% não souberam responder.

Entre os eleitores da capital paulista, 89% dizem ter tomado conhecimento do julgamento em andamento no STF. Destes, porém, apenas 25% dizem ter conhecimento do julgamento e estarem bem informados sobre o assunto. Outros 47% dizem estar mais ou menos informados, e 17%, mal informados sobre o julgamento. Em pesquisa realizada nos dias 8 e 9 deste mês em todo o Brasil, o Datafolha também abordou o tema mensalão. Esse levantamento apontou que 75% dos brasileiros com 16 anos ou mais tomaram conhecimento do julgamento do caso, sendo que 16% disseram estar bem informados, 39%, mais ou menos informados, e 20%, mal informados.

Sobre a influência no voto para prefeito, 50% dos brasileiros disseram que o julgamento do mensalão não terá influência na decisão do voto para prefeito em outubro. Outros 21% indicaram que terá grande influência, e 20%, pequena influência.

Eleição desperta grande interesse em 31% dos eleitores

A menos de dois meses do primeiro turno, a eleição para prefeito de São Paulo desperta o interesse de 74% dos eleitores da capital paulista. Destes, 31% dizem ter grande interesse, 32%, um interesse médio, e 11%, pouco interesse na disputa. Em relação à eleição para vereador, 65% dizem ter interesse, sendo que 21% têm grande interesse, 27%, interesse médio, e 17%, um interesse pequeno.