A primeira pesquisa Datafolha após o início da propaganda eleitoral gratuita mostra que Marcelo Crivella (PRB) segue na liderança com ampla vantagem sobre os demais candidatos. Na comparação com a pesquisa anterior, de agosto, o cenário é de estabilidade nas intenções de voto, a única exceção foi Pedro Paulo (PMDB) que cresceu no período.
Quando apresentado aos entrevistados o cartão com os nomes dos candidatos, Crivella segue à frente da disputa, com 29% das intenções de voto, em agosto tinha 28%. A seguir, tecnicamente empatados na segunda colocação estão cinco candidatos: Marcelo Freixo (PSOL) tem 11% (mesmo índice anterior), Jandira Feghali (PC do B) tem 8% (tinha 7%), Pedro Paulo (PMDB) tem 8% (tinha 5%), Flávio Bolsonaro (PSC) tem 6% (tinha 9%) e Indio de Costa (PSD) tem 6% (tinha 4%). Com intenções de voto mais baixas estão Osorio (PSDB), com 4% (tinha 3%) e Alessandro Molon (REDE), com 2% (tinha 1%). Cyro Garcia (PSTU), Carmen Migueles (NOVO) e Thelma Bastos (PCO) foram citados, mas não alcançaram 1%. Indecisos são 7% (era 9%) e pretendem votar em branco ou nulo, 19% (era 20%).
2º turno
Pela primeira vez, o Datafolha elaborou três situações de 2º turno e em todas elas, Crivella derrotaria seus candidatos por larga vantagem. Os candidatos escolhidos para tal cenário foram aqueles com intenções de voto mais altas na pesquisa de agosto.
Na situação de 2º turno Crivella versus Bolsonaro, o senador teria 54% das preferências, o deputado estadual tem 21%, mesmo índice dos que anulariam o voto e 4% não opinaram. Crivella receberia a maior parcela dos votos em 1º turno de Freixo (49%), de Feghali (47%), de Pedro Paulo (46%) e de Indio da Costa (44%).
Já, na situação Crivella versus Freixo, o candidato do PRB teria 51% das preferências, o candidato do PSOL teria 30%, votariam em branco ou nulo 16% e não opinaram, 4%. O senador receberia a maior parcela dos votos em 1º turno de Flavio Bolsonaro (60%), de Pedro Paulo (44%) e de Indio da Costa (45%), enquanto Freixo receberia a maior parcela dos votos em 1º turno de Feghali (48%, ante 35% para Crivella).
Por fim, na situação Crivella versus Feghali, o ex-ministro da Pesca teria 50%, a candidata do PC do B teria 29%, anulariam o voto 18% e não opinaram 3%. O senador receberia a maior parcela dos votos em 1º turno de Flavio Bolsonaro (67%), de Indio da Costa (55%) e de Pedro Paulo (40%), enquanto Feghali receberia a maior parcela dos votos em 1º turno de Freixo (63%, ante 18% para Crivella).
Nas três situações o candidato do PRB alcança as maiores vantagens sobre seus concorrentes entre os mais pobres, entre os menos instruídos e entre os evangélicos, tanto pentecostais quanto não pentecostais.
Imagem dos candidatos
Dos oito atributos abordados na pesquisa sobre a imagem dos candidatos, Crivella é o que tem a imagem mais positiva.
Crivella é visto pelo eleitor carioca como o candidato que, se eleito, mais defenderá os pobres, com 33% de menções, seguido por Feghali com 10% e por Freixo, com 7% - os demais candidatos foram citados, mas não alcançaram 5%. O candidato do PRB alcança 29% de menções como o candidato mais realizador, Pedro Paulo e Freixo vem a seguir, com 6%, cada um, entre outros candidatos menos citados.
O senador é visto como o mais inteligente, por 27%, ante 10% de Freixo e 8% de Bolsonaro, entre outros menos citados. Crivella é visto também como o candidato mais inovador, com 15% de menções, seguido por Indio da Costa, com 10%, e por Freixo e Pedro Paulo, com 9%, cada um, entre outros menos citados.
Pedro Paulo é visto como o candidato que mais defenderá os ricos, com 19% de menções, seguido por Bolsonaro, com 11%, entre outros candidatos menos lembrados. O candidato do PMDB é visto também como o que mais faz promessas que não pode cumprir, com 20%, ante 10% de Crivella.
Já, Bolsonaro é visto como o candidato mais autoritário, 28% dos eleitores cariocas têm essa opinião, Crivella e Pedro Paulo têm 9%, cada um, entre outros menos citados.
O atributo que mais dividiu a opinião dos cariocas foi o de indecisão. Quatro em cada dez (40%) não opinaram, 9% apontaram Pedro Paulo, 7% Indio da Costa, 6% Crivella, 6% Bolsonaro entre outros menos citados.