Três candidaturas disputam as duas vagas que decidirão quem governará o Rio Grande do Sul a partir de 2015, e, às vésperas do 2º, a competição por elas é acirrada. Com 36% dos votos válidos, o atual governador, Tarso Genro (PT), lidera com vantagem de sete pontos sobre Ana Amélia Lemos (PP) e José Ivo Sartori (PMDB), que aparecem com 29% dos válidos cada um.
A trajetória dos três candidatos é distinta ao longo da campanha. Ana Amélia liderou nas primeiras semanas após o início do horário eleitoral e chegou a atingir 46% das intenções de votos válidos em levantamento realizado entre 17 e 18 de setembro. Desde então, vem perdendo terreno: caiu para 38% em pesquisa realizada na semana seguinte, entre 25 e 26 de setembro; para 32% em nova pesquisa realizada nesta semana, entre 01 e 02 de outubro; e agora recuou novamente, para 29%.
O peemedebista Sartori está em ascensão: tinha 16% dos válidos entre 17 e 18 de setembro, foi para 21% na semana seguinte, cresceu novamente para 26% no levantamento desta semana, e agora chega aos 29%.
Candidato à reeleição, Tarso tinha 33% entre 17 e 18 de setembro, subiu para 38% na semana seguinte, manteve o índice na pesquisa realizada entre 01 e 02 de outubro, e agora oscilou negativamente para 36%.
Na disputa pelo Palácio Paratini também estão Vieira da Cunha (PDT), que tem 4% dos válidos, e Roberto Robaina (PSOL), que tem 1%. Os candidatos Estivalete (PRTB) e Humberto Carvalho (PCB) foram citados mas não atingiram 1%.
O cálculo dos votos válidos exclui da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.
Quando são incluídos brancos, nulos e indecisos, Tarso tem 31%, e em seguida aparecem Ana Amélia e Sartori (com 25% cada um), Vieira da Cunha (3%) e Robaina (1%). Os demais não atingiram 1%, e 4% pretendem votar em branco ou anular o voto.
Em um cenário de disputa intensa pelas vagas no 2º turno, um em cada dez eleitores gaúchos (10%) ainda não decidiu seu voto para governador, contingente que influenciará diretamente os resultados saídos das urnas neste domingo.
Outro fator que pode decidir a favor de um ou outro candidato é o conhecimento do número de urna. Na véspera da votação, 57% dos eleitores do Rio Grande do Sul conhecem os números de seu candidato a governador, e 38% desconhecem essa informação. Há ainda 2% que mencionam um número incorreto, e 2% que pretendem anular o voto mas não sabem como realizar esse procedimento na urna eletrônica.
Na fatia dos que votam em Tarso, 66% conhecem seu número, índice que fica em 56% entre os eleitores de Sartori e em 50% entre os que preferem Lemos.
Nos cenários de 2º turno em que Tarso é incluído, ocorre empate entre as candidaturas. Em um eventual embate com Ana Amélia, o governador petista teria 43%, ante 41% da senadora do PP. Neste caso, 9% votariam em branco ou nulo, e 7% não opinaram. Nos votos válidos, o petista ficaria com 51%, ante 49% da adversária.
Se a disputa fosse entre Tarso e Sartori, 43% votariam no candidato do PMDB, e 42% escolheriam o petista, em um cenário de empate técnico. Uma fatia de 8% votaria em branco ou anularia, e 8% não opinaram. Nos votos válidos, Sartori e Tarso teriam 50% cada um.
No cenário menos provável hoje, de 2º turno entre Ana Amélia e Sartori, o peemedebista teria 44%, ante 36% da candidata do PP. Uma fatia de 11% votaria em branco ou nulo, e 9% não opinaram. Considerando os votos válidos, Sartori alcançaria 55%, ante 45% de Ana Amélia.
Nesse levantamento, realizado entre os dias 03 e 04 de outubro de 2014, o Datafolha entrevistou 1886 eleitores em 54 municípios do Rio Grande do Sul. A margem de erro máxima é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, para o total da amostra.
Olívio tem 39% dos votos válidos, e Lasier, 38%
Na véspera da eleição, a disputa pelo Senado no Rio Grande do Sul segue tendência registrada ao longo de toda a campanha e segue empatada entre Olívio Dutra (PT), que tem 39% das intenções de votos válidos, e Lasier Martins (PDT), que aparece com 38%.
O terceiro colocado na disputa é Pedro Simon (PMDB), que tem 16% dos válidos. Em seguida estão Simone Leite (PP), com 5%, e Júlio Flores (PSTU), com 1%. Os candidatos Gold (PRP) e Ciro Machado (PMN) não atingiram 1%. O cálculo dos votos válidos exclui as indicações de voto em branco, nulo e a fatia de eleitores indecisos, seguindo o procedimento adotado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial das eleições.
Quando são incluídos brancos, nulos e indecisos, Olívio fica tem 31%, ante 30% de Lasier, 13% de Simon, 4% de Simone Leite, e 1% de Júlio Flores. Os demais não pontuaram, e 6% pretendem votar em branco ou nulo.
A parcela de indecisos na véspera da eleição é significativa, de 14%, e terá influência direta nos resultados que definirão quem irá representar o Rio Grande no Sul no Senado a partir de 2015. Essa índice de indecisos também influenciará o resultado dos votos válidos que será oficialmente divulgado pela Justiça Eleitoral.
Nesse contexto de acirrada disputa entre os dois principais candidatos, o conhecimento do número a ser digitado pode fazer a diferença a favor de um ou outro. Na véspera da votação, 47% do eleitorado ainda não sabe o número de seu candidato a senador, e 41% conhecem essa informação. Há ainda 7% que declaram um número incorreto, e 4% que pretendem votar nulo mas não sabem como anular.
Na fatia dos eleitores de Dutra, o índice dos que conhecem seu número alcança 46%, no mesmo patamar dos que votam em Lasier (45% sabem o número). Na fatia dos que votam em Simon, somente 33% conhecem seu número de urna.