Lula amplia vantagem no 1º turno mas perderia disputa direta contra Marina

DE SÃO PAULO

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O ex-presidente Lula (PT) ampliou a liderança no 1º turno na disputa pela Presidência da República em 2018 e, nos cenários de 2º turno, só seria derrotado por Marina Silva (Rede). O petista, porém, segue como o mais rejeitado entre os nomes testados, agora ao lado do atual presidente, Michel Temer (PMDB), cujo índice de rejeição cresceu mais de dez pontos desde julho. Entre os três nomes do PSDB incluídos na pesquisa, dois tiveram queda ou oscilação negativa - Aécio Neves e José Serra - enquanto a preferência por Geraldo Alckmin se manteve inalterada.

No cenário em que Aécio Neves aparece como candidato do PSDB, Lula tem 25% das intenções de voto, à frente de Marina (15%) e do tucano (11%). Em pesquisa realizada em julho, o petista tinha 22%, ante 17% da ex-senadora da Rede e 14% de Aécio. Na sequencia aparecem ainda Jair Bolsonaro (PSC), com 9%, Ciro Gomes (PDT), com 5%, Michel Temer, com 4%, Luciana Genro (PSol), com 2%, Ronaldo Caiado (DEM), com 2%, e Eduardo Jorge (PV), com 1%. Votariam em branco ou nulo 20%, e 6% não opinaram.

De forma geral, Lula ganhou pontos em todos os segmentos da população. Entre os mais escolarizados, por exemplo, em que ele aparecia com 13% em julho, numericamente abaixo de Marina (18%) e no mesmo patamar de Aécio (12%) e Bolsonaro (13%), o petista agora fica com 17%, numericamente acima de Marina (13%), Bolsonaro (13%) e Aécio (11%). A vantagem do petista é maior em segmentos como o dos mais pobres (30%, ante 15% de Marina e 12% de Aécio), menos escolarizados (34%, e na sequência aparecem Marina, com 13%, e Aécio, 10%) e moradores da região Nordeste (41%, ante 14% de Marina e 10% de Aécio). Essa dinâmica na preferência pelo petista se estende aos demais cenários, com outros adversários na disputa.

Com Alckmin como candidato do PSDB, Lula é escolhido por 26%, Marina fica com 17%, e o governador paulista, com 8%, empatado com Bolsonaro (8%) e Ciro Gomes (6%). Na sequência aparecem Temer (4%), Luciana Genro (2%), Caiado (2%) e Eduardo Jorge (1%). Os votos em branco ou nulo somam 20%, e 6% não opinaram. O mesmo cenário, em julho deste ano, mostrava Lula com 23%, à frente de Marina (18%), Alckmin (8%), Bolsonaro (8%), Ciro (6%) e Temer (6%).

Na simulação em que Serra representa o PSDB na disputa presidencial, Lula tem 25%, e Marina fica com 16%. O tucano aparece na sequência, com 9%, mesmo índice de Bolsonaro (9%) e no patamar de Ciro (6%). Em seguida pontuam Temer (4%), Luciana Genro (2%), Ronaldo Caiado (2%) e Eduardo Jorge (1%). Votariam em branco ou nulo 20%, e 6% não opinaram sobre a disputa. Em julho, o ex-presidente tinha 23%, e em seguida apareciam Marina (17%), Serra (11%), Bolsonaro (7%), Ciro (6%) e Temer (6%).

Em um cenário em que são incluídos Sérgio Moro, Carmem Lúcia e Roberto Justus, todos eles sem partido, além dos três nomes do PSDB e os demais consultados, Lula também lidera de forma isolada. O petista tem 24% das intenções de voto, contra 11% de Marina, 11% de Moro, 7% de Aécio, 6% de Bolsonaro, 5% de Alckmin, 4% de Serra, 4% de Ciro Gomes, 2% de Temer, 2% de Luciana Genro, 2% de Justus, 1% de Carmem Lúcia, 1% de Ronaldo Caiado e 1% de Eduardo Jorge. Uma parcela de 13% votaria em branco ou nulo, e 5% não opinaram.

Na pesquisa espontânea, quando nenhum nome é apresentado aos entrevistados, Lula tem 9% das citações para a disputa presidencial, e em seguida aparecem Bolsonaro (3%), Aécio (2%), Marina (1%), Temer (1%), Dilma (1%), Ciro (1%) e Sérgio Moro (1%), entre outros com menos de 1%. A maioria (62%), porém, não cita nenhum nome.

O ex-presidente Lula também é o nome mais rejeitado para a disputa presidencial, desta vez empatado com Temer. Uma parcela de 44% dos eleitores diz que não votaria de jeito nenhum no petista, índice similar ao levantamento anterior (46%). No mesmo período, a rejeição ao atual presidente passou de 29% para 45%. Em seguida aparecem Aécio (30%), Serra (20%), Bolsonaro (18%), Alckmin (17%), Marina (15%), Justus (14%), Ciro (13%), Luciana Genro (11%), Caiado (9%), Moro (9%), Eduardo Jorge (8%) e Carmem Lúcia (8%), além dos que rejeitam todos (6%). Uma parcela de 4% votaria em qualquer um deles, e 4% não opinaram.

Nas situações de 2º turno consultadas pelo Datafolha, Lula continua empatado com os candidatos do PSDB mas, diferente do verificado em julho, ele agora aparece numericamente à frente dos tucanos. Além disso, diminui sua desvantagem para Marina Silva. A ex-senadora continua à frente em todos os cenários em que seu nome é incluído.

Contra Aécio, Lula aparece com 38%, ante 34% do adversário. Votos em branco ou nulo somam 25%, e 3% não opinaram. Na pesquisa anterior, petista tinha 36%, e o tucano, 38%, com 23% de votos em branco ou nulo, além de 3% que não opinaram. A análise deste cenário a partir do resultado das intenções de voto no 1º turno, considerando o cenário com todos os nomes, incluindo Sérgio Moro e os três postulantes do PSDB, mostra que 50% dos que declaram voto em Moro não votariam nem no petista nem no tucano, optando pelo voto nulo ou em branco. Votariam no ex-presidente 12% dos potenciais eleitores do juiz da Lava Jato, e 36% escolheriam o senador mineiro. Entre os potenciais eleitores de Marina, 30% votariam em Lula, 42%, em Aécio, e 25%, em branco ou nulo. Na parcela de eleitores que preferem Bolsonaro, 46% optariam por Aécio, 39%, pelo voto em branco ou nulo, e 12%, pelo petista. Entre os que declaram voto em Alckmin, 74% votariam em Aécio neste cenário de 2º turno, e os demais se dividiriam entre Lula (15%) e brancos ou nulos (11%). Na fatia que prefere Serra, 68% optariam pelo senador mineiro, 16%, pelo ex-presidente, e 15%, pelo voto branco ou nulo.

Quando Alckmin é o candidato do PSDB, Lula tem 38%, e o tucano, 34%, com votos e brancos e nulos somando 24%, e 4% sem opinião. No levantamento de julho, o governador paulista tinha 38%, ante 36% do petista, 24% de votos em branco ou nulos e 4% sem opinião.

Em eventual disputa entre Lula e Serra, o ex-presidente teria 37%, e tucano, 35%, além de 24% que votariam em branco ou nulo, e 3% que não opinaram. Na pesquisa de julho, o petista tinha 35%, e o tucano, 40%.

A simulação de 2º turno entre Marina e Lula mostra a ex-senadora com 43% das intenções de voto, ante 34% do petista. Uma parcela de 20% votaria em branco ou anularia, e 3% não opinaram. No levantamento anterior, Marina tinha 44%, e o petista, 32%.

No embate com Aécio Neves, Marina tem 47% das intenções de voto e o tucano fica com 25%. Votariam em branco ou nulo 24%, e 4% não opinaram. No levantamento anterior, a ex-senadora aparecia com 46%, o tucano, com, 28%.

Contra o governador Geraldo Alckmin, Marina fica com 48% (tinha 47% em julho), ante 25% do adversário (na pesquisa anterior, 27%). Votos em branco ou nulos somam 23%, e 4% não opinaram. Entre os que votariam em Lula no 1º turno, considerando o cenário mais completo pesquisado, 55% optam por Marina na disputa contra Alckmin, e 18% escolhem o governador paulista, além de 22% que votariam em branco ou nulo. Na fatia de potenciais eleitores de Sérgio Moro, 44% votariam em Marina, 27%, em Alckmin, e 28%, em branco ou nulo. Na fatia que prefere Aécio, 44% optariam neste 2º turno pela ex-senadora, 39%, pelo governador tucano, e 15%, pelo voto em branco ou nulo. Entre os eleitores de Bolsonaro, 41% votariam em Marina, 32%, em Alckmin, e 25%, em branco ou nulo. Na parcela que prefere Serra, 44% optariam por Marina, e 47%, por Alckmin, além de 7% que votariam em branco ou nulo.

Se enfrentasse Serra, Marina teria a preferência de 47% (em julho, 46%), e o tucano, teria de 27% (tinha 30%). Uma parcela de 22% votaria em branco ou nulo, e 4% não opinaram.