A candidata Dilma Rousseff (PT) abriu vantagem sobre Marina Silva (PSB) pela primeira vez desde a entrada da ex-senadora na disputa presidencial, na segunda quinzena de agosto. Com 37%, a petista registrou oscilação positiva na comparação com pesquisa realizada na semana passada (tinha 36%), enquanto Marina passou de 33% para 30%. Como a margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, a petista pode ter entre 39% e 35% do total de votos, e a candidata do PSB, entre 28% e 32%.
Em terceiro lugar na disputa presidencial está Aécio Neves (PSDB), que oscilou de 15% para 17%, confirmando tendência de crescimento, e em seguida aparecem Pastor Everaldo (PSC), Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSol), com 1% cada. Os candidatos Zé Maria (PSTU), Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB), Rui Costa Pimenta (PCO) e Eymael (PSDC) não atingiram 1%. Há ainda 6% dos eleitores que votariam em branco ou anulariam o voto, e 7% não opinaram sobre o tema..
A candidata Marina Silva perdeu votos com mais intensidade entre as mulheres (de 33% para 29%), na faixa de idade de 25 a 34 anos (de 39% para 33%), no segmento dos mais escolarizados (de 42% para 37%, cedendo espaço a Aécio, que subiu de 22% para 27%), entre aqueles que possuem renda mensal de 5 a 10 salários (de 38% para 35%), em cidades médias, que tem de 200 a 500 mil habitantes (de 38% para 33%), e nas regiões Sudeste (de 36% para 32%), Centro Oeste (de 35% para 31%, região em que Aécio cresceu de 16% para 23%) e Norte (de 32% para 28%).
Nesse levantamento realizado entre os dias 17 e 18 de setembro de 2014, o Datafolha entrevistou 5.340 eleitores em 265 cidades em todas as regiões do Brasil. A margem de erro máxima é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, para o total da amostra.
Levando em conta somente os votos válidos, Dilma Rousseff tem 42%, ante 35% de Marina e 19% de Aécio Neves. Os candidatos Pastor Everaldo, Luciana Genro e Eduardo Jorge tem 1% dos votos válidos, e os demais ficam abaixo de 1%.
Essa é a primeira pesquisa Datafolha nas eleições de 2014 em que são divulgados os votos válidos. Para calcular esses votos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.
Na pesquisa espontânea, que indica uma preferência mais cristalizada entre os eleitores, já que não há apresentação dos nomes dos candidatos, Dilma avançou de 28% para 30% desde a semana passada, enquanto Marina ficou estável (24%) e Aécio também avançou (de 10% para 12%). A fatia dos que não sabem indicar um nome espontaneamente abrange 26%, índice menor do que o verificado no último levantamento (29%). Há ainda 6% que votariam em branco ou nulo, além de outras citações cuja soma não alcança 1%.
A taxa de rejeição à candidatura de Dilma Rousseff ficou estável (em 33%) entre a segunda e a terceira semana de setembro, enquanto a rejeição à Marina Silva avançou de 18% para 22% no mesmo período e atualmente está em patamar similar à rejeição enfrentada por Aécio Neves (estável em 21%). Antes de anunciar oficialmente sua candidatura, em pesquisa realizada entre os dias 14 e 15 de agosto, a candidata do PSB era rejeitada por 11%, e desde então essa taxa tem avançado.
Além deles, Pastor Everaldo enfrenta a rejeição de 21% do eleitorado, e em seguida aparecem Zé Maria (18%), Levy Fidelix (18%), Eymael (17%), Luciana Genro (16%), Rui Costa Pimenta (15%), Eduardo Jorge (15%), e Mauro Iasi (14%). A fatia dos que não rejeitam nenhum deles fica em 9%, enquanto 3% rejeitam todos e 6% não opinaram.
A simulação de segundo turno entre Dilma Rousseff e Marina Silva mostra uma disputa mais acirrada do que na semana passada. Atualmente, a candidata do PSB tem a preferência de 46% dos eleitores, ante 44% da petista. Na semana passada, esses índices eram 47% e 43%, respectivamente. Votos em branco, neste cenário, somam 7%, e 3% não opinaram.
A ex-senadora Marina Silva leva vantagem entre os mais jovens (54% a 39%), no segmento dos mais escolarizados (60% a 28%) e entre aqueles que estudaram até o ensino médio (49% a 41%), na parcela de renda intermediária (54% a 34% entre aqueles com renda mensal de 5 a 10 salários), entre os mais ricos (55% a 30% entre os que ganham mais de 10 mínimos), nas regiões Sudeste (50% a 37%) e Centro Oeste (53% a 38%), nas cidades com mais de 500 mil habitantes (52% a 35%) e no eleitorado evangélico (54% a 39% entre os pentecostais, e 53% a 35% entre os não pentecostais).
A candidata do PT venceria a adversária no segmento dos mais velhos (49% a 37%), entre os menos escolarizados (54% a 36%), na fatia dos mais pobres (52% a 38%), nas regiões Norte (58% a 35%) e Nordeste (53% a 40%), e em cidades com menos de 50 mil habitantes (52% a 40%).
Se o segundo turno fosse entre Dilma e Aécio, a petista teria 49% hoje das intenções de voto, ante 39% do tucano. Na comparação com levantamento anterior, Dilma ficou estável, e Aécio oscilou (tinha 38%). Há ainda 8% que votariam em branco ou nulo, e 4% não opinaram.
Em uma disputa entre Marina e Aécio, a candidata do PSB teria 49%, ante 35% do senador mineiro. Uma parcela de 11% votaria em branco ou nulo, e 5% não opinaram.
O percentual de eleitores que declaram desconhecer o número de seu candidato caiu de 55% para 48% entre a segunda e a terceira semana de setembro, período em que as menções corretas aos números subiram de 38% para 45%. Há ainda 3% dizem saber o número mas mencionam uma resposta incorreta, e 4% que declaram votar nulo e não sabem o número que devem digitar na urna eletrônica para que isso aconteça.
Entre os eleitores de Dilma, 58% citam corretamente seu número, índice superior ao de Aécio Neves (51%). Entre os eleitores de Marina, somente 31% saber citar corretamente seu número de urna. Na comparação o último levantamento realizado pelo Datafolha, cresceu o conhecimento do número dos três principais candidatos: o 45 de Aécio era indicado corretamente por 42%, o 40 de Marina, por 25%, e o 13 de Dilma, por 54%).
Governo Dilma é aprovado por 37%
O índice de aprovação ao governo de Dilma Rousseff (PT) oscilou de 36% para 37% entre a segunda e terceira semana de setembro, período em que a reprovação ficou estável (24%) e a taxa dos que avaliam a gestão como regular se manteve em 38%. Há ainda 2% que não opinaram sobre o desempenho do governo da petista.
De 0 a 10, a nota média atribuída atualmente ao governo Dilma Rousseff é 6,1, ligeiramente acima do registrado na semana anterior (5,9).