Candidato mais votado no 1º turno da eleição presidencial, Jair Bolsonaro (PSL) larga com ampla vantagem no 2º turno da disputa, com 58% dos votos válidos, contra 42% de Fernando Haddad (PT). No 1º turno da eleição, o candidato do PSL teve 46% dos votos válidos, e o petista, 29%.
Na contabilidade do total de votos, Bolsonaro tem 49%, e Haddad fica com 36%, com os demais se dividindo entre votos em branco/nulos (8%) e eleitores indecisos (6%). Na primeira etapa da eleição, o militar reformado obteve 42% do total de votos do eleitorado brasileiro, e seu adversário, 27%. Votos em branco e nulos somaram 9%.
A análise por segmentos do eleitorado mostra o militar reformado com vantagem acima da média entre os homens (57% do total de votos, ante 33% de Haddad, 6% de brancos/nulos e 4% de indecisos), e empate técnico entre as mulheres (42% a 39%, com 11% de brancos/nulos e 8% de indecisos). A vantagem é menor entre mais jovens, de 16 a 24 anos (46% para Bolsonaro, 41% para Haddad, 10% de brancos/nulos, e 4% indecisos), e na faixa etária seguinte o candidato do PSL consegue uma de suas vantagens mais amplas (54% a 36%, com 8% de brancos/nulos e 3% indecisos), equivalente à alcançada entre os mais velhos (50% a 32%, com 7% de brancos/nulos e 11% indecisos).
Entre eleitores menos escolarizados, o candidato do PT tem 44% das intenções de voto, ante 39% do deputado do PSL; entre quem tem escolaridade média, a vantagem é de Bolsonaro (53% a 33%); entre os mais escolarizados, a distância entre eles é ainda mais ampla (58 % a 30% em favor de Bolsonaro). O petista fica numericamente à frente entre os mais pobres, com renda mensal familiar de até 2 salários (44% a 38%), e nos demais segmentos de renda é ultrapassado pelo adversário por larga vantagem - de 28 a 34 pontos percentuais de diferença, a depender da renda do entrevistado. O militar reformado vence em todas as regiões, exceto no Nordeste. Nos estados do sul, obtém a maior vantagem (60% a 26%), e na região Norte fica à frente por menos distância (51% a 40%). No Nordeste, Haddad tem 52% das intenções de voto, ante 32% do adversário.
Na parcela evangélica do eleitorado, 60% têm intenção de votar em Bolsonaro, mais que o dobro do índice registrado para Haddad (25%). Entre católicos, a vantagem do presidenciável do PSL é menor (46% a 40%).
No grupo de eleitores que votou em Ciro Gomes, o terceiro colocado no 1º turno, 58% votam em Haddad no 2º turno, 19% escolhem Bolsonaro, e estão indecisos (8%) ou irão votar em branco/nulo (15%). No grupo de eleitores que votou em Alckmin, 42% migraram para o candidato do PSL, 30%, para o petista, e 17% irão votar em branco ou anular, com 12% indecisos.