O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Doria, voltou a crescer e agora lidera a disputa eleitoral na capital paulista ao lado de Celso Russomanno (PRB), que voltou a cair, e Marta (PMDB), que oscilou dentro da margem de erro e ficou estável. É a primeira vez que Dória fica numericamente à frente de seus adversários, e é a primeira vez também que Russomanno perde essa posição. Na comparação com pesquisa realizada na primeira quinzena de setembro, o tucano subiu nove pontos (de 16% para 25%), enquanto o deputado do PRB recou (de 26% para 22%) e Marta oscilou negativamente (de 21% para 20%). O quadro atual é totalmente diverso do apontado no primeiro levantamento realizado após a oficialização das candidaturas, em agosto, quando Doria tinha 5%, Russomanno, 31%, e Marta, 16%.
O atual prefeito, Fernando Haddad (PT), tem 10%, resultado similar ao obtido no início de setembro (9%). Em agosto, tinha 8%. Ele está novamente empatado com Erundina (PSOL), que oscilou de 7% para 5%.
Além deles, a disputa conta também com Major Olímpio (SD), com 2%; Levy Fidelix (PRTB), com 1%; e Ricardo Young (Rede) e João Bico (PSDC), que não atingiram 1%. Os candidatos Henrique Áreas (PCO) e Altino (PSTU) não foram citados. Votariam em branco ou nulo 11%, e 4% não opinaram. No levantamento anterior, 13% indicavam votar em branco ou nulo, e 4% não opinaram.
A candidatura de Doria avançou com mais intensidade no eleitorado feminino (alta de 13% para 25%), nas faixas de 45 a 59 anos (de 16% para 28%) e de 60 anos ou mais (de 17% para 29%), entre eleitores com curso superior (de 25% para 43%), nos segmentos de maior renda (de 25% para 42% entre aqueles com rendimento mensal familiar de 5 a 10 salários, e de 38% para 51% entre quem tem ganho familiar superior a 10 salários) e entre simpatizantes do PSDB (de 51% para 70%) e PMDB (de 10% para 29%).
O candidato do PRB teve queda mais expressiva entre os mais jovens (de 28% para 19%), na parcela que possui curso superior (de 15% para 7%), e entre os que têm o PSDB como partido preferido (de 24% para 14%).
Marta, apesar da estabilidade nas intenções de voto, subiu entre os mais jovens (de 23% para 32%), mas teve queda no segmento de renda mensal de 5 a 10 mínimos (de 16% para 10%) e entre simpatizantes do PT (de 31% para 25%) e PMDB (de 35% para 29%), além de variações em outras parcelas do eleitorado.
Essas movimentações levaram a eleição em São Paulo a um quadro em que Doria se consolida como líder entre os mais ricos e mais escolarizados e fica atrás de Marta e Russomanno entre os mais pobres e menos escolarizados. Entre os que estudaram até o ensino fundamental, por exemplo, o candidato do PRB tem 34%, e na sequência aparece Marta, com 24%, e então o tucano, com 13%. No segmento com nível médio de ensino, a disputa é acirrada: Russomanno tem 26%, Marta, 23%, e Dória, 21%. Entre os que estudaram até o ensino superior, Dória fica com 43%, com grande vantagem sobre Haddad (14%), Marta (12%), Erundina (9%) e Russomanno (7%). Na parcela com renda mensal familiar de até 2 salários mínimos, que representa cerca de um terço do eleitorado, Russomanno lidera com 31%, e em seguida aparecem Marta (23%) e Dória (16%). Entre aqueles com renda de 2 a 5 salários, Dória (23%), Marta (22%) e Russomanno (22%) ficam empatados, e nas faixas de renda mais alta a liderança é do tucano, com grande vantagem (42% entre quem ganha de 5 a 10 salários, ante 10% de Marta e 10% de Russomanno, e 51% na fatia dos que obtêm mais de 10 salários, ante 12% de Haddad, 8% de Marta e 7% de Russomanno).
Consultados sobre o número de urna do candidato em que declarou voto na pesquisa estimulada, 45% citaram o número correto, 44% não souberam responder, e 4% mencionaram um número incorreto. Há ainda 6% que pretendem anular porém não sabem o que digitar na urna. Entre os candidatos mais bem colocados nas pesquisas, os números de Doria e Haddad são os mais conhecidos: 59% citam corretamente o número do tucano, e 66%, o do petista. O número do PRB de Russomanno é mencionado corretamente por 38%, o do PMDB de Marta, por 32%, e o do PSOL de Erundina, por 25%.
Nas simulações de segundo turno, também há empate entre os três candidatos mais bem colocados na intenção de voto estimulada para o 1º turno.
Em uma disputa entre Russomanno e Doria, o candidato do PRB teria 44%, ante 38% do adversário, um empate no limite da margem de erro com maior probabilidade de Russomanno estar à frente. Há ainda os que votariam em branco ou nulo (17%) e os que não opinaram (1%). No início de setembro, Russomanno aparecia à frente do tucano (52% a 38%).
O embate direto entre Doria e Marta traz o peessedebista com 41% das intenções de voto, e a senadora do PMDB, com 42%. Os votos em branco o nulo, neste caso, somam 15%, e 2% não opinaram. Na pesquisa anterior, a vantagem era de Marta (48% a 33%).
No cenário de 2º turno entre Marta e Russomanno, a peemedebista tem 41%, ante 40% do deputado do PRB. Os demais votariam em branco ou nulo (18%) ou não opinaram (2%). No início de setembro, o candidato do PRB aparecia à frente da peemedebista (45% a 38%)