Marina Silva para de crescer e disputa pela Presidência tem cenário estável

DE SÃO PAULO

A disputa pela Presidência da República tem Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) na liderança, empatadas com 35% e 34% das intenções de voto, respectivamente. O resultado é similar ao registrado pelo Datafolha na semana passada, quando ambas tinham a preferência de 34% dos eleitores brasileiros. O terceiro colocado na disputa, Aécio Neves (PSDB), oscilou de 15% para 14% nesse período.

Em seguida aparecem Pastor Everaldo (PSC), Zé Maria (PSTU), Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSol), com 1% cada. E Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB), Rui Costa Pimenta (PCO) e Eymael (PSDC), que não atingiram 1%. Uma fatia de 6% votaria em branco ou anulariam o voto (ante 7% na semana passada), e 7% não opinaram.

Nesse levantamento realizado entre os dias 2 e 3 de setembro de 2014, o Datafolha entrevistou 10.054 eleitores em 361 cidades em todas as regiões do Brasil. A margem de erro máxima é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, para o total da amostra.

A petista fica à frente de Marina na faixa de eleitores que tem de 45 a 59 anos (37% a 32%), entre aqueles com 60 anos ou mais (39% a 27%), na parcela do eleitorado que estudou até o ensino fundamental (45% a 26%), no segmento dos mais pobres (42% a 30%), na região Nordeste (48% a 33%), em cidades com até 50 mil habitantes (43% a 30%), e entre os católicos (39% a 31%).

30% não indicam candidatos espontaneamente

Na pesquisa espontânea, quando o cartão com os nomes dos candidatos não são apresentados aos eleitores, Dilma tem 27% das intenções de voto (mesmo índice obtido na semana passada), e Marina Silva tem 24% (tinha 22%). As indicações espontâneas ao nome do senador Aécio ficaram estáveis (em 10%). Uma fatia de 6% afirma votar em branco ou nulo (índice também estável), e três em cada dez eleitores (30%) não quiseram ou não souberam indicar um nome espontaneamente (na pesquisa anterior, 32%).

No 2º turno, Marina venceria Dilma

Na simulação de segundo turno, Marina leva vantagem sobre Dilma (48% a 41%), mas com diferença menor do que a registrada na semana passada (50% a 40%). Nessa disputa, 6% votariam em branco ou nulo, e 5% não opinaram. Entre os que preferem Aécio no 1º turno, 59% optam por Marina em uma disputa contra Dilma no 2º turno, enquanto 24% escolhem a petista.

Se a disputa se desse entre a presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio, a petista teria 49% das intenções de voto, ante 38% do tucano. Uma fatia de 10% votaria em branco ou nulo, e 4% não declararam sua opinião.

O Datafolha também realizou, pela primeira vez, uma simulação de segundo turno entre Marina e Aécio, e a candidata do PSB obteve larga vantagem: 56% optariam por ela, e 28% pelo senador do PSDB. Se a disputa se desse entre eles, 10% votariam em branco ou nulo, e 6% não opinaram.

A rejeição à candidatura de Dilma Roussef recuou de 35% para 32% desde o levantamento da semana passada, mas se mantém como o mais alto entre os postulantes à Presidência da República. O segundo nome mais rejeitado é o de Pastor Everaldo (24%), em seguida aparecem Aécio (21%), Levy Fidelix (18%), Zé Maria (17%), Eymael (16%), Marina Silva (16%), Rui Costa Pimenta (15%), Luciana Genro (14%), Eduardo Jorge (13%), e Mauro Iasi (13%). A fatia dos que não rejeitam nenhum deles fica em 8%, enquanto 2% rejeitam todos e 8% não opinaram.

Maioria está convicta sobre voto

Sete em cada dez (69%) eleitores que declaram voto em algum dos candidatos ou preferência por votar em branco ou nulo estão convictos dessa decisão. A parcela dos que ainda podem mudar sua decisão é de 29%. Entre os que declaram votar em Dilma, 74% estão totalmente convictos, e 25% poderiam mudar de opinião. Na fatia dos que optam por Marina, 70% estão totalmente decididos sobre esse voto, e 30% ainda podem escolher outras opções. Na parcela dos que preferem Aécio, 66% estão totalmente decididos, e 34% poderiam mudar o voto

Entre os que votam em branco ou nulo, 60% estão totalmente convictos dessa opção, e 32% poderiam mudar de opinião. No Nordeste, a parcela dos totalmente decididos chega a 75%, a maior taxa entre as regiões do país, e cai para 64% no Sul, a menor entre elas. A convicção sobre o voto também é maior entre os homens (74%) do que entre as mulheres (65%). Entre os que avaliam o governo Dilma como regular, 38% ainda poderiam mudar sua opção de voto, índice superior ao dos que aprovam ou desaprovam o governo da petista (24% e 25%, respectivamente).

Os eleitores que ainda não estão totalmente decididos sobre sua escolha para a eleição presidencial foram questionados sobre quem teria mais chance de receber seu voto, caso decidissem mudar de opinião. A mais indicada foi Marina Silva (28%), e em seguida aparecem Aécio (20%) e Dilma (19%). Entre aqueles que têm como primeira escolha Dilma, 49% votariam em Marina caso não confirmassem voto na petista, e 21% optariam por Aécio. Na parcela dos que preferem Marina, 31% tem Aécio como segunda opção, no mesmo patamar de Dilma (33%). Caso não confirmassem a preferência por Aécio, metade (48%) de seus eleitores optaria por Marina, e outros 24% escolheriam Dilma.
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