Dilma abre 13 pontos sobre Marina

DE SÃO PAULO

BAIXE OS DADOS DESTA PESQUISA

A candidata Dilma Rousseff (PT) aumentou a distância sobre sua principal adversária na disputa pela Presidência da República. Com 40% das intenções de voto, a petista tem agora 13 pontos de vantagem sobre a candidata do PSB, que aparece com 27%. Na comparação com pesquisa realizada entre 17 e 18 deste mês, Dilma registrou alta de três pontos (tinha 37%), e Marina teve queda de três pontos (tinha 30%). O terceiro colocado na disputa, Aécio Neves (PSB), teve oscilação positiva nesse período, de 17% para 18%.

Em seguida aparecem Pastor Everaldo (PSC), Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSol), com 1% cada. Os candidatos Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB), Rui Costa Pimenta (PCO), Eymael (PSDC) e Zé Maria (PSTU não atingiram 1%. Há ainda 5% dos eleitores votaria em branco ou anulariam o voto, e 6% não opinaram.

No levantamento da semana passada, Marina tinha 37% entre os mais jovens, ante 32% de Dilma. Na pesquisa atual, a posição se inverte e a petista fica com 36%, ante 32% da adversária. Nesse período, a presidente assumiu a liderança entre os eleitores com nível médio de ensino (36% a 29%, ante 33% a 33% na pesquisa da última semana) e entre os eleitores com renda de 2 a 5 salários (37% a 30%, ante 34% a 34% no último levantamento). Na parcela com renda familiar de 5 a 10 salários, Dilma tem 32%, ante 29% de Marina e 26% de Aécio (na semana passada, esses índices eram de 26%, 35% e 24%, respectivamente). Entre os mais ricos, com renda superior a 10 mínimos, a petista aparece com 28%, Marina fica com 26%, e Aécio atinge 32% (no levantamento anterior os índices eram de 22%, 32% e 31%, respectivamente). No Sudeste, Dilma e Marina estão rigorosamente empatadas (cada uma tem 31% atualmente; na semana passada, a petista tinha 28%, ante 32% da adversária).

Levando em conta somente os votos válidos, Dilma tem 45%, ante 31% de Marina e 21% de Aécio Neves. Os candidatos Pastor Everaldo, Luciana Genro, Zé Maria e Eduardo Jorge tem 1% dos válidos, e os demais ficam abaixo de 1%. Para calcular esses votos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.

Nesse levantamento realizado entre os dias 25 e 26 de setembro de 2014, o Datafolha entrevistou 11.474 eleitores em 402 cidades em todas as regiões do Brasil. A margem de erro máxima é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, para o total da amostra.

Na pesquisa espontânea, que indica uma preferência mais cristalizada entre os eleitores, já que não há apresentação dos nomes dos candidatos, Dilma passou de 30% para 33%, enquanto as menções à candidatura de Marina passaram de 24% para 21%. As intenções de voto espontânea em Aécio oscilaram de 12% para 14%, há 5% que declaram votar em branco ou nulo, e 25% não souberam mencionar um candidato espontaneamente (índice similar ao registrado na última semana, quando 26% não apontavam nenhum nome.

A líder nas pesquisas é também a candidata mais rejeitada pelos eleitores: 31% não votariam em Dilma Rousseff de jeito nenhum, índice menor do que o registrado na última pesquisa (33%). Desde a última semana de agosto, a rejeição à petista caiu quatro pontos (era de 35%). A candidata Marina Silva é rejeitada por 23% do eleitorado (na semana passada, 22%), e 20% rejeitam Aécio (na semana passada, 21%). Além deles, Pastor Everaldo enfrenta a rejeição de 22% dos eleitores, e em seguida aparecem Levy Fidelix (17%), Zé Maria (17%), Eymael (16%), Luciana Genro (15%), Rui Costa Pimenta (14%), Eduardo Jorge (13%), e Mauro Iasi (13%). A fatia dos que não rejeitam nenhum deles fica em 9%, enquanto 3% rejeitam todos e 7% não opinaram.

A simulação de segundo turno entre Dilma Rousseff e Marina Silva mostra, pela primeira vez, vantagem da petista sobre a adversária (47% a 43%). Embora persista o empate técnico no limite da margem de erro, há maior probabilidade de Dilma estar à frente de Marina neste cenário. Na semana passada, a candidata do PSB tinha 46%, e a petista, 44%. No final de agosto, Marina Silva tinha 10 pontos de vantagem sobre Dilma (50% a 40%), e desde então a diferença vem caindo. Atualmente, há ainda 7% que declaram votar em branco neste cenário, e 4% que não souberam responder.

Se a disputa de segundo turno fosse entre Dilma e Aécio, a petista teria 50% dos votos, ante 39% do adversário. Uma fatia de 8% votaria em branco ou anularia o voto, e 4% não responderam.

Para 58%, Dilma fez menos do que o esperado

O governo da presidente Dilma Rousseff (PT) é aprovado por 37% dos eleitores brasileiros, reprovado por 22%, e considerado regular por outros 39%. Há ainda 1% que não opinou sobre a gestão da petista, que manteve seu nível de avaliação estável na comparação com pesquisa realizada na última semana.

De 0 a 10, a nota média atribuída atualmente ao governo Dilma Rousseff é 6,1, mesmo resultado obtido no último levantamento.

Uma parcela de 58% do eleitorado avalia que a presidente Dilma (PT) fez menos do que o esperado durante seu governo. Para 27%, ela cumpriu as expectativas e fez o que era esperado, e apenas 11% acreditam que ela fez mais do que era esperado. Há ainda 5% que não opinaram ou tem outra opinião sobre o desempenho da petista. Na comparação com pesquisa realizada em abril deste ano, a fatia dos que avaliam que o governo de Dilma ficou aquém das expectativas teve ligeira queda (era de 63%), enquanto a dos que acreditam que ficou dentro das expectativas teve leva alta (era de 23%).

Entre os que votariam na petista no 1º turno da eleição, 22% avaliam que seu governo superou as expectativas, 46%, que ficou dentro das expectativas, e 29%, que ficou abaixo das expectativas. Na fatia dos que optam por Marina, 81% avaliam que o governo da petista teve desempenho abaixo do esperado, e somente 15% acreditam que ficou dentro do esperado ou tenha superado as expectativas sobre ele. Tendência similar é verificada entre os que declaram votar em Aécio Neves.