Metade (49%) dos eleitores paulistanos não tem interesse no horário eleitoral gratuito dos candidatos a prefeito exibido na TV. Há 17%, por outro lado, com grande interesse, e 33% têm um pouco de interesse. Entre os mais jovens, apenas 10% têm muito interesse, índice que alcança 21% na faixa de 35 a 44 anos. No eleitorado que declara voto em Bruno Covas (PSDB), 47% não têm interesse no horário eleitoral, ante 49% entre os potenciais eleitores de Celso Russomanno (Republicanos), 33% dos que pretendem votar em Guilherme Boulos e 42% dos que preferem Marcio França.
Questionados sobre a importância do horário eleitoral gratuito no voto para prefeito, 40% avaliaram como nada importante, 28%, como um pouco importante, e 32%, como muito importante. Entre os mais jovens, 27% veem o horário eleitoral como nada importante na escolha do candidato a prefeito, índice que fica em 35% na faixa de 25 a 34 anos, 33% entre quem tem de 35 a 44 anos, 44% no eleitorado de 45 a 59 anos, e atinge 54% entre os mais velhos, com 60 anos ou mais.
A maioria (64%) assistiu a algum horário eleitoral gratuito na TV desde o início da campanha deste ano, e 65% viram algumas das peças curtas de divulgação das candidaturas a prefeito exibidas ao longo da programação das TV's.
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HOSPITAIS E ESCOLAS DEVEM SER PRIORIDADES PARA PRÓXIMO PREFEITO
Em uma lista de prioridades para a próxima gestão municipal apresentada aos eleitores, 62% apontaram hospitais como questão prioritária, e 55% apontaram escolas públicas. Em um patamar mais baixo aparecem moradia popular (33%), transporte coletivo (28%), posto/unidade de saúde (27%), saneamento básico (24%), creches públicas (21%), programas de assistência social para os mais pobres (20%), opções de cultura e lazer (6%), abastecimento de água (4%), calçamento/pavimentação (3%) e energia elétrica (3%). Cada entrevistado pode indicar até três prioridades, por isso a soma das respostas é superior a 100%.
O tema mais divergente entre os mais ricos e o mais pobres na capital paulista é o saneamento básico, apontado por 27% na parcela com renda mensal familiar de até 2 salários, e por 58% entre quem tem renda superior a 10 salários. A prioridade para hospitais aparece na sequência, apontada por 61% na faixa de menor renda, e por 45% no segmento de maior renda.
Metade (51%) dos eleitores da capital paulista se mudariam da cidade se pudessem, com mais disposição para mudança na faixa de 35 a 44 anos. Na fatia dos mais velhos, com 60 anos ou mais, o desejo de deixar a cidade é menos frequente (43%). Entre os mais ricos, com renda familiar superior a 10 salários, apenas 28% deixariam a cidade
A maioria (77%) dos eleitores paulistanos são contra o fechamento de ruas para trânsito para darem lugares a mesas de bares e restaurantes, e 19% são a favor, com os demais (3%) indiferentes ou sem opinião sobre o assunto.
Na faixa de 25 a 34 anos, 26% são a favor, quase o dobro do registrado entre os mais velhos, com 60 anos ou mais (14%). Entre eleitores com curso superior, 27% apoiam a medida, e entre quem tem renda mensal familiar acima de 10 salários esse índice atinge 34%. Na parcela que vive no centro da cidade, 33% apoiam o fechamento de ruas para a ocupação de bares e restaurante, ante 17% na região sul, 18% na região leste, 21% na região norte e 23% na região oeste da cidade.
Entre aqueles favoráveis ao fechamento de ruas para a colocação de meses por bares e restaurantes, 55% avaliam que isso deveria acontecer em todos os bairros da cidade, e para 44% só deveria acontecer na região central.
De forma geral, 16% dos eleitores da capital paulista recebem ou tem alguém no domicílio que recebe algum tipo de auxílio financeiro ou de alimentação da Prefeitura de São Paulo. Esse tipo de auxílio abrange 25% dos mais pobres, com renda mensal familiar de até 2 salários, e é mais comum entre mulheres (20%) do que entre homens (11%).
Ampla maioria (82%) é a favor de que a prefeitura dê um auxílio mensal em dinheiro para pessoas que não têm renda ou têm renda muito baixa, e 16% se opõem, com 2% indiferentes ou sem opinião. Entre os mais jovens, 92% apoiam a medida, que perde força conforme a idade do eleitor e fica em 72% entre os mais velhos, com 60 anos ou mais.
Entre os eleitores da capital paulista, 50% sofreram perda de renda domiciliar por causa do coronavírus, incluindo aqueles em que a renda diminuiu muito (30%) e aqueles em que diminuiu um pouco (20%). Há 7% que tiveram alta na renda do domicílio, e para 43% a renda ficou igual.
Os mais pobres foram os mais impactos pela pandemia: entre quem tem renda familiar de até 2 salários, 55% sofreram perda de renda domiciliar; na parcela com ganho familiar de 2 a 5 salários, 48% tiveram diminuição na renda; entre aqueles com renda familiar de 5 a 10 salários, 44% tiveram queda nos ganhos da casa durante a pandemia; no segmento mais rico, com renda familiar superior a 10 salários, 28% tiveram queda nos rendimentos por causa do coronavírus.
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44% VOTARIAM EM ACUSADO POR CORRUPÇÃO
Antes de definir em quem votar para prefeito, 72% dos eleitores de São Paulo costumam pesquisar sobre sua trajetória na vida pública. Entre os homens, 77% fazem esse tipo de pesquisa, ante 70% das mulheres. Na faixa dos mais velhos, com 60 anos, ou mais, 61% pesquisam sobre a trajetória pública de seus candidatos, índice abaixo das demais faixas etárias. A escolaridade dos eleitores tem grande influência nessa rotina pré-voto: na parcela que estudou até o ensino fundamental, 53% dizem pesquisar sobre a vida pública de seu candidato a prefeito, índice que sobe para 70% entre quem estudou até o ensino médio, e para 91% no grupo que estudou até o ensino superior.
Um eleitor em cada cinco (19%) diz que votaria em um candidato a prefeito que não conhecesse muito bem, mas que fosse indicado por algum amigo ou parente. Na parcela menos escolarizada, 25% poderiam seguir a indicação de um amigo ou parente e votar em um desconhecido, ante 20% no eleitorado com escolaridade média, e 13% entre eleitores com ensino superior.
A maioria (79%) também procura se informar se os candidatos que disputam a prefeitura já foram acusados de corrupção, novamente com percentual menor de busca por informação entre quem estudou até ensino fundamental (63%) do que quem estudou até o ensino médio (78%) ou superior (93%).
Os eleitores também foram questionados se votariam em um candidato que já tivesse sido alvo de investigação por corrupção, caso esse candidato oferecesse algum atrativo eleitoral de interesse do eleitor.
Nesse cenário, 33% votariam em um candidato investigado por corrupção que já tivesse exercido cargo público e feito melhorias para a população, 27% escolheriam alguém já investigado por corrupção que defendesse as mesmas ideias e princípios que esse eleitor também acredita, 21% optariam por um candidato investigado por corrupção que prometesse obras e melhorias para a cidade, e 18% votariam em um nome já investigado por corrupção que fosse conhecido e tivesse prestígio.
De forma geral, 44% admitem votar em um candidato alvo de investigação por corrupção em pelo menos diante de uma das condições mencionadas. Esse índice é mais alto entre jovens de 16 a 34 anos (56%), ante 42% na faixa intermediária, de 35 a 44 anos e 41% entre os mais velhos, com 60 anos ou mais. Na parcela com escolaridade fundamental, 51% votariam em um candidato investigado por corrupção em pelo uma dessas situações, índice que fica em 44% no segmento com escolaridade média, e em 38% entre quem tem escolaridade superior.
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