Com 49% das intenções de voto, ACM Neto (União) mantém a liderança na disputa pelo governo da Bahia, mas sua vantagem sobre Jerônimo (PT) no 1º turno caiu de 38 pontos na segunda quinzena de agosto para 21 pontos atualmente. O petista cresceu de 16% para 28% nesse período, enquanto o ex-prefeito de Salvador perdeu cinco pontos (tinha 54%). A disputa tem ainda João Roma (PL), com 7% (tinha 8%), e Giovani Damico (PCB), Marcelo Millet (PCO) e Kleber Rosa (PSOL), com 1% cada. Há 6% que pretendem votar em branco ou nulo (eram 10% em agosto), e 8% que não opinaram (em agosto, 10%).
Essa é a primeira pesquisa realizada pelo Datafolha após o início do horário eleitoral gratuito na TV e no rádio. O levantamento foi realizado entre os dias 12 e 14 de setembro, em 76 municípios no Estado da Bahia. No total, foram ouvidos 1212 eleitores da Bahia com 16 anos ou mais. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE: BA-05325/2022 e BR-07455/2022.
O recuo na preferência por ACM Neto, de cinco pontos na média do eleitorado baiano, foi mais intenso na faixa etária de 45 a 59 anos (11 pontos, de 51% para 40%) e na região metropolitana de Salvador (10 pontos, de 65% para 55%). O avanço de Jerônimo, de 12 pontos na média do conjunto de eleitores, foi mais amplo na faixa de 45 a 59 anos (18 pontos, de 17% para 35%), entre eleitores com ensino fundamental (17 pontos, de 14% para 31%) e na parcela de eleitores católicos (17 pontos, de 18% para 35%).
A distância entre ACM Neto e Jerônimo no 1º turno, de 21 pontos, é maior entre os eleitores de 16 a 24 anos (de 45 pontos, 62% a 17%), e menor na faixa de 45 a 59 anos (de cinco pontos, 40% a 35%). Por escolaridade, o candidato do União tem vantagem mais ampla entre eleitores que estudaram até o ensino médio (30 pontos, 54% a 24%), e menor entre quem estudou até o ensino superior (oito pontos, 43% a 35%). Entre eleitores com escolaridade fundamental, o ex-prefeito tem 42%, ante 31% do adversário petista. Na região metropolitana de Salvador, ACM Neto tem 30 pontos de vantagem (55%, ante 25% de Jerônimo), e no interior do Estado essa diferença cai para 18 pontos (47% a 29%). Na parcela de evangélicos, o candidato do União fica 34 pontos à frente do petista (51% a 17%), que empata com João Roma (14%). Entre católicos, a distância de ACM Neto para Jerônimo é de 10 pontos (45% a 35%).
Na Bahia, 41% dos eleitores declaram ter o PT como partido preferido, segmento no qual Jerônimo agora lidera com 49%, ante 25% no levantamento anterior. A intenção de voto em ACM Neto entre esses eleitores que preferem o PT recuou de 48% para 40%. No eleitorado que declara voto em Lula no 1º turno da disputa presidencial, o candidato do União tem 43%, empatado com o nome do PT (41%). Na parcela dos eleitores que pretendem votar em Jair Bolsonaro (PL) para presidente, ACM Neto tem 65% das intenções de voto, ante 26% de João Roma e 3% de Jerônimo. Entre aqueles que aprovam a gestão do atual governador, Rui Costa (PT), ACM Neto (42%) e Jerônimo (43%) empatam, e o ex-prefeito da capital baiana lidera entre quem considera o governo de Costa regular (58% a 17%) ou o reprova (56% a 7%).
Uma parcela de 39% dos eleitores menciona corretamente o número de seu candidato a governador ou opção de voto nulo. Entre quem declara voto em Jerônimo, 55% sabem seu número de urna, ante 31% entre eleitores de ACM Neto, e 43% entre quem declara voto em Roma.
A maioria (72%) dos eleitores está totalmente decidida sobre o voto para governador, com índice mais alto de decisão entre quem declara votar em Jerônimo (83%) do que entre quem tem intenção de votar em ACM Neto (70%). Entre eleitores de João Roma, 75% estão totalmente decididos.
Os eleitores não convictos (27%) para a disputa pelo governo baiano foram consultados sobre em quem votariam caso mudassem seu voto, e Jerônimo (28%), ACM Neto (22%), João Roma (13%) e brancos ou nulos (13%) foram as alternativas mais citadas. Entre eleitores de ACM Neto que ainda podem mudar de ideia, 41% têm o candidato do PT como opção de voto, e 15% migrariam para Roma. Na parcela que declara voto em Jerônimo mas ainda não está convicta dessa escolha, ACM Neto (72%) é a alternativa de voto mais mencionada, e 15% escolheriam o nome do PL. Entre quem declara voto em Roma mas pode mudar de ideia, o candidato do União (56%) é quem mais herdaria eleitores, e 22% migrariam para o candidato do PT.
O ex-prefeito de Salvador ACM Neto é conhecido, atualmente, por 93% dos eleitores baianos, no mesmo nível registrado na segunda quinzena de agosto (92%). Nesse período, a taxa de conhecimento de Jerônimo subiu de 39% para 64%, e a de João Roma, de 31% para 37%. O candidato Marcelo Millet é conhecido por 9%, no mesmo patamar de Kleber Rosa (8%) e Giovani Damico ( 7%). Entre eleitores que tem o PT como partido preferido, 93% conhecem ACM Neto, e 77%, Jerônimo. Na parcela que declara voto em Lula para presidente, a taxa de conhecimento do candidato do União é de 91%, e de seu adversário petista, de 71%. No eleitorado que pretende votar em Bolsonaro para presidente, 96% conhecem ACM Neto, e 58%, João Roma.
Na pesquisa de voto espontânea, quando o nome dos candidatos não é apresentado aos eleitores, as menções a ACM Neto subiram de 27% para 34% desde agosto, e a Jerônimo cresceram de 7% para 18%. Uma parcela de 4% declara espontaneamente votar em João Roma, há 4% que pretendem votar em branco ou nulo, e 33% dos eleitores não responderam à questão espontânea sobre o voto (ante 50% em agosto). .
A candidatura de João Roma é rejeitada por 34% dos eleitores, em patamar similar ao registrado no levantamento feito em agosto, quando 37% diziam não votar de jeito nenhum no candidato do PL. O candidato do PT aparece em seguida, porém com rejeição em queda (35% para 28%) na comparação com a pesquisa anterior. Na sequência, segundo o índice de rejeição, aparecem Kleber Rosa (27%), Giovani Damico (24%), Marcelo Millet (23%) e ACM Neto (17%). Uma parcela de 11% não opinou, há 4% que votariam em qualquer um, e 3% que rejeitam todos.
EM 2º TURNO, ACM NETO TERIA 60% CONTRA 33% DE JERÔNIMO
Em um eventual segundo turno entre ACM Neto e Jerônimo, o primeiro teria 60% dos votos, contra 33% do petista. Votos em branco ou nulos, neste cenário, somam 4%, e 3% não opinaram. Na pesquisa de agosto, o candidato do União tinha 68% das intenções de voto no 2º turno, contra 23% do rival petista.
Entre quem vota em Lula para presidente no 1º turno, ACM Neto (48%) e Jerônimo (47%) empatam, e o mesmo ocorre entre quem aprova o governo de Rui Costa (48% votariam no ex-prefeito de Salvador, e outros 48%, no nome do PT).
Entre os eleitores de João Roma, a maioria (68%) votaria em ACM Neto no segundo turno, e 19% optariam por Jerônimo.
OTTO ALLENCAR AMPLIA LIDERANÇA NA DISPUTA PELO SENADO
O atual senador Otto Alencar (PSD), que tenta a reeleição, ampliou a liderança sobre os demais candidatos que disputam a vaga. Em agosto, ele tinha 32% das intenções de voto, e agora subiu para 39%. No mesmo período, Cacá Leão (Progressistas) cresceu de 10% para 16%, e Doutora Raissa Soares (PL) oscilou de 7% para 8%. A disputa pelo Senado tem ainda Tâmara Azevedo (PSOL), Marcelo Barreto (PMN) e Cícero Araújo (PCO), com 3% cada. A parcela de eleitores disposta a votar em branco ou nulo caiu de 21% para 14%, e a de indecisos oscilou de 16% para 14%.
Alencar tem índices mais altos de intenção de voto na parcela dos mais escolarizados (46%), entre eleitores de Lula na disputa presidencial (50%), no segmento que declaram voto em Jerônimo para governador (71%) e entre aqueles que aprovam o governo do petista Rui Costa (51%).
Entre os eleitores de ACM Neto, 30% votariam em Otto Alencar e 25% em Cacá Leão. Há 16% que votariam em branco ou nulo, e 14% ainda não definiram seu candidato ao Senado. No eleitorado de João Roma, 41% pretendem votar em Raíssa Soares, e na sequência aparecem Leão (13%) e Alencar (12%).