Com 31% das intenções de voto, João Campos (PSB) abriu vantagem sobre seus adversários na corrida pela prefeitura do Recife no momento em que a disputa pelo segundo lugar fica mais acirrada, com empate triplo entre Marilia Arraes (PT), que tem 18%, Delegada Patricia (Podemos), que aparece com 16%, e Mendonça Filho (DEM), com 15%.
A comparação com pesquisa realizada no início do mês, entre 05 e 06 de outubro, mostra avanço da candidatura de Campos, que tinha 26% e agora se consolida como líder na corrida pela prefeitura. No embate pela segunda posição, a deputada federal do PT oscilou positivamente (tinha 17%), o representante do DEM oscilou negativamente (tinha 16%), e a candidata do Podemos, novata em disputas eleitorais, cresceu seis pontos (tinha 10%), levando a um quadro de empate técnico entre eles.
A eleição na capital pernambucana tem ainda tem ainda Coronel Feitosa (PSC), com 2%, e Carlos (PSL), Thiago Santos (UP) e Charbel (Novo), com 1% cada. Os candidatos Marco Auréllio Meu Amigo (PRTB) e Claudia Ribeiro (PSTU) foram citados mas não atingiram 1%, Victor Assis (PCO) não foi citado. Com queda significativa em relação ao início do mês, 12% pretendem votar em branco ou nulo (eram 21%), e há 4% que preferiram não opinar (eram 5%).
O deputado federal João Campos registrou avanço mais intenso entre as eleitoras de Recife (passou de 25% para 33%), na faixa de 45 a 59 anos (de 20% para 30%), na parcela com escolaridade fundamental (de 32% para 47%), entre os mais pobres, com renda familiar de até 2 salários mínimos (de 28% para 38%) e entre evangélicos (de 23% para 33%). Entre os mais ricos, houve queda na preferência pelo candidato do PSB: entre quem tem renda de 5 a 10 salários, suas intenções de voto passaram de 16% para 11.
Apesar da estabilidade em relação à pesquisa anterior, com oscilação positiva dentro da margem de erro, Marilia Arraes ganhou força em segmentos em que já aparecia com destaque no início do mês, como o eleitorado mais escolarizado, em que passou de 23% para 27%, e na faixa de renda familiar que ganha de 5 a 10 salários, a petista passou de 25% para 32%.
A candidatura de Mendonça Filho ganhou quatro pontos entre os mais velhos (de 20% para 24%), segmento no qual só fica numericamente atrás de Campos, que tem 32%.
Delegada Patrícia avançou em quase todos os segmentos do eleitorado, à exceção dos mais velhos, no qual passou de 13% para 10. Mais velhos, mais ricos e menos escolarizados (no qual também tem 10%) são, por ora, os pontos mais fracos da candidata do Podemos, que tem intenções de voto bem distribuídos entre os demais grupos sociodemografícos.
Dentro do universo de 21% dos eleitores que tem o PT como partido de preferência no Recife, a preferência por Marilia Arraes passou de 36% para 42%, e os demais se dividem, principalmente, entre Campos (33%), Delegada Patricia (10%) e Mendonça (7%).
Na pesquisa de intenção de voto espontânea, quando os nomes que disputam o cargo de prefeito não são apresentados aos eleitores, a taxa dos que não citam nenhum nome caiu de 47% para 35%. Os nomes mais mencionados são João Campos (18%, ante 9% no levantamento anterior), Marilia Arraes (11%, ante 8% no início do mês), Mendonça Filho (8%, e tinha 5%) e Delegada Patrícia (7%, contra 3% na rodada anterior). Há 2% que fazem referência ao filho de Eduardo Campos, 7% que citam outros nomes, e 12% que declaram voto em branco ou nulo (na rodada do início do mês, 18%).