O ex-presidente Lula (PT) lidera todos os cenários para o 1º turno da eleição presidencial de 2018, e nas simulações de 2º só é alcançado por Marina Silva (Rede) e Sérgio Moro (sem partido), com quem empataria em uma disputa direta.
Tendo como base de comparação cenários já testados em pesquisas anteriores, o petista ampliou sua liderança, e agora tem Jair Bolsonaro (PSC), que obteve taxa expressiva de crescimento, como adversário mais próximo ao lado de Marina Silva.
No cenário com Aécio Neves como candidato do PSDB, o ex-presidente petista tem 30% das intenções de voto (em dezembro de 2016, tinha 25%), e na sequência aparecem Bolsonaro, com 15% (tinha 9%); Marina, com 14% (tinha 15%); Aécio, com 8% (tinha 11%), Ciro Gomes, do PDT, com 5% (mesmo resultado anterior); Michel Temer, do PMDB, com 2%; Luciana Genro, do PSOL, com 2%; Ronaldo Caiado, do DEM, com 1%, e Eduardo Jorge, do PV, com 1%. Uma parcela de 17% votaria em branco ou anularia o voto, e 4% não opinaram.
Com Alckmin como candidato tucano, Lula é escolhido por 30% (em dezembro, 26%), Marina tem 16% (tinha 17%) e empata com Bolsonaro, que aparece com 14% (tinha 8%). Na sequência aparecem Alckmin (6%), Ciro (6%), Temer (2%), Luciana Genro (2%), Caiado (2%) e Eduardo Jorge (1%). Os votos em branco ou nulo somam 16%, e 4% não opinaram.
Neste cenário, o petista tem índices acima da média entre os menos escolarizados (38%), na parcela dos mais pobres (39%), nas regiões Nordeste (50%) e Norte (35%), e entre aqueles que reprovam o governo Temer (36%).
O nome de Bolsonaro, na mesma disputa, ganha destaque entre os mais escolarizados (22%, ante 18% de Lula e 15% de Marina) e entre os mais ricos (26% na faixa de renda mensal familiar de 5 a 10 salários, segmento no qual Lula tem 18%, e Marina, 15%; e 27% entre quem tem renda superior a 10 salários, ante 21% de Lula e 11% de Marina). O deputado federal tem mais força entre os jovens: na faixa de 16 a 24 anos, fica com 20% das intenções de voto, índice que cai conforme o avanço da faixa etária e fica em 7% entre os mais velhos. A preferência por seu nome também encontra mais respaldo entre os homens (20%) do que entre as mulheres (9%)..
Incluído pela primeira vez em uma simulação de disputa presidencial, João Doria (PSDB) tem índices similares aos atingidos pelos correligionários Aécio e Alckmin nos cenários já descritos. Nesta simulação, Lula tem 31%, ante 16% de Marina, 13% de Bolsonaro, 9% de Doria e 6% de Ciro Gomes (6%). Em seguida aparecem Temer (2%), Luciana Genro (2%), Caiado (1%) e Eduardo Jorge (1%), além de 15% que votariam em branco ou anulariam, e 4% que preferiram não opinar.
Com Doria na disputa, Bolsonaro perde preferência nos segmentos em que se destaca sem a presença do tucano, ou seja, na fatia dos mais escolarizados e dos mais ricos. Entre aqueles que estudaram até o ensino superior, empatam Lula (19%), Doria (19%) e Bolsonaro (17%), com Marina em patamar próximo (13%). Na fatia de renda mensal familiar de 5 a 10 salários, Bolsonaro tem 22%, Lula aparece com 18%, e Doria fica com 16%. Entre os mais ricos, com renda superior a 10 salários, o atual prefeito de São Paulo vai a 27%, ante 20% de Lula e 20% de Bolsonaro.
Foram testados também dois cenários sem Lula, e no primeiro deles, com Doria como nome do PSDB, Marina lidera com 25%, tendo Bolsonaro (14%), Ciro (12%) e Doria (11%) empatados na disputa pelo 2º lugar. Em patamar mais baixo pontuam Luciana Genro (3%), Eduardo Jorge (2%), Ronaldo Caiado (2%), com um em cada quatro (25%) declarando voto em branco ou nulo, e 6% sem opinião.
A comparação do cenário em que Lula disputa contra Doria, Bolsonaro, Marina, Ciro e este, em que seu nome não aparece, mostra que as intenções de voto do petista seriam distribuídas, principalmente, entre Marina (28%), Ciro Gomes (18%) e votos em branco ou nulo (31%).
Quando Alckmin assume a candidatura do PSDB e Lula continua fora da disputa, Marina mantém a liderança, com 25%, e Bolsonaro se isola na segunda colocação com 16%. Na sequência aparecem Ciro Gomes (11%), Alckmin (8%), Luciana Genro (4%), Caiado (2%) e Eduardo Jorge (2%). Brancos e nulo somam 27%, e 6% não opinaram.
Em um cenário mais amplo, com nomes como Sérgio Moro, Joaquim Barbosa e Luciano Huck, além de Alckmin, Aécio e Doria juntos, o ex-presidente Lula lidera com 29%, e a disputa pelo segundo lugar se acirra entre Bolsonaro (11%), Marina (11%) e Moro (9%). Na sequencia aparecem Doria (5%), Aécio (5%), Ciro (5%), Barbosa (5%), Alckmin (3%) e Huck (3%). Há ainda 11% que votariam em branco ou nulo, e 4% que preferiram não opinar.
Na intenção de voto espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados, Lula é citado por 16% como candidato escolhido para a eleição de 2018, e na sequência são mencionados Bolsonaro (7%), Marina Silva (1%), João Doria (1%), Aécio Neves (1%) e Michel Temer (1%), entre outros que não atingiram esse percentual mínimo. A maioria (52%) não soube citar nenhum nome, e 16% disseram que irão votar em branco ou anular o voto na próxima eleição.
Dentre todos os nomes testados para o 1º turno da eleição presidencial de 2018, Temer é o mais rejeitado: 64% não votariam no atual presidente de jeito nenhum. Em seguida aparecem, empatados, Lula (45%) e Aécio (44%), e num patamar mais baixo, Alckmin (28%), Huck (23%), Bolsonaro (23%), Ciro (22%), Marina (21%), Caiado (17%), Luciana Genro (17%), Moro (16%), Doria (16%), Eduardo Jorge (16%) e Barbosa (14%). Uma parcela de 3% rejeita todos eles, 1% votaria em qualquer um, e 3% não opinaram.
No 2º turno, Lula bate tucanos e empata com Marina e Moro
Nos cenários de 2º turno testados, Lula lidera contra os tucanos e Bolsonaro, e empata tecnicamente com Marina e Sérgio Moro. Sem o petista, Marina bate os nomes do PSDB e Ciro, e este último lidera diante dos tucanos.
Em uma eventual disputa direta entre Lula e Aécio pela Presidência, o ex-presidente teria 43%, ante 27% do senador mineiro. Há ainda 29% que votariam em branco ou anulariam, e 2% que não opinaram. Em dezembro de 2016, havia empate técnico entre Lula (38%) e Aécio (34%).
O embate entre o petista e Alckmin tem situação similar: Lula lidera com 43%, Alckmin fica com 29%, e os demais não opinaram (3%) ou votariam em branco ou nulo (26%). Na pesquisa anterior, o ex-presidente tinha 38%, e o governador paulista, 34%.
Contra João Doria, o petista teria 43%, e o tucano ficaria com 32%. Votariam em branco ou nulo 21%, e 3% preferiram não opinar. Neste cenário, Lula tem maior vantagem entre as mulheres (46% a 28%), na faixa dos mais jovens (49% a 34%), entre os menos escolarizados (52% a 24%), no segmento dos mais pobres (53% a 25%), e nas regiões Nordeste (65% a 16%) e Norte (50% a 31%). O tucano, porém, lidera entre os mais escolarizados (44% a 30%), na parcelas de maior renda familiar mensal (47% a 31% na faixa de 5 a 10 salários, e 46% a 28% na faixa superior a 10 salários), e na região Sudeste (41% a 34%). Nas regiões Sul (34% para Doria, 31% para Lula) e Centro-Oeste (34% para o tucano, 35% para o petista) há empate.
Diante de Marina, Lula teria 38%, e a ex-senadora, 41%. Há ainda 19% que votariam em branco ou nulo, e 2% que não opinaram. Na comparação com levantamento de dezembro, caiu a diferença de Marina (43%) para Lula (34%).
Em um cenário em que o ex-presidente enfrentasse Sérgio Moro em uma disputa pela Presidência em 2º turno, o juiz teria 42%, e Lula, 40%. Uma parcela de 15% votaria em branco ou nulo, e 3% não opinaram.
Nas situações sem o petista, Marina se destaca: contra Aécio, ela tem 49%, mais que o dobro do que o percentual do tucano (21%). Votariam em branco ou anulariam, neste caso, 26% dos brasileiros, e 3% preferiram não opinar.
Diante de Alckmin, a ex-senadora do Acre teria 50%, e o governador paulista, 22%, com 24% optando por votar em branco ou nulo, e 4% sem opinião sobre a disputa.
Com João Doria como nome do PSDB no 2º turno, Marina também teria 50%, o dobro do tucano (24%), e há 22% que votariam em branco ou nulo, além de 4% que preferiram não opinar.
Em embate entre Marina e Ciro Gomes, a situação é similar: 50% preferem a ex-senadora da Rede, e 24%, o pedetista. Os votos em branco ou nulo, neste caso, somam 23%, e 3% não opinaram.
O nome de Ciro também foi testado contra os tucanos, e o ex-governador do Ceará bateria Aécio, Alckmin e Doria, este último com menor vantagem. Diante do governador de São Paulo, Ciro teria 34%, e o tucano, 28%, com 33% optando pelo voto em branco ou nulo, e 4% sem opinião.
No embate contra o senador mineiro, o pedetista iria a 36%, enquanto Aécio seria escolhido por 26%. Uma parcela de 34% votaria em branco ou anularia o voto, e 4% não opinaram.
Na disputa com Doria, Ciro teria 36%, e o tucano, 29%. Os demais votariam em branco ou nulo (29%) ou preferiram não opinar (6%).