Descrição de chapéu Eleições Datafolha

Castro (26%) e Freixo (23%) lideram disputa no Rio

No 2º turno, persiste empate entre os dois candidatos mais bem posicionados

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A primeira pesquisa Datafolha, após o registro oficial das candidaturas no TSE, mostra Claudio Castro (PL) e Marcelo Freixo (PSB) tecnicamente empatados, dentro da margem de erro da pesquisa, na liderança para o governo do Rio de Janeiro. Castro, candidato à reeleição, tem 26% das intenções de voto e Freixo, 23%.

Na sequência aparecem: Rodrigo Neves (PDT), com 5%, Eduardo Serra, com 5% (PCB), Wilson Witzel (PMB), com 4%, Cyro Garcia (PSTU), com 4%, Juliete (UP), com 2%, Paulo Ganime (NOVO), com 1%, e Milton Temer (PSOL), com 1%. Luiz Eugênio (PCO) foi citado, mas não alcançou 1%. Brancos ou nulos somam 19% e indecisos são 10%.

A inclusão de nomes como Wilson Witzel e Milton Temer e as saídas de Coronel Emir Laranjeira (PMB), Felipe Santa Cruz (PSD) e Anthony Garotinho (União Brasil) impedem a comparação direta das atuais taxas de intenção de voto com as de levantamentos anteriores.

Nesse levantamento, entre os dias 16 e 18 de agosto de 2022, foram realizadas 1.204 entrevistas presenciais em 34 municípios do estado do Rio de Janeiro, com eleitores de 16 anos ou mais. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob o número RJ-05939/ 2022 e BR-09404/ 2022.

O questionário do atual levantamento foi registrado em 12 de agosto, antes da oficialização das candidaturas no sistema eletrônico da Justiça Eleitoral, cujo prazo se encerrou no dia 15 de agosto de 2022. Por isso, traz nomes que não foram lançados oficialmente por seus partidos - caso de Milton Temer para o governo.

Castro alcança índices de intenção de voto mais altos entre os homens do que entre as mulheres (35%, ante 18%), entre os que têm 60 anos ou mais (34%), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos (44%), entre os eleitores de Bolsonaro (46%), entre os que aprovam o governo Federal (48%) e entre os que aprovam a sua gestão à frente do governo fluminense (64%).

Por sua vez, Freixo alcança índices de intenção de voto mais altos entre os mais instruídos (39%), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos (37%), entre os moradores da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (26%, ante 15% entre os moradores do interior), entre os simpatizantes do PT (45%), entre os eleitores de Lula (43%), entre os que reprovam o governo de Cláudio Castro (53%) e entre os que reprovam o governo de Jair Bolsonaro (43%).

Na pergunta espontânea, quando não são apresentados os nomes dos candidatos, a taxa de eleitores fluminenses que não souberam informar o nome de algum candidato ao governo do Estado recuou de 63%, em julho, para 57%. Uma parcela de 10% pretende votar em branco ou nulo (eram 12%). Dos nomes lembrados, novamente, Cláudio Castro e Marcelo Freixo estão tecnicamente empatados, com respectivamente, 12% (tinha 9%) e 11% (tinha 8%) das menções espontâneas. Rodrigo Neves tem 1%, e Paulo Ganime têm menos de 1%.

Faltando 45 dias para a eleição estadual, é alto o índice de desconhecimento dos eleitores fluminenses com relação aos candidatos que disputam o governo do Rio de Janeiro. Dos dez nomes registrados no site do TSE, sete são desconhecidos pela maior parcela dos eleitores e apenas três, Wilson Witzel, Marcelo Freixo e Cláudio Castro, são conhecidos pela maioria.

O ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, é conhecido por 80% dos eleitores fluminenses, Freixo, por 73%, e Castro, por 62%. Na sequência, menos conhecidos, ficaram os candidatos: Cyro Garcia, com índice de conhecimento de 50%, Rodrigo Neves, com 38%, Eduardo Serra, com 27%, Milton Temer, com 24%, Paulo Ganime, com 9%, Juliete, com 9%, e Luiz Eugênio, com 5%.

50% NÃO VOTARIAM DE JEITO NENHUM EM WILSON WITZEL

O ex-governador Wilson Witzel é o candidato mais rejeitado, com índice de 50%. Na sequência aparecem Freixo, com 26%, Cláudio Castro, com 21%, Juliete, com 19%, Milton Temer, com 16%, Cyro Garcia, com 16%, Eduardo Serra, com 15%, Paulo Ganime, com 13%, Rodrigo Neves, com 13% e Luiz Eugênio, com 12%. Uma parcela de 8% rejeita todos, 2% não rejeitam ninguém e 6% não opinaram.

A inclusão de nomes como Wilson Witzel e Milton Temer e as saídas de Coronel Emir Laranjeira (PMB), Felipe Santa Cruz (PSD) e Anthony Garotinho (União Brasil) impedem a comparação direta das atuais taxas de intenção de voto com as de levantamentos anteriores.

Freixo é mais rejeitado entre os homens do que entre as mulheres (32%, ante 21%) e alcança taxas de rejeição mais altas entre os que têm renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos (43%), entre os que têm renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos (44%), entre os eleitores de Bolsonaro (47%, ante 10% entre os eleitores de Lula), entre os que aprovam o governo Bolsonaro (49%) e entre os que aprovam o governo Castro (44%).

Já, Cláudio Castro tem taxas de rejeição mais altas entre os moradores da RM do RJ do que entre os moradores do interior (23%, ante 13%), entre os católicos do que entre os evangélicos (21%, ante 12%), entre os mais instruídos (32%), entre os que têm renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos (34%), entre os simpatizantes do PT (35%), entre os eleitores de Lula (33%, ante 7% entre os eleitores de Bolsonaro), entre os que reprovam o governo Bolsonaro (36%) e entre os que reprovam o seu governo (52%).

EM CENÁRIO DE 2º TURNO, FREIXO E CASTRO EMPATAM

Na eventual situação de 2º turno entre Marcelo Freixo e Cláudio Castro, ambos estão tecnicamente empatados. Nessa situação, Freixo tem 39% e Castro, 38%, 18% votariam em branco ou nulo e 5% não opinaram.

Freixo obtém seus melhores resultados entre as mulheres (43%, ante 32% de Castro), entre os que têm 16 a 24 anos (48%, ante 25% de Castro), entre os que se autodeclararam como pretos (46%, ante 29% de Castro), entre os simpatizantes do PT (63%, ante 22%), entre os eleitores de Lula (62%, ante 22%), entre os que reprovam o governo Bolsonaro (59%, ante 19%) e entre os que reprovam o governo Castro (65%, ante 6%).

Por outro lado, Cláudio Castro derrota Freixo entre os homens (44%, ante 34%), entre os que têm 45 a 59 anos (43%, ante 32%), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos (49%, ante 38%), entre os que se auto declararam como pardos (43%, ante 32%), entre os evangélicos (44%, ante 28%), entre os eleitores de Bolsonaro (60%, ante 17%), entre os que aprovam o governo Federal (63%, ante 16%) e entre os que aprovam o seu governo à frente do Estado (75%, ante 17%).