A maioria (60%) dos eleitores de Recife não se mudaria da cidade se tivesse essa oportunidade. A taxa dos que se mudariam é mais alta entre os mais jovens (49% entre quem tem de 16 a 24 anos) e cai conforme o avanço da idade. Na faixa intermediária, de 35 a 44 anos, 37% se mudariam, e entre quem tem 60 anos ou mais esse índice cai para 27%. Entre eleitores recifenses com renda familiar de até 2 salários mínimos, 36% se mudariam da capital pernambucana se pudessem, índice que sobe para 44% entre quem tem renda superior a 5 salários.
Em uma lista apresentadas aos eleitores para que pudessem apontar as prioridades para a próxima gestão municipal, com a opção de escolha de três alternativas, os hospitais (56%) e escolas públicas (49%) encabeçaram o ranking de prioridades. Na sequência aparecem saneamento básico (34%), posto/unidade de saúde (31%), transporte coletivo (31%), moradia popular (25%), creches públicas (20%), programas de assistência social para os mais pobres (14%), abastecimento de água (9%), calçamento/pavimentação (8%), energia elétrica (4%) e opções de cultura e lazer (4%).
As principais divergências entre homens e mulheres, nessa lista de prioridades, se dá em torno do saneamento básico, apontado por 41% dos homens e 29% das mulheres, e creches públicas (14% e 24%, respectivamente).
O mesmo exercício de comparação entre o segmento de renda familiar de até 2 salários e o segmento de renda superior a 5 salários mostra divergência mais ampla na priorização de hospitais (59% na faixa de renda mais baixa, e 45% na faixa de renda mais alta) e saneamento básico (29% na faixa de até 2 salários, 50% entre quem tem renda familiar superior a 5 salários).
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55% NÃO TÊM INTERESSE NO HORÁRIO ELEITORAL GRATUITO NA TV
A maioria (55%) dos eleitores de Recife não tem interesse no horário eleitoral gratuito dos candidatos a prefeito transmitido pela TV, e os demais tem um pouco de interesse (27%) ou grande interesse (17%), além de 1% que não respondeu. Entre os eleitores que declaram voto em João Campos (PSB), 21% têm muito interesse no horário eleitoral, mesmo índice registrado no eleitorado de Marilia Arraes (PT). Na parcela de potenciais eleitores de Delegada Patrícia, 13% declaram ter grande interesse na propaganda televisiva dos candidatos, e entre quem tem intenção de votar em Mendonça Filho (DEM) são 16%.
Consultados sobre a importância do horário eleitoral gratuito no voto para prefeito, 41% apontaram como nada importante, 26%, como um pouco importante, e 32%, como muito importante. Entre eleitores com escolaridade fundamental, 45% veem o horário eleitoral como muito importante para a definição do voto, taxa que cai para 32% no eleitorado com escolaridade média, e para 18% entre quem tem escolaridade superior. Na parcela que declara voto em Campos, 45% atribuem muita importância ao horário eleitoral, ante 27% no eleitorado atual de Marilia Arraes, 24% dos que preferem Delegada Patricia, e 31% entre quem pretende votar em Mendonça Filho. No grupo de eleitores que declara voto em branco ou nulo, apenas 14% valorizam muito o horário eleitoral na escolha do voto, e dois em cada três (67%) não dão nenhuma importância.
No Recife, a maioria (63%) assistiu a algum horário eleitoral gratuito na TV desde o início da campanha deste ano, e também é de 63% o índice dos que viram algumas das peças curtas de divulgação das candidaturas a prefeito exibidas ao longo da programação das TV's.
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60% DOS JOVENS VOTARIAM EM CANDIDATO INVESTIGADO POR CORRUPÇÃO
Três em cada dez eleitores (31%) do Recife não costumar pesquisar a trajetória pública de seu candidato a prefeito antes de definir o voto. Entre os mais velhos, com 60 anos ou mais, 47% não pesquisam sobre a vida pública de seu candidato, índice que também fica acima da média entre quem estudou até o ensino fundamental (52%), entre os mais escolarizados esse índice cai para 11%.
Um eleitor em cada quatro (24%) diz que votaria em um candidato a prefeito que não conhecesse muito bem, mas que fosse indicado por algum amigo ou parente. Entre os mais jovens, 31% seguiriam a indicação de um amigo ou parente na escolha de um candidato, mesmo que desconhecido, e entre quem estudou até o ensino fundamental esse índice fica em 33%. Na parcela evangélica, 29% votariam em um alguém que não conhecessem, mas fosse indicado por alguém próximo, e entre católicos são 21%.
A maioria (69%) também procura se informar se os candidatos que disputam a prefeitura já foram acusados de corrupção, com prevalência menor no eleitorado mais velho (55%) e com escolaridade fundamental (44%) na busca por esse tipo de informação.
Os eleitores da capital pernambucana também foram questionados se votariam em um candidato que já tivesse sido alvo de investigação por corrupção, caso esse candidato oferecesse algum atrativo eleitoral de interesse do eleitor.
Na hipótese mais atraente para os eleitores, 35% votariam em um candidato alvo de investigação por corrupção que, tendo ocupado cargo público, tivesse feito melhorias para a população. Um eleitor em cada quatro (24%) também votaria em alguém investigado por corrupção que defendesse as mesmas ideias e princípios que esse eleitor, 21% escolheriam um candidato investigado por corrupção que prometesse obras e melhorias para a cidade, e 16% votariam em um nome já investigado por corrupção que fosse conhecido e tivesse prestígio.
De forma geral, 43% votariam votar em um candidato alvo de investigação por corrupção em pelo menos uma das situações descritas anteriormente. Esse índice fica acima da média entre os mais jovens, de 16 a 24 anos (60%) e entre os menos escolarizados (55%).
Ainda na faixa dos mais jovens, metade (51%) votaria em um candidato investigado por corrupção que tivesse feitos melhorias para a população quando em cargo público, 38% votariam em alguém afinado com suas ideias e princípios que respondesse a uma acusação de corrupção, e 33% votariam em candidatos investigados por corrupção que prometessem obras e melhorias para a cidade. O único item em que os a posição dos jovens não foge da opinião média é o que se refere ao voto em um nome investigado por corrupção que fosse conhecido e tivesse prestígio.
Entre os eleitores de João Campos, 56% votariam em um candidato investigado por corrupção, esse índice cai para 45% entre os eleitores de Marília Arraes, para 39% entre os eleitores de Mendonça Filho e para 35% entre os eleitores da Delegada Patrícia.