A primeira pesquisa Datafolha, após o início do Horário de Propaganda Eleitoral Gratuita no rádio e na TV, mostra que Claudio Castro (PL) e Marcelo Freixo (PSB) seguem tecnicamente empatados, dentro da margem de erro da pesquisa, na liderança para o governo do Rio de Janeiro. Na comparação com a pesquisa anterior, do dia 18 de agosto, Cláudio Castro oscilou de 26% para 31%, e Marcelo Freixo, de 23% para 26%. Castro é o candidato com o maior tempo no Horário de Propaganda Eleitoral Gratuita, e Freixo, o segundo.
Na sequência aparecem Rodrigo Neves (PDT), com 7% (tinha 5%), Wilson Witzel (PMB), com 3% (tinha 4%), Cyro Garcia (PSTU), com 3% (tinha 4%), Eduardo Serra, com 2% (tinha 5%) (PCB), Juliete (UP), com 2% (mesmo índice anterior) e Paulo Ganime (NOVO), com 2% (tinha 1%). Luiz Eugênio (PCO) foi citado, mas não alcançou 1%. Brancos ou nulos somam 14% (eram 19%) e indecisos são 10% (mesmo índice anterior).
Nesse levantamento, entre os dias 30, 31 de agosto e 01 de setembro de 2022, foram realizadas 1.202 entrevistas presenciais em 34 municípios do estado do Rio de Janeiro, com eleitores de 16 anos ou mais. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob o número RJ-06061/ 2022 e BR-00433/ 2022.
Na pergunta espontânea, quando não são apresentados os nomes dos candidatos, a taxa de eleitores fluminenses que não souberam informar o nome de algum candidato ao governo do Estado recuou de 57% em agosto para 50%. Uma parcela de 9% pretende votar em branco ou nulo (eram 10%). Dos nomes lembrados, novamente, Cláudio Castro e Marcelo Freixo estão tecnicamente empatados, com respectivamente, 17% (tinha 12%) e 15% (tinha 11%) das menções espontâneas. Rodrigo Neves tem 2%, Paulo Ganime, 1%, e outras respostas somam 7%.
A maioria dos eleitores fluminenses (59%) declarou estar com o voto para governador totalmente decidido, 41% declararam que ainda podem mudar de voto (esse índice sobe para 67% entre os que têm 16 a 24 anos) e 1% não respondeu. O índice de eleitores totalmente decididos é mais alto entre os que têm 60 anos ou mais (70%), entre os mais instruídos (68%), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 5 salários mínimos (72%). Esse índice fica acima da média entre os eleitores de Castro (68%) e entre os eleitores de Freixo (68%). Entre os eleitores de Rodrigo Neves, 41% estão totalmente decididos e 58% ainda podem mudar de voto.
Da parcela que ainda pode mudar de voto para governador, perguntou-se qual candidato teria mais chance de ser votado como segunda opção. Nessa situação, Cláudio Castro, Marcelo Freixo e Rodrigo Neves dividem a preferência, com respectivamente 15%, 14% e 11% das menções. Com taxas mais baixas aparecem Serra (9%), Garcia (7%), Witzel (7%), Juliete (7%), Ganime (3%) e Eugênio (2%). Uma parcela de 8% votaria em branco ou nulo e 18% não opinaram.
Entre os eleitores de Castro que podem mudar de voto, 22% votariam em Freixo, 12%, em Neves, 10%, em Serra, entre outros candidatos, 15% votariam em branco ou nulo e 16% não opinaram. Já, entre os eleitores de Freixo que podem mudar de voto, 36% votariam em Castro, 14%, em Neves, entre outros candidatos, 9% votariam em branco ou nulo e 10% não opinaram. Entre os eleitores de Neves que ainda podem mudar de voto, 25% votariam em Freixo, 17%, em Serra, 10%, em Castro, 10% em Juliete, entre outros candidatos, 6% votariam em branco ou nulo e 12% não opinaram.
Faltando 31 dias para a eleição estadual é alto o índice de desconhecimento dos eleitores fluminenses com relação aos candidatos que disputam o governo do Rio de Janeiro. Dos dez nomes registrados no site do TSE, sete são desconhecidos pela maior parcela dos eleitores e apenas três, Wilson Witzel, Marcelo Freixo e Cláudio Castro, são conhecidos pela maioria.
Na comparação com a pesquisa do dia 18 de agosto, os índices de conhecimento dos candidatos mais bem colocados ficaram estáveis, com exceção de Cláudio Castro, cujo índice cresceu no período. O ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, é conhecido por 81% dos eleitores fluminenses (tinha 80%), Freixo, por 76% (eram 73%), e Castro, por 73% (eram 62%).
Na sequência, menos conhecidos, ficaram os candidatos: Cyro Garcia, com índice de conhecimento de 53% (era 50%), Rodrigo Neves, com 46% (era 38%), Eduardo Serra, com 34% (era 27%), Paulo Ganime, com 15% (era 9%), Juliete, com 14% (era 9%), e Luiz Eugênio, com 9% (era 5%).
Os índices de rejeição dos candidatos ao governo do Rio de Janeiro ficaram estáveis na comparação com a pesquisa do dia 18 de agosto. O ex-governador Wilson Witzel segue como o candidato mais rejeitado, com índice de 52% (eram 50%).
Na sequência aparecem Freixo, com 25% (tinha 26%), Cláudio Castro, com 18% (tinha 21%), Juliete, com 15% (tinha 19%), Cyro Garcia, com 14% (tinha 16%), Eduardo Serra, com 13% (tinha 15%), Luiz Eugênio, com 11% (tinha 12%), Paulo Ganime, com 10% (tinha 13%) e Rodrigo Neves, com 10% (tinha 13%). Uma parcela de 4% rejeita todos (era 8%), 3% não rejeitam ninguém (eram 2%) e 9% não opinaram (eram 6%).
Freixo é mais rejeitado entre os homens do que entre as mulheres (33%, ante 17%), entre os evangélicos do que entre os católicos (32%, ante 22%) e alcança taxas de rejeição mais altas entre os eleitores de Castro (46%), entre os que aprovam o governo Bolsonaro (47%) e entre os que aprovam o governo Castro (37%).
Já, Cláudio Castro tem taxas de rejeição mais altas entre os moradores da RM do RJ do que entre os moradores do interior (21%, ante 10%), entre os mais instruídos (32%), entre os que têm renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos (40%), entre os que têm renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos (34%), entre os simpatizantes do PT (29%), entre os eleitores de Freixo (48%), entre os que reprovam o governo Bolsonaro (31%) e entre os que reprovam o seu governo (49%).
EM CENÁRIO DE 2º TURNO, CASTRO CRESCE E DERROTA FREIXO
Na eventual situação de 2º turno entre Cláudio Castro (PL) e Marcelo Freixo (PSB), pela primeira vez, o candidato do PL está à frente do candidato do PSB. Nessa situação, Castro tem 44% (tinha 38%) e Freixo tem 37% (tinha 39%), 13% votariam em branco ou nulo (eram 18%) e 7% não opinaram (eram 5%).
Cláudio Castro derrota Freixo entre os homens (49%, ante 35%), entre os que têm 45 a 59 anos (47%, ante 34%), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 2 a 5 salários mínimos (50%, ante 36%), entre os que estudaram até o Ensino Médio (47%, ante 32%), entre os moradores do interior (54%, ante 23%), entre os evangélicos (54%, ante 26%), entre os que aprovam o governo do presidente Bolsonaro (68%, ante 15%) e entre os que aprovam o seu governo à frente do Estado (78%, ante 16%).
Por outro lado, Freixo obtém seus melhores resultados entre os que têm 16 a 24 anos (42%, ante 32% de Castro), entre os mais instruídos (47%, ante 38%), pretos (46%, ante 29% de Castro), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos (50%, ante 35%), entre os simpatizantes do PT (62%, ante 24%), entre os que reprovam o governo Bolsonaro (57%, ante 25%) e entre os que reprovam o governo Castro (68%, ante 6%).