Alckmin mantém vantagem sobre adversários em São Paulo

DE SÃO PAULO

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Candidato a um novo mandato como governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) entra na última semana de campanha antes do 1º turno com a preferência de 49% do eleitorado paulista. O índice indica uma oscilação negativa na comparação com o registrado na semana passada (51%), mas garante ao tucano uma larga vantagem sobre o segundo colocado, Skaf (PMDB), que tem 23% (no levantamento anterior, o peemedebista tinha 22%). O terceiro colocado, Alexandre Padilha (PT), também registrou oscilação positiva nesse período, de 9% para 10%.

Em seguida aparecem Gilberto Natalini (PV) e Laércio Benko (PHS), que contam com 1% das intenções de voto cada, e Wagner Farias (PCB), Maringoni (PSOL) e Walter Ciglioni (PRTB) e Raimundo Sena (PCO), que não alcançaram 1%. Votos em branco ou nulo somam 8%, e 6% não souberam ou não quiseram opinar.

A contagem dos votos válidos mostra que Alckmin continua favorito para vencer no 1º turno: se a eleição fosse hoje, o tucano teria 58% dos votos válidos (tinha 60% no último levantamento), ante 27% de Skaf, 12% de Padilha, 1% de Benko, e 1% de Natalini. Os demais não atingiram 1% dos válidos. Para vencer no 1º turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto. Essa contagem exclui votos em branco, nulos e a porcentagem de eleitores indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição.

Nesse levantamento, realizado entre os dias 29 e 30 de setembro de 2014, o Datafolha entrevistou 2132 eleitores em 59 municípios do Estado de São Paulo. A margem de erro máxima é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, para o total da amostra.

A menos de uma semana do 1º turno da eleição, 55% dos eleitores paulistas não sabem o número que irão digitar na urna para confirmar o voto em seu candidato. Há ainda 2% que declaram saber o número, mas indicam uma opção errada. Os demais se dividem entre aqueles que acertam o número de seu candidato a governador (39%) e os que pretendem anular o voto mas não sabem qual procedimento adotar na urna (4%).

Entre os eleitores de Alckmin, 46% citam seu número corretamente. Na fatia dos que optam por Padilha, esse índice é de 56%. Ambos levam vantagem, neste quesito, sobre Skaf: entre os eleitores que optam pelo peemedebista, somente 19% citam seu número corretamente.

Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados aos eleitores, as menções a Alckmin passaram de 29% na última semana para 31% atualmente. As indicações espontâneas a Skaf no mesmo período passaram de 12% para 14%, enquanto Padilha ficou estável (5%). A fatia dos que não sabem citar nenhum nome espontaneamente caiu de 41% para 36%, e as indicações de voto em branco ou nulo não ficou no mesmo patamar anterior (8%).

Na última semana de campanha, os três candidatos mais bem posicionados na pesquisa de intenção de voto têm níveis diferentes de conhecimento. De forma geral, o atual governador é conhecido por 99% dos eleitores paulistas, sendo que 60% o conhecem muito bem, 27%, um pouco, e 12%, só de ouvir falar. O candidato do PMDB é conhecido por 82%, sendo que somente 17% o conhecem muito bem, e os demais o conhecem um pouco (32%) ou só de ouvir falar (32%). Padilha, do PT, é conhecido por 67%, sendo que somente 8% o conhecem muito bem, e 36%, só de ouvir falar. Entre aqueles que têm o PT como partido de preferência (16% do eleitorado), apenas 11% declaram conhecer Padilha muito bem.

A taxa de rejeição ao candidato do PT oscilou de 36% na semana passada para 37% atualmente. No mesmo período, a rejeição a Skaf recuou de 25% para 21%, e a de Alckmin oscilou de 20% para 21%. Além deles, Raimundo Sena é rejeitado por 22%, e em seguida aparecem Maringoni (21%), Gilberto Natalini (20%), Wagner Farias (20%), Benko (19%) e Ciglioni (17%). Há ainda 5% que não rejeitam nenhum deles, 5% que rejeitam todos, e 9% que não opinaram sobre a rejeição.

Em um eventual segundo turno contra Skaf, Alckmin teria 57% dos votos, ante 32% do adversário. Uma fatia de 9% votaria em branco ou nulo, e 2% não responderam. Quando se considera somente os votos válidos, o índice do tucano neste cenário fica em 64%, e o de Skaf, em 36%.

Pela primeira vez o Datafolha também realizou uma simulação de 2º turno entre Alckmin e Padilha. Neste confronto, a vantagem do atual governador seria ainda maior (65% a 22%). Há ainda 11% que votariam em branco ou nulo, e 2% não opinaram. Na contagem de votos válidos, Alckmin teria 75%, e Padilha, 25%.

O ex-governador José Serra (PSDB) entra na última semana de campanha para o Senado com a preferência de 39% dos eleitores do Estado de São Paulo, o que lhe garante uma vantagem de 9 pontos sobre Eduardo Suplicy (PT), que aparece com 30%. Na semana passada, o tucano tinha 37%, e o petista registrava os mesmos 30%. Ao longo da campanha, os dois candidatos estiveram empatados na maioria dos levantamentos realizados pelo Datafolha - no início deste mês, por exemplo, Serra tinha 35%, e Suplicy, 32% -, e o candidato do PSDB só começou a abrir distância sobre o adversário na última semana.

Na terceira posição está Gilberto Kassab (PSD), com 9% (tinha 10%), e em seguida aparecem Marlene Campos Machado (PTB), com 2%, e Ana Luiza (PSTU), com 1%. Os candidatos Edmilson Costa (PCB), Kaka Wera (PV), Fernando Lucas (PRP), Senador Fláquer (PRTB), e Juraci Garcia (PCO) não atingiram 1%. A fatia de indecisos soma 9%, e outros 9% pretendem votar em branco ou anular seu voto para senador.

Quando são considerados somente os votos válidos, Serra fica com 47%, ante 37% de Suplicy, 10% de Kassab, 3% de Marlene Campos Machado, e 1%, cada, de Fernando Lucas e Ana Luiza. Os demais não atingiram 1% dos válidos. Para calcular esses votos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição.

De forma geral, 56% dos eleitores não sabem o número de senador em quem pretendem votar, e apenas 19% mencionam corretamente o número de urna do candidato escolhido. Os demais se dividem entre aqueles que indicam um número incorreto (20%), e 5% pretendem votar nulo mas nãos sabem como anular o voto na urna eletrônica.

Entre os eleitores de Serra, 20% mencionam seu número corretamente. Na fatia dos que votam em Suplicy, 17% acertam seu número, e entre os que optam por Kassab, 14%.