Com vantagem menor, Witzel tem 56% dos válidos, ante 44% de Paes

DE SÃO PAULO

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A vantagem de Wilson Witzel (PSC) sobre Eduardo Paes (DEM) no 2º turno da disputa pelo governo do Rio de Janeiro caiu de 22 para 12 pontos percentuais ao longo da última semana, mas o ex-juiz ainda tem vantagem sobre o adversário a três dias da votação. A contagem de votos válidos mostra o ex-juiz com 56% de preferência eleitoral, ante 61% em pesquisa realizada na semana passada. O candidato do DEM, no mesmo período, passou de 39% para 44% das intenções de votos válidos.

No total de votos, que inclui brancos, nulos e indecisos, o candidato do PSL passou de 50% para 47%, e seu oponente, de 33% para 37%. Pretendem votar em branco ou anular 11%, e 6% estão indecisos (índices estáveis).

A diminuição da distância entre os concorrentes ao Palácio da Guanabara se deve ao avanço de Paes em segmentos que eram majoritariamente pró-Witzel, ou inclinados ao candidato. Caso do eleitorado masculino, em que o candidato do PSC caiu de 59% para 53%, e o político do DEM cresceu de 27% para 32%. Entre as mulheres, há empate entre eles (41% para ambos). Na faixa de 35 a 44 anos, o candidato do PSC viu sua candidatura recuar de 54% para 47%, enquanto Paes avançou de 28% para 33%. Também houve retração na preferência pelo ex-juiz no grupo dos eleitores mais velhos, no qual Witzel caiu de 48% para 42%, enquanto o ex-prefeito do Rio passou de 39% para 43%.

Escolaridade elevada e renda mais alta, porém, foram os fatores que mais pesaram na aproximação entre Witzel e Paes. Na fatia dos que estudaram até o curso superior, Witzel teve queda acentuada, de 52% para 42%, enquanto seu adversário cresceu de 32% para 43%. Entre os menos escolarizados, há vantagem numérica a favor de Paes (43% a 38%). Quem dá a liderança ao ex-juiz, segundo esse critério, é o eleitor que estudou até o ensino médio, segmento no qual a proporção de votos, neste momento, é amplamente favorável ao ex-juiz (55% a 29%).

Entre quem tem renda familiar de 5 a 10 salários por mês, o candidato do PSC perdeu 19 pontos (foi de 61% para 42%), e Paes saltou de 26% para 46% (alta de 20 pontos). Na parcela dos mais ricos, com renda superior a 10 salários, Witzel tem 48%, ante 39% do ex-prefeito do Rio. Nos grupos de renda que mais pesam no eleitorado, a vantagem é do candidato do PSC: entre quem tem renda de até 2 salários, o ex-juiz tem 43%, ante 35% do candidato do DEM; na faixa de 2 a 5 salários, Witzel vai a 52%, e seu oponente é o preferido de 34%.

Na cidade do Rio de Janeiro, a vantagem numérica, que era de Witzel (46% a 41%), agora passou a ser de Paes (45% a 42%), porém persiste o empate técnico. No interior do estado, o ex-juiz mantem larga vantagem (51% a 28%).

O candidato do PSC tem o voto mais atrelado ao candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSC). Entre eleitores do militar reformado, 69% também votam em Witzel, e 20% optam por Paes. Na parcela de eleitores fluminenses que prefere Haddad.para presidente, 65% indicam votar no candidato do DEM, e 19%, no ex-juiz.

Nesse levantamento, nos dias 24 e 25 de outubro de 2018, foram realizadas 1.481 entrevistas presenciais com eleitores, em 42 municípios do estado do Rio de Janeiro. A margem de erro máxima é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, para o total da amostra.

O número de Witzel é mais conhecido entre seus eleitores (77% mencionam corretamente) do que entre os que pretendem votar em Paes (51%).
Na consulta sobre o grau de decisão do voto, também há vantagem do candidato do PSC: 88% de seus eleitores estão totalmente convictos para a eleição no próximo domingo, ante 80% dos que têm preferência por Paes.

A rejeição ao candidato do DEM também supera a registrada para o ex-juiz: 52% não votariam de jeito nenhum em Paes, e 39% dizem o mesmo sobre Witzel. Uma parcela de 41% votarão com certeza no candidato do PSC, e 17% ainda consideram essa possibilidade. A fatia dos que votarão com certeza no ex-prefeito do Rio é de 32%, e 14% ainda podem escolhê-lo até o próximo domingo.