Pesquisa Datafolha mostra que a confiança nas urnas eletrônicas cresceu de maio a julho deste ano e é majoritária em todas as variáveis sociodemográficas. Oito em cada dez (79%) declararam confiar nas urnas eletrônicas (eram 73%) – desses 47% confiam muito (eram 42%) e 32% um pouco (eram 31%) – e 20% não confiam (eram 24%). Uma fração de 1% não opinou (eram 2%).
São observados índices mais altos de máxima confiança nas urnas eletrônicas entre os homens do que entre as mulheres (50%, ante 43%), entre os mais instruídos (54%), entre os que reprovam o governo Bolsonaro (61%) e entre os que não confiam nas falas do presidente da República (59%). Por outro lado, observam-se índices mais altos de desconfiança entre os que aprovam o governo Bolsonaro (30%) e entre os que sempre confiam nas falas do presidente (35%).
A taxa de confiança nas urnas eletrônicas é mais alta entre os eleitores de Lula (86%, desses, 60% confiam muito e 26% um pouco) do que entre os eleitores de Bolsonaro (69%, desses, 25% confiam totalmente e 44% um pouco). Já, a taxa de desconfiança é mais alta entre os eleitores do presidente (31%) do que entre os eleitores do ex-presidente (14%).
O atual levantamento foi realizado nos dias 27 e 28 de julho de 2022, com 2.556 entrevistas presenciais em 183 municípios, com eleitores de 16 anos ou mais de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE - BR-01192/2022.
A maioria (56%) avalia que os ataques e ameaças feitas pelo presidente Jair Bolsonaro a ministros do STF, ao TSE e às eleições devem ser levados a sério pelas instituições do país (mesmo índice de maio). Já, 36% avaliam que as declarações do presidente não têm consequências e não devem ser levadas a sério (mesmo índice anterior) e 8% não opinaram (mesmo índice anterior).
A avaliação que esses ataques e ameaças devem ser levados a sério pelas instituições do país é mais alta entre os eleitores de Lula do que entre os eleitores de Bolsonaro. Entre os eleitores do petista, 61% avaliam que os ataques e ameaças devem ser levados à sério e 33% que não. Já, entre os eleitores do presidente, esses índices são, respectivamente, 50% e 40%.
Quando questionados se o presidente irá tentar um autogolpe para permanecer na Presidência da República, 37% acreditam que sim, 56% que não e 7% não opinaram.