Descrição de chapéu Eleições Datafolha

Haddad tem 41% dos válidos e Tarcísio, com 31%, é o segundo

Rodrigo Garcia tem 22%, e 39% estão indecisos na questão de voto espontâneo

BAIXAR PESQUISA COMPLETA

O candidato do PT, Fernando Haddad, tem 41% das intenções de votos válidos e lidera a disputa pelo Governo do Estado de São Paulo a quatro dias da votação. Na segunda posição está Tarcísio (Republicanos), com 31% das intenções de votos válidos, e na sequência aparece Rodrigo Garcia (PSDB), que tem 22% das intenções de votos válidos.

Em um patamar mais baixo, com 1% dos válidos, se posicionam Gabriel Colombo (PCB), Carol Vigliar (UP), Elvis Cezar (PDT) e Antônio Jorge (DC) e Edson Dorta (PCO) e Vinicius Poit (Novo). O candidato do PSTU, Altino (PSTU), não atingiu 1% dos válidos.

A evolução dos votos válidos mostra Haddad em queda gradual ao longo da campanha. No início da disputa pelo Bandeirantes, quando era o único conhecido por mais da metade do eleitorado, o petista tinha 52% dos válidos. Recuou para 45% no levantamento feito entre 30 de agosto e 1º de setembro, e entre 13 e 15 de setembro atingiu 43%. Na semana passada, tinha 42%, e agora aparece com 41%.

A contabilidade de votos válidos exclui votos brancos, nulos e a fatia de indecisos. Para vencer a eleição, um candidato precisa de 50% mais um dos votos válidos, sem brancos e nulos, já subtraída a abstenção. A apuração e divulgação do resultado oficial das eleições realizada pela Justiça Eleitoral considera somente os votos válidos.

O campo da pesquisa foi realizado entre 27 e 29 de setembro, com 2000 entrevistas presenciais em 85 municípios, junto a eleitores de 16 anos ou mais de todas as regiões do Estado de São Paulo. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral com o código SP-07547/2022. O questionário da pesquisa incluiu os nomes de todos os candidatos listados na Justiça Eleitoral, incluindo tanto as candidaturas já deferidas quanto aquelas indeferidas, que esperam recurso em instâncias superiores.

A candidatura de Tarcísio registrou avanço constante, ainda que com oscilações dentro da margem de erro, no mesmo período: partiu de 21% dos válidos em meados de agosto, foi a 26% na pesquisa posterior, finalizada em 1º de setembro, e duas semanas depois foi a 27%. Na semana passada, tinha 28% das intenções de votos válidos, três pontos a menos do que no levantamento atual.

À frente do governo paulista desde março deste ano, Garcia tinha 15% das intenções de votos válidos em meados de agosto, e avançou para 19% no início de setembro. Na pesquisa realizada entre 13 e 15 de setembro o tucano avançou para 23% e manteve esse resultado na semana seguinte, antes de oscilar dentro da margem de erro para os 22% atuais.

No eleitorado total, Haddad tem 35% das intenções de voto, ante 34% na semana anterior. No mesmo período, Tarcísio passou de 23% para 26%, e Garcia oscilou de 19% para 18%. Os demais têm 1% cada, exceto Altino e Antonio Jorge, que foram citados mas não atingiram 1%. Uma parcela de 8% dos eleitores paulistas pretende votar em branco ou nulo no próximo domingo (eram 11% há uma semana e 17% no início da campanha, em meados de agosto), e 8% estão indecisos (na semana passada, 9%, e em meados de agosto, 11%).

Na pesquisa espontânea, em que o cartão com o nome dos candidatos não é apresentado aos eleitores, quatro em cada dez (39%) eleitores paulistas não sabem dizer em quem irão votar. Os mais citados espontaneamente são Haddad (21%), Tarcísio (16%), Garcia (9%) e votos em branco ou nulos (5%).

Entre as mulheres, 46% não citam nenhum nome espontaneamente quando questionadas em quem irão votar para governador, índice menor do que o registrado entre os homens (31%). A taxa de indecisos na questão espontânea também fica acima da média entre os eleitores mais jovens, de 16 a 24 anos (58%), no eleitorado com escolaridade fundamental (47%), entre eleitores de menor renda (48%) e entre evangélicos (46%).

O alto percentual de indecisos na pesquisa espontânea reforça o quadro de indefinição na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, que também se completa com outros fatores, como conhecimento do número do candidato escolhido e a convicção sobre o voto nessa candidatura.

A poucos dias da votação, 46% sabem o número que irão digitar na urna eletrônica para confirmar sua intenção de voto. Na semana passada, esse índice era de 40%. O conhecimento do número é mais alto entre eleitores de Haddad (58%, ante 53% na pesquisa anterior) do que o registrado no eleitorado de Garcia (37%, ante 34% na semana anterior) e Tarcísio (46%, ante 36% há uma semana). A média de menções incorretas, de 5% no eleitorado paulista, sobe para 8% entre quem declara voto no candidato do Republicanos e entre eleitores do atual governador, enquanto apenas 1% dos eleitores de Haddad menciona seu número incorretamente.

A convicção sobre o voto para governador subiu de 62% para 69% ao longo da última semana, e entre aqueles que ainda podem mudar de ideia (30%) as alternativas de voto mais citadas são Garcia (19%), Tarcísio (16%) e Haddad (14%), com 19% de indecisos.

Na parcela que declara voto em Garcia, 32% ainda podem mudar de ideia até a votação, índice que fica em 24% entre eleitores de Tarcísio e em 28% na fatia do eleitorado que pretende votar em Haddad. Entre quem diz que irá votar em branco ou nulo, 33% ainda podem mudar de ideia sobre essa opção.

Entre eleitores voláteis de Haddad, as alternativas de voto mais citadas são Garcia (26%), Tarcísio (19%) e branco ou nulo (12%), além de 22% de indecisos. Na parcela que declara voto em Tarcísio mas ainda pode mudar de ideia, o atual governador (27%) e o candidato do PT (25%) são as opções de voto mais indicadas, e 12% optariam por votar em branco ou anular o voto. No eleitorado de Garcia que não está totalmente decidido sobre essa escolha, Tarcísio (30%) e Haddad (26%) seriam as candidaturas mais beneficiadas por eventual mudança, e 8% migrariam para o voto branco ou nulo.

O candidato do PT segue como o nome mais conhecido na disputa pelo governo paulista (93% dizem conhecê-lo), e na sequência aparecem Tarcísio, cuja taxa de conhecimento cresceu de 60% para 67% na última semana, e Garcia, com oscilação de 60% para 61% no conhecimento.

A rejeição à candidatura de Haddad oscilou de 39% para 37% na comparação com levantamento realizado há uma semana, e o petista segue como o mais rejeitado entre os postulantes ao governo paulista. Na sequência aparem Tarcísio (29% não votariam de jeito nenhum, ante 27% há uma semana), Garcia (20%, ante 18% no levantamento anterior), Altino (20%), Elvis Cezar (18%), Antonio Jorge (17%), Gabriel Colombo (16%), Edson Dorta (16%), Carol Vigliar (15%) e Vinicius Poit (15%). Há 4% que rejeitam todos, 4% que votariam em qualquer um deles, e 10% não opinaram.

NO 2º TURNO, HADDAD TEM VANTAGEM MENOR SOBRE TARCÍSIO, E DISPUTA CONTRA GARCIA FICA ESTÁVEL

Nas simulações de segundo turno para a disputa pelo governo de São Paulo, caiu a vantagem de Haddad sobre Tarcísio, e o cenário entre o petista e Garcia ficou estável, com variação na margem de erro.

Contra o candidato do Republicanos, o petista tem 48% das intenções de voto (tinha 49% na pesquisa anterior), ante 40% do adversário, que oscilou dois pontos para cima em relação aos 38% obtidos há uma semana. O percentual de brancos ou nulos nesse cenário é de 9%, e 3% estão indecisos.

Entre eleitores que escolhem Garcia no 1º turno, 47% escolheriam Tarcísio contra Haddad, que teria 36% dos votos do tucano, com 15% de brancos e nulos e 2% sem opinião sobre essa disputa.

Na disputa direta entre o petista e o atual governador, Haddad oscilou de 46% para 45%, e o tucano também oscilou negativamente, de 41% para 40%. Os votos brancos ou nulo agora somam 12%, e o percentual de indecisos é de 3%.

No grupo de eleitores que declara voto em Tarcísio no primeiro turno, 62% escolheriam Garcia em um segundo turno contra Haddad, que teria 14% dos votos do candidato do Republicanos. Uma parcela de 23% votaria em branco ou nulo, e 2% não souberam responder.