Com 51% das intenções de voto, o ex-presidente Lula (PT) lidera com grande vantagem a disputa pela Presidência da República entre adolescentes e jovens de 16 a 29 anos que votam de 12 capitais brasileiras. Atual ocupante do cargo, Jair Bolsonaro (PL) aparece em segundo, com a preferência de 20% desse universo, em patamar mais próximo de Ciro Gomes (PDT), que tem 12%. Na sequência aparecem André Janones (Avante), com 2%, e Simone Tebet (MDB), Vera Lúcia (PSTU), Pablo Marçal (PROS), Leonardo Péricles (UP) e Sofia Manzano (PCB), com 1% cada. Os nomes de Eymael (DC), Luciano Bivar (União Brasil), General Santos Cruz (Podemos) e Felipe D’Ávila (Novo) não atingiram 1%. Há 8% que votariam em branco ou nulo, e 3% que não opinaram ou não votam.
O levantamento foi realizado entre os dias 20 e 21 de julho de 2022, com 1000 jovens e adolescentes de 15 a 29 anos, e as questões eleitorais foram direcionadas aqueles com idade entre 16 e 29 anos que votam, totalizando 935 entrevistas nesse universo. As entrevistas foram realizadas em 12 capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Curitiba, Porto Alegre, Belém, Manaus, Brasília e Goiânia. Os resultados representam somente os adolescentes e jovens na faixa de idade de 15 a 29 anos dessas cidades, e de 16 a 29 para resultados eleitorais. A margem de erro do levantamento é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos quando se considera o total da amostra.
Entre os homens, a intenção de votos em Lula fica abaixo da média (44%), com vantagem menor para Bolsonaro (24%) e Ciro (14%). Na fatia de mulheres, o petista vai a 58%, com distância mais ampla para os nomes do PL (16%) e PDT (10%). Entre os adolescentes e jovens evangélicos, Bolsonaro (36%) e Lula (30%) empatam, com vantagem numérica para o presidente.
O ex-presidente Lula tem 78% dos votos entre adolescentes e jovens que se consideram politicamente de esquerda, espectro que abrange 32% e inclui os segmentos de extrema-esquerda, esquerda, ou centro-esquerda. Nesse universo da esquerda, Bolsonaro tem 4% das intenções de voto, e Ciro, 11%. Entre os que se posicionam no centro do espectro político, segmento que agrega 30% dos adolescentes e jovens, Lula tem 40% das intenções de voto, e na sequência aparecem Ciro (19%) e Bolsonaro (14%). Na parcela que se posiciona à direita no espectro político, incluindo extrema-direita, direita e centro-direita, Bolsonaro tem 42%, em patamar próximo a Lula (35%), e em seguida aparece Ciro Gomes (7%). O espectro da direita abrange 33% do universo de adolescentes e jovens.
Na pesquisa espontânea, na qual os eleitores respondem sem o apoio de uma lista de nomes, Lula é mencionado por 41%, seguido por Bolsonaro (17%) e Ciro (3%), além de outros nomes abaixo de 2%. Há 25% que não citam espontaneamente em quem votarão, e 13% que declaram a intenção de votar em branco ou anular seu voto.
A pesquisa também mediu a rejeição dos presidenciáveis entre os adolescentes e jovens, e mostra que dois em cada três (67%) nesse universo não votariam de jeito nenhum em Jair Bolsonaro no 1º turno da disputa presidencial. O nome do ex-presidente Lula é o segundo mais rejeitado (32% não votariam de jeito nenhum), e na sequência aparecem Ciro (22%), Santos Cruz (10%), Vera Lúcia (7%), Eymael (6%), Pablo Marçal (6%), Felipe D’ávila (5%), Simone Tebet (5%), Bivar (4%), Janones (4%), Péricles (4%) e Sofia Manzano (3%). Há 1% que rejeita todos e 1% que não opinou.
Na parcela de homens, a rejeição a Bolsonaro é de 60%, e entre as mulheres atinge 73%. Com o nome do PT, ocorre o contrário, com maior rejeição entre homens (39%) do que entre mulheres (26%). Na parcela de adolescentes e jovens evangélicos, 52% não votariam de jeito nenhum em Lula, e 49% não escolheriam Bolsonaro.
Em um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, 61% dos adolescentes e jovens votariam no petista, e 27%, no atual presidente, com 11% de votos em branco e nulo, e 1% sem opinião sobre a disputa.
Na parcela que declara voto em Ciro no 1º turno, 52% votariam em Lula em embate direto contra Bolsonaro, que teria o voto de 25% dos que preferem o pedetista na primeira etapa da votação. Uma parcela de 21% desse grupo votaria em branco ou nulo, e 2% não opinaram.