O ex-prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), alcançou a liderança isolada na disputa pelo governo fluminense após o início do horário eleitoral gratuito no rádio e na TV. Com 24% das intenções de voto, ele impôs vantagem de 10 pontos sobre Romário (Podemos), que tem 14%. Na pesquisa realizada entre 20 e 21 de agosto, ex-prefeito do Rio tinha 18% e estava empatado tecnicamente com o senador do Podemos, que aparecia com 16%. O ex-governador oscilou de 12% para 10% e manteve o empate técnico com Romário.
A candidatura de Tarcísio Mota (PSOL) oscilou positivamente, de 5% para 7%, colocando o vereador carioca em situação de empate com Garotinho. Na sequência aparecem Índio (PSD), com 5%, Pedro Fernandes (PDT), com 3%, Marcia Tiburi (PT), com 2%, e Dayse Oliveira (PSTU), Wilson Witzel (PSC), André Monteiro (PRTB), e Marcelo Trindade (Novo), cada um deles com 1%. O candidato Luiz Eugenio (PCO) não alcançou 1%.
A intenção de votar em branco ou nulo oscilou de 26% para 24% desde o levantamento de agosto e continua em patamar elevado. Há ainda 6% que preferiram não opinar.
Para este levantamento foram entrevistados 1.357 eleitores em 35 cidades do Rio de Janeiro. A margem de erro para o total da amostra é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
A comparação com as informações do levantamento anterior mostra que Paes obteve avanço acima da média entre eleitores de 45 a 59 anos (passou de 17% para 28%) e entre quem tem 60 anos ou mais (de 20% para 30%). Na cidade do Rio, o candidato do DEM cresceu de 23% para 32%, e aproveitou a queda de Romário, de 13% para 7%, para consolidar sua liderança na capital que governou por dois mandatos. Além da queda na capital, o senador do Podemos perdeu eleitores com mais intensidade no segmento de 35 a 44 anos (de 24% para 14%), e continua tendo mais votos entre homens (18%) do que mulheres (11%). No eleitorado com curso superior, Paes cresceu de 20% para 27% e tem como adversário mais próximo o candidato do PSOL, Tarcísio Mota, que oscilou de 12% para 15%.
De forma geral, 54% dos eleitores fluminenses que escolhem um dos nomes que disputam o governo ou que pretendem votar em branco ou nulo estão totalmente decididos sobre seu voto Quanto mais jovem o eleitor, mais baixo o grau de decisão: na fatia de 16 a 24 anos, 34% estão totalmente decididos sobre a escolha para governador; na faixa etária intermediária, de 35 a 44 anos, o índice sobe para 56%; e na fatia dos mais velhos, com 60 anos ou mais, atinge 68%. No eleitorado que opta pela candidatura de Paes, 51% estão certos sobre essa escolha, índice similar ao registrado pela opção por Romário (50%). Entre os que votam em Garotinho, 60% estão totalmente convencidos dessa escolha. A taxa mais alta de certeza, porém, é registrada entre quem pretende votar em branco ou nulo (64%).
Na pesquisa espontânea, quando o nome dos candidatos não é apresentado aos eleitores, Paes lidera com 12% (tinha 7%), e na sequência também são citados Garotinho (6%, ante 4% na pesquisa anterior), Romario (6%, ante 5%), Tarcisio (3%, ante 2%), Indio (1%), Pedro Fernandes (1%) e Wilson (1%), entre outros que não atingiram 1%. A parcela que declara espontaneamente votar em branco ou nulo caiu de 55% para 45% desde o levantamento realizado logo após o lançamento das candidaturas, na segunda quinzena de agosto. No mermo período, passou de 19% para 20% a indicação espontânea de votar em branco ou nulo.
O ex-governador Anthony Garotinho segue como o nome mais rejeitado pelos eleitores: 46% não votariam de jeito nenhum no ex-governador, no mesmo patamar registrado no levantamento anterior (45%). Ele é seguido por Eduardo Paes (em quem 30% não votariam, igual ao índice registrado na tomada anterior), Romário (27%, ante 23% na última pesquisa), Índio (20%), Márcia Tiburi (11%), Tarcísio (11%), Dayse Oliveira (9%), Pedro Fernandes (9%), Marcelo Trindade (9%), Luiz Eugenio (8%), André Monteiro (8%) e Witzel (6%). Uma parcela de 8% rejeita todos os candidatos, 2% não rejeita nenhum, e 5% não opinaram.
Maia ganha pontos, mas disputa por vagas no Senado segue indefinida
A disputa pelas duas vagas ao Senado pelo Rio de Janeiro na próxima legislatura segue imprevisível. O ex-prefeito César Maia (DEM) passou de 18% para 21% desde agosto e abriu vantagem numérica sobre os adversários, mas continua empatado tecnicamente com Lindbergh (PT), que tem 18% (mesmo resultado da última pesquisa), e com Flavio Bolsonaro (PSL), que aparece com 17% (tinha 18%). O candidato do PSOL, Chico Alencar, também caiu de 17% para 14%, mas segue entre os que estão empatados na briga por uma das cadeiras ao Senado. No mesmo patamar de Alencar aparece Miro Teixeira (Rede), que oscilou de 11% para 12%.,.
Também aparecem na corrida pelo Senado os candidatos Pastor Everaldo (PSC), com 6%, Arolde de Oliveira (PSD), com 6%, Cyro Garcia (PSTU), com 5%, Mattos Nascimento (PRTB), com 3%, José Bonifácio (PDT), com 3%, Senador Eduardo Lopes (PRB), com 3%, Aspasia (PSDB), com 3%, Marta Barçante (PCB), com 2%, e Fernando Fagundes Ribeiro (PCO), Samantha Guedes (PSTU) e Gabrielle Burci (PMB), com 1% cada.
Uma fatia de 24% declarou que irá votar em branco ou nulo para a primeira opção para o Senado, e 37% pretendem fazer o mesmo para a segunda opção. Além disso, 9% estão indecisos para a primeira vaga para senador, e 14%, para a segunda vaga. O total de intenções de voto nos candidatos, em branco ou nulo e de indecisos, na disputa pelo Senado em 2018, soma 200%, já que os eleitores terão que preencher as duas vagas.
Na cidade do Rio, Maia tem 23%, e na sequência aparecem Alencar (19%), Bolsonaro (18%) e Lindbergh (17%). Na parcela que vota em Eduardo Paes, os candidatos a senador preferidos são Maia (35%), Lindbergh (23%) e Alencar (19%). Entre quem vota em Romário para governador, os mais apontados para o Senado são Lindbergh (26%), Bolsonaro (23%) e Maia (21%).