O ex-presidente Lula (PT) lidera as intenções de voto para a Presidência da República e, se as eleições fossem hoje, teria os votos de 41% dos brasileiros com 16 anos ou mais no 1º turno. O atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido), aparece na sequência, com 23% das intenções de voto. Em um patamar mais baixo, empatados, estão Sérgio Moro (sem partido), com 7%, Ciro Gomes (PDT), com 6%, Luciano Huck (sem partido), com 4%, João Doria (PSDB), com 3%, Luiz Henrique Mandetta (DEM), com 2%, e João Amoedo (Novo), também com 2%. Uma parcela de 9% votaria em branco ou nulo, e 4% preferiram não opinar.
Entre brasileiros com escolaridade fundamental, o petista tem 51% das intenções de voto. Seus índices de preferência também ficam acima da média entre aqueles com renda mensal familiar de até 2 salários (47%), na região Nordeste (56%) e entre brasileiros que se declaram pretos (53%). No segmento com nível superior de escolaridade, por outro lado, seu desempenho fica abaixo da média (30%), situação observada também nas faixas de renda superiores a 2 salários (34% na faixa de 2 a 5 salários, 26% entre quem ganha de 5 a 10 salários e 18% no grupo dos mais ricos, com renda superior a 10 salários), entre empresários (26%) e na parcela que se declara branca (32%). Na parcela que reprova o governo Bolsonaro, 59% votariam no petista, e entre quem a considera regular, são 35% de potenciais eleitores.
O presidente Jair Bolsonaro registra mais intenções de voto entre os homens (29%) do que entre as mulheres (19%). Por faixa etária, seu melhor desempenho é entre brasileiros de 35 a 44 anos (26%), e o pior, entre os mais jovens, de 16 a 24 anos (18%). Na faixa de renda familiar de 2 a 5 salários, Bolsonaro é o preferido por 29%, e entre quem tem renda de 5 a 10 salários esse índice fica em 30%. Os empresários são o único segmento que dão a Bolsonaro vantagem numérica sobre Lula (49% a 26%), e entre evangélicos a disputa entre eles é acirrada (35% para o nome do PT, 34% para o atual presidente).
Ciro Gomes vê a preferência por seu nome dobrar entre os mais escolarizados (11%) e entre os mais ricos (13%), segmentos em que tem melhor desempenho.
Para essa pesquisa, foi realizada um cenário estimulado de intenção de voto com os nomes apontados acima, que não necessariamente estarão na disputa presidencial de 2022. Na pesquisa espontânea de preferência eleitoral para 2022, feita antes da consulta estimulada e em que não são apresentados nomes de possíveis candidatos aos entrevistados, Lula é citado espontaneamente por 21%, empatado com Jair Bolsonaro (17%). Cerca de metade (49%) não mencionou nenhum nome, 1% citou Ciro Gomes, e os demais nomes não atingiram 1%.
Quando questionados em quem não votariam de jeito nenhum para presidente, 54% apontaram Bolsonaro, e 36%, Lula. Na sequência, com rejeição mais baixa, aparecem Doria, em que 30% não votariam de jeito nenhum, Huck (29%), Moro (26%), Ciro (24%), Mandetta (17%) e Amoêdo (16%). Há 2% que rejeitam todos, 1% que não rejeita nenhum deles, e 2% que não opinaram.
Entre os mais jovens, 63% não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro, que também enfrenta rejeição acima da média entre mulheres (59%), brasileiros com ensino superior (59%), mais ricos (59%), funcionários públicos (65%), moradores do Nordeste (62%) e pretos (62%).
O ex-presidente petista é rejeitado por 47% dos mais escolarizados, e outros segmentos que negam votos a Lula com índices acima da média incluem brasileiros com renda familiar acima de 2 salários mínimos (45% na faixa de 2 a 5 salários, 57% entre quem tem renda de 5 a 10 salários e 42% na faixa acima de 10 salários), empresários (52%), brancos (45%), evangélicos (42%) e moradores das regiões Sul (42%) e conjunto do Norte e Centro-Oeste do país (42%).