Com índices de intenção de voto similares aos alcançados em abril, o ex-presidente Lula (PT) segue líder dos cenários de 1º turno da eleição presidencial de 2018, com Jair Bolsonaro (PSC) e Marina Silva (Rede) em destaque tanto na disputa pela segunda colocação nos cenários contra o petista quanto pela liderança quando Lula não aparece como candidato. Entre os nomes do PSDB, Geraldo Alckmin e João Doria têm preferência semelhante, mas o governador de São Paulo é mais conhecido e rejeitado que o prefeito da capital paulista.
Em um disputa em que Alckmin é apresentado como candidato do PSDB, Lula tem 30% das intenções de voto, e na sequência aparecem, empatados, Bolsonaro (16%) e Marina Silva (15%). Em um patamar mais baixo estão Alckmin (8%), Ciro Gomes, do PDT (5%), Luciana Genro, do PSol (2%), Eduardo Jorge, do PV (2%), e Ronaldo Caiado, do DEM (2%), além de 18% que votariam em branco ou nulo e 2% que não opinaram. Em abril, um cenário similar, porém incluindo Michel Temer (PMDB), mostrava o petista com 30%, seguido por Marina (16%), Bolsonaro (14%), Alckmin (6%) e Ciro (6%), entre outros com menor percentual.
Neste cenário, Bolsonaro divide com Lula a liderança entre quem tem curso superior, com 21%, ante 18% do petista e 12% de Marina Silva. O deputado pelo PSC também se destaca entre os mais jovens (tem 23% das intenções de voto, ante 32% de Lula e 18% de Marina). A análise pelos segmentos de renda mostra que o ex-presidente petista só tem vantagem entre os mais pobres (39%, ante 16% de Marina e 10% de Bolsonaro). Nas demais, Bolsonaro ganha terreno: na parcela com renda família de 2 a 5 salários, ele tem 20%, ante 24% de Lula e 16% de Marina; entre quem tem renda de 5 a 10 salários, Bolsonaro vai a 25%, à frente de Lula (19%) e Marina (10%). Entre os mais ricos, com renda mensal familiar superior a 10 salários, ele tem 20%, ante 14% de Alckmin, 12% de Lula e 8% de Marina. Na região Sul, Lula (22%) e Bolsonaro (20%) empatam, e no Sudeste há uma pulverização da preferência entre Lula (20%), Bolsonaro (17%), Marina (16%) e Alckmin (12%). No Nordeste, a vantagem é do ex-presidente petista: 48%, ante 14% de Marina Silva e 12% do deputado do PSC.
Quando Doria é apresentado como candidato do PSDB, Lula lidera com 30%, e Bolsonaro (15%) e Marina (15%) empatam na segunda colocação. O tucano tem a preferência de 10%, seguido por Ciro (6%), Luciana Genro (2%), Caiado (2%) e Eduardo Jorge (2%). Uma parcela de 16% que votaria em branco ou anularia, e 2% que preferiram não opinar. Há dois meses, cenário similar tinha Lula com 31%, Marina com 16%, Bolsonaro com 13%, Doria com 9% e Ciro com 6%, entre outros com menor preferência.
O prefeito de São Paulo tem intenção de voto acima da média entre os mais escolarizados (18%), faixas de renda familiar mais alta (15% entre quem têm renda de 2 a 5 salários, e 23% entre quem obtém valor superior a 10 salários) e região Sudeste (15%), segmentos no qual sua entrada traz uma divisão maior de votos, principalmente, com Bolsonaro. Entre os mais escolarizados, por exemplo o índice do tucano o coloca em empate com Bolsonaro (18%) e Lula (18%), com Marina em patamar próximo (12%). Na parcela dos mais ricos, Doria tem 23%, ante 19% do deputado do PSC e 14% de Lula.
O nome de Joaquim Barbosa (sem partido) também foi testado como presidenciável, e uma disputa em ele é incluído, tendo Alckmin como candidato do PSDB, Lula lidera com 30% das intenções de voto. Na disputa pelo segundo lugar neste cenário estão Bolsonaro (15%), Marina (15%) e Barbosa (11%), e em seguida pontuam o governador paulista (8%), Luciana Genro (2%), Eduardo Jorge (2%) e Ronaldo Caiado (2%). Votariam em branco ou nulo (14%), e 2% não opinaram.
No quadro com Doria no lugar Alckmin e Barbosa entre os postulantes à Presidência, Lula tem 29%, Marina aparece com 15%, Bolsonaro fica com 13%, e o ex-ministro do STF, com 10%. No mesmo patamar está Doria, com 9%, e na sequência aparecem Luciana Genro (2%), Eduardo Jorge (2%) e Ronaldo Caiado (1%), além de 15% que votariam em branco ou nulo e 2% que não opinaram.
A entrada de Barbosa na disputa também traz um aumento da competição por votos nos segmentos dos mais escolarizados, mais ricos e moradores do Sudeste. Entre quem tem curso superior, Lula (18%), Barbosa (17%), Doria (16%) e Bolsonaro (15%) empatam, e Marina aparece logo a seguir, com 10%. Na faixa de renda mensal de 5 a 10 salários, também há um quadro bastante disputado entre Bolsonaro (19%), Lula (17%), Barbosa (16%) e Doria (15%). Na faixa seguinte, dos mais ricos, a situação é similar: Doria tem 20%, Bolsonaro aparece com 17%, Lula fica com 15%, e Barbosa, com 14% das intenções de voto. Na região Sudeste, Lula (19%), Marina (16%), Doria (14%), Bolsonaro (14%) e Barbosa (12%) também travam uma disputa mais acirrada.
Outro cenário, incluindo Sérgio Moro (sem partido) e sem Barbosa, mostra Lula com 29% das intenções de voto. Na sequência aparecem Marina (14%), Moro (14%), Bolsonaro (13%), Alckmin (6%), Luciana Genro (2%), Eduardo Jorge (2%) e Caiado (1%). Uma fatia de 15% votaria em branco ou nulo, e 2% não opinaram.
Sem Lula e nenhum representante do PT, Marina fica à frente, com 22%, e Bolsonaro (16%) e Barbosa (12%) aparecem empatados em segundo lugar. Em seguida, também empatados, estão Alckmin (9%) e Ciro (9%), e na sequência aparecem Luciana Genro (3%), Eduardo Jorge (2%) e Ronaldo Caiado (2%). Brancos e nulos somam 22%, e 3% não opinaram.
Em um cenário com o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como candidato do PT, Alckmin como nome do PSDB e Ciro Gomes fora da disputa, Marina Silva tem 22%, e Bolsonaro, 16%, novamente empatado com Barbosa (13%). Em outro patamar aparecem Alckmin (10%), Luciana Genro (4%), Haddad (3%), Eduardo Jorge (2%) e Caiado (2%). Votariam em branco ou nulo 25%, e 3% preferiram não opinar.
Em embate envolvendo apenas Marina, Bolsonaro, Doria e Ciro, a ex-senadora lidera com 27%, e em seguida aparecem Bolsonaro (18%), Doria (14%) e Ciro (12%). Neste caso, 26% votariam em branco ou nulo, e 3% não opinaram.
O ex-presidente Lula lidera também o ranking de rejeição aos candidatos apresentados como opção para a eleição de 2018. Uma parcela de 46% não votaria de jeito nenhum no petista, que é seguido, neste quesito, por Alckmin (34% de rejeição). Não é possível comparar os atuais resultados com os levantamentos anteriores porque nas outras pesquisas foram incluídos candidatos com altos índices de rejeição como Michel Temer e Aécio Neves.
Na sequência aparecem, por ordem de rejeição, Bolsonaro (30%), Haddad (28%), Ciro (26%), Marina Silva (25%, tinha 21%), Luciana Genro (23%), Caiado (23%), Moro (21%), Eduardo Jorge (21%), Doria (20%) e Joaquim Barbosa (16%). Há 3% que votariam em qualquer um, 3% que poderiam votar em todos e outros 3% que não opinaram sobre o assunto.