O Datafolha apresentou três cenários distintos de intenção de voto para o governo do estado de São Paulo, no primeiro, Geraldo Alckmin (sem partido) mantém a liderança da disputa, sem o nome do ex-governador, Fernando Haddad (PT) lidera. Durante a coleta de dados, Geraldo Alckmin anunciou a sua saída do PSDB.
No primeiro cenário, com Geraldo Alckmin, os índices ficaram estáveis na comparação com a pesquisa de setembro. Alckmin lidera, com 28% das intenções de voto (tinha 26% em setembro), seguido por Fernando Haddad, com 19% (tinha 17%), Marcio França (PSB), com 13% (tinha 15%), e Guilherme Boulos (PSOL), com 10% (tinha 11%). Com índices mais baixos ficaram Tarcísio Gomes de Freitas (sem partido), com 5% (tinha 4%), Arthur do Val (PATRIOTA), com 2% (tinha 4%), e com 1%, cada um, Vinicius Poit (NOVO) e Abraham Weintraub (sem partido) (cada um, com o mesmo índice anterior). Brancos ou nulos somam 16% (era 17%) e indecisos são 4% (era 3%).
Alckmin tem melhor desempenho entre os menos instruídos (33%, ante 16% de Haddad), entre os moradores do interior paulista (33%, ante 17% de Haddad), entre os que possuem renda familiar mensal de até 2 salários mínimos (31%, ante 21% de Haddad) e entre os que aprovam o governo estadual de João Doria (PSDB) (37%, ante 22% de Haddad). Por sua vez, Haddad tem melhor desempenho entre os moradores da capital (20%, ante 22% de Alckmin e 16% de Boulos), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos (21%, mesmo índice de Alckmin), entre os moradores da região metropolitana (24%, ante 21% de Alckmin), entre os que possuem 16 a 24 anos (22%, ante 21% de Alckmin e 17% de Boulos) e entre os mais instruídos (21%, ante 19% de Alckmin e 18% de Boulos).
Nesse levantamento, entre os dias 13 a 16 de dezembro de 2021, foram realizadas 2.034 entrevistas presenciais em 70 municípios do estado de São Paulo, com brasileiros de 16 anos ou mais, de todas as classes sociais e de todas as regiões do estado. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.
No segundo cenário, sem Alckmin e com Rodrigo Garcia (PSDB), Fernando Haddad lidera, com 28% das intenções de voto (tinha 23%). Seguido por Marcio França, com 19% (mesmo índice anterior) e Guilherme Boulos, com 11% (mesmo índice anterior). Com índices mais baixos ficaram: Tarcísio de Freitas com 7% (tinha 6%), Rodrigo Garcia, com 6% (tinha 5%), Arthur do Val, com 3% (tinha 5%), Abraham Weintraub, com 1% (tinha 2%) e Vinicius Poit, com 1% (mesmo índice anterior). Brancos ou nulos somam 21% (era 22%) e indecisos são 4% (mesmo índice anterior).
Com Alckmin fora da disputa, 30% dos seus eleitores optaram por Haddad, 19% por França e 13% por Rodrigo Garcia.
No terceiro cenário, sem Alckmin e Haddad na disputa, Marcio França lidera, com 28% das intenções de voto. O Datafolha testou pela primeira vez este cenário. Na sequência aparecem Boulos, com 18%, Tarcísio de Freitas, com 9%, Garcia, com 8%, Arthur do Val, com 4%, Weintraub, com 2%, e Poit, com 1%. Brancos ou nulos são 25% e 5% não opinaram.
Sem Alckmin, 32% dos seus eleitores optaram por França, 18% por Rodrigo Garcia e 10% por Boulos. Já, os eleitores de Haddad, 30% escolheram França e 30%, Boulos.
Em todos os três cenários, a taxa de intenção de voto em Tarcísio de Freitas sobe entre os que aprovam o governo Bolsonaro: no primeiro cenário, Freitas tem 16%, no segundo, tem 19%, e no terceiro, 19%.
Na pergunta espontânea, quando não são apresentados os nomes dos candidatos, sete em cada dez (69%) não souberam informar o nome de algum candidato (mesmo índice de setembro). Dos nomes lembrados, João Doria (PSDB), o atual governador, é o mais citado, com 4% (tinha 6%), seguido por Haddad, com 3% (tinha 1%), Alckmin, com 3% (tinha 2%), Boulos, com 2% (mesmo índice anterior), Tarcísio de Freitas, com 2% (tinha 1%) e França, com 2% (tinha 1%), entre outros menos citados. Uma parcela de 10% pretende votar em branco ou nulo (era 12%).
Alckmin e Haddad seguem como os candidatos mais rejeitados, respectivamente, por 35% e 34% (tinham, 36% e 34% em setembro). Na sequência aparecem Boulos, com 28% (tinha 27%), Val, com 22% (tinha 20%), Weintraub, com 18% (tinha 17%), Garcia, com 18% (tinha 17%), Freitas, com 16% (mesmo índice anterior), França, com 16% (tinha 20%) e Poit, com 16% (mesmo índice anterior). Uma parcela de 6% rejeita todos (era 7%), 3% não rejeitam ninguém (mesmo índice anterior) e 5% não opinaram (era 4%).
O índice de rejeição a Alckmin é mais alto entre os mais instruídos (43%) e entre os que reprovam o governo Doria (43%). Já, Haddad alcança índices de rejeição mais altos entre os mais instruídos (41%), entre os mais ricos (47%), entre os que reprovam o governo Doria (45%) e entre os que aprovam o governo Bolsonaro (58%).