A primeira pesquisa Datafolha, após o início do Horário de Propaganda Eleitoral Gratuita no rádio e na TV, mostra o candidato à reeleição, Romeu Zema (Novo), em primeiro lugar, com larga vantagem sobre o segundo colocado, Alexandre Kalil (PSD). O candidato do PSD possui o maior tempo no Horário de Propaganda Eleitoral Gratuita, e o candidato do Novo, o segundo maior tempo.
Na comparação com a pesquisa anterior, do dia 18 de agosto, as taxas de intenção de voto de ambos os candidatos se mantiveram estáveis, com oscilações dentro da margem de erro de cada pesquisa. A vantagem de Zema sobre Kalil passou de 24 para 30 pontos, o atual governador tem 52% das intenções de voto (tinha 47%) e o ex-prefeito de BH, 22% (tinha 23%).
Na sequência aparecem Carlos Viana (PL), com 4% (tinha 5%), Vanessa Portugal (PSTU), com 2% (mesmo índice anterior), e com 1%, cada um, Renata Regina (PCB), Marcus Pestana (PSDB), Cabo Tristão (PMB), Lourdes Francisco (PCO) e Lorene Figueiredo (PSOL). Indira Xavier (UP) foi citada, mas não alcançou 1% das menções. Uma parcela de 8% pretende votar em branco ou nulo (eram 9%) e 7% não opinaram (eram 9%).
Nesse levantamento, entre os dias 30, 31 de agosto e 01 de setembro de 2022, foram realizadas 1.212 entrevistas presenciais em 62 municípios do estado de Minas Gerais, com eleitores de 16 anos ou mais. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob o número MG-03654/2022 e BR-00433/2022.
Zema alcança índices mais altos entre os homens do que entre as mulheres (57%, ante 47%), entre os moradores do interior do Estado do que entre os moradores da RM de BH (56%, ante 40%), entre os que possuem renda familiar de mais de 5 a 10 salários mínimos (64%), entre os que se autodeclararam como brancos (59%), entre os empresários (69%), entre os que aprovam o governo do presidente Bolsonaro (74%) e entre os que aprovam o seu governo (73%).
Já, Kalil obtém índices de intenção de voto mais altas entre os mais instruídos (32%), entre os moradores da Região Metropolitana (44%, ante 14% entre os moradores do interior), entre os simpatizantes do PT (40%), entre os que reprovam o governo Bolsonaro (36%) e entre os que reprovam o governo Zema (47%).
Na análise por segmentos, em comparação à pesquisa de 18 de agosto, a intenção de voto em Zema cresceu entre os homens (de 49% para 57%).
Na pergunta espontânea, quando não são apresentados os nomes dos candidatos, a taxa de indecisos recuou 10 pontos percentuais em duas semanas, de 58% para 48% – esse índice é mais alto entre as mulheres (57%), entre os mais pobres (57%) e entre os que têm 16 a 24 anos (65%). Dos nomes citados de forma espontânea, Zema se mantém em primeiro lugar, com 29% (tinha 24% há duas semanas), Kalil, em segundo lugar, tem 15% (tinha 11% há duas semanas), Viana tem 1% (não alcançava 1% há duas semanas) e os demais candidatos, individualmente, não alcançaram 1%. Outras menções alcançam 3% (eram 2%) e 4% declararam que pretendem votar em branco ou nulo (eram 5%).
A maioria dos eleitores mineiros (63%) declarou estar com o voto para governador totalmente decidido e 37% declararam que ainda podem mudar de voto (esse índice sobe para 45% entre as mulheres e para 58% entre os que têm 16 a 24 anos). O índice de eleitores totalmente decididos é mais alto entre os homens (72%) e entre os que têm 60 anos ou mais (73%). Esse índice é próximo e fica acima da média entre os eleitores de Zema (66%) e entre os eleitores de Kalil (72%). Entre os eleitores de Carlos Viana, 45% estão totalmente decididos e 55% ainda podem mudar de voto.
Da parcela que ainda pode mudar de voto para governador, perguntou-se qual candidato teria mais chance de ser votado como segunda opção. Nessa situação, Zema e Kalil dividem a preferência, com respectivamente 21% e 17% das menções. Com taxas mais baixas aparecem Viana (11%), Pestana (5%), Portugal (5%), Regina (3%), Figueiredo (2%), Tristão (2%) e Francisco (1%). Indira Xavier foi citada, mas não alcançou 1% das menções. Uma parcela de 11% votaria em branco ou nulo e 22% não opinaram.
Entre os eleitores de Zema que podem mudar de voto, 25% votariam em Kalil, 17%, em Viana, 5%, em Pestana, 5%, em Portugal, entre outros candidatos, 16% votariam em branco ou nulo e 24% não opinaram. Já, entre os eleitores de Kalil que podem mudar de voto, 55% votariam em Zema, 6%, em Viana, entre outros candidatos, 10% votariam em branco ou nulo e 16% não opinaram.
Faltando 31 dias para a eleição estadual segue alto o índice de desconhecimento dos eleitores mineiros com relação aos candidatos que disputam o governo de Minas Gerais. Dos dez nomes registrados no site do TSE, oito são desconhecidos pela maior parcela dos eleitores e apenas dois, Zema e Kali, são conhecidos pela maioria. Na comparação com a pesquisa do dia 18 de agosto, os índices de conhecimento dos candidatos oscilaram para cima.
Zema é conhecido por 93% (era 89%) e Kalil, por 68% (era 66%). Na sequência ficaram os candidatos: Carlos Viana, com índice de conhecimento de 36% (eram 32%), Vanessa Portugal, com 26% (eram 22%), Marcus Pestana, com 24% (eram 21%), Cabo Tristão, com 13% (eram 11%), Renata Regina, com 8% (eram 6%), Lorene Figueiredo, com 7% (eram 5%), Indira Xavier, com 7% (eram 4%), e Lourdes Francisco, com 6% (eram 3%).
KALIL É O CANDIDATO MAIS REJEITADO
As taxas de rejeição dos candidatos ao governo de Minas Gerias ficaram estáveis em comparação à pesquisa do dia 18 de agosto. Kalil é o candidato mais rejeitado, 30% dos eleitores mineiros não votariam de jeito nenhum no candidato do PSD (eram 27% há duas semanas).
Na sequência aparecem os candidatos: Cabo Tristão, com 24% (tinha 25%), Carlos Viana, com 20% (tinha 22%), Zema, com 20% (tinha 21%), Renata Regina, com 19% (tinha 22%), Marcus Pestana, com 18% (tinha 23%), Vanessa Portugal, com 18% (tinha 20%), Lorene Figueiredo, com 17% (tinha 21%), Indira Xavier, com 17% (tinha 20%) e Lourdes Francisco, com 17% (tinha 20%). Há 3% que rejeitam todos (eram 4%), 6% que não rejeitam nenhum deles (era 7%) e 14% que não responderam (mesmo índice anterior).
Kalil é mais rejeitado entre os homens do que entre as mulheres (37%, ante 23%) e alcança taxas de rejeição mais altas entre os que têm renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos (45%), entre os que aprovam o governo Bolsonaro (50%) e entre os que aprovam o governo Zema (42%).
Já, Zema tem taxas de rejeição mais altas entre os eleitores da RM de Belo Horizonte do que entre os eleitores do interior de Minas (26%, ante 18%), entre os simpatizantes do PT (39%), entre os que reprovam o governo Bolsonaro (33%) e entre os que reprovam o seu governo (65%).
EM CENÁRIO DE 2º TURNO, ZEMA AMPLIA VANTAGEM SOBRE KALIL
Na eventual situação de 2º turno entre Zema e Kalil, o candidato do Novo aumentou sua vantagem. Nessa situação, Zema tem 59% (tinha 56%) e Kalil, 31% (tinha 33%), 6% votariam em branco ou nulo (eram 7%) e 4% não opinaram (eram 3%).
Zema amplia sua vantagem sobre Kalil entre os que têm 25 a 34 anos (68%, ante 25%), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos (70%, ante 22%), entre os moradores do interior (65%, ante 23%), entre aqueles que se auto declararam como brancos (67%, ante 25%), entre os evangélicos (63%, ante 26%) e entre os que aprovam o governo Federal (83%, ante 11%).
Em contrapartida, Kalil obtém seus melhores resultados entre os moradores da RM de BH (51%, ante 44%), entre os simpatizantes do PT (53%, ante 41%), entre os que reprovam o governo Zema (66%, ante 10%).