Descrição de chapéu Eleições Datafolha

Lula tem 50% dos válidos, e Bolsonaro oscila para 36%

15% ainda podem mudar voto até eleição, no próximo domingo

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À frente desde o início da campanha pela Presidência da República, o ex-presidente Lula (PT) se manteve com 50% das intenções de votos válidos ao longo da última semana, em um quadro estável no qual seu adversário mais próximo, Jair Bolsonaro (PL), oscilou de 35% para 36%. Pela margem de erro, o petista pode ter entre 52% e 48%, e o atual presidente, de 34% a 38% dos votos válidos neste momento. Diante desse quadro, não é possível afirmar se a eleição presidencial será decidida já no próximo domingo, em 1º turno, ou se haverá 2º turno.

Na sequência aparecem Ciro Gomes (PDT), com 6% dos válidos (tinha 7%), Simone Tebet (MDB), com 5% (estável), e Soraya Thronicke (União), com 1%. Os candidatos Felipe d’Ávila (Novo), Vera (PSTU), Sofia Manzano (PCB), Eymael (DC), Léo Péricles (UP) e Padre Kelmon (PTB) foram citados mas não atingiram 1% das intenções de votos válidos.

A contabilidade de votos válidos exclui votos brancos, nulos e a fatia de indecisos. Para vencer a eleição, um candidato precisa de 50% mais um dos votos válidos, sem brancos e nulos, já subtraída a abstenção. A apuração e divulgação do resultado oficial das eleições realizada pela Justiça Eleitoral considera somente os votos válidos.

No total de eleitores, Lula tem 48% das intenções de voto (tinha 47% na última pesquisa) e Bolsonaro aparece com 34% (tinha 33%). São seguidos por Ciro (6%, e tinha 7% no levantamento anterior), Tebet (5%, estável) e Soraya Thronicke (1%). Os demais não pontuaram. Há ainda 3% que pretendem votar em branco ou anular o voto, e 2% que permanecem indecisos.

Para essa pesquisa foram realizadas 6800 entrevistas presenciais em 332 municípios, junto a eleitores de 16 anos ou mais de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob o código: BR-09479/2022

A diferença entre Lula sobre Bolsonaro no 1º turno entre o total de eleitores, que é de 14 pontos na média do eleitorado, segue mais ampla entre mulheres (21 pontos, 50% a 29%), no eleitorado com escolaridade fundamental (34 pontos, 59% a 25%), entre os mais pobres, com renda familiar de até 2 salários (31 pontos, 57% a 26%), na fatia do eleitorado que se declara de cor preta (31 pontos, 57% a 26%), no segmento de católicos (27 pontos, 55% a 28%) e entre beneficiários do Auxílio Brasil (32 pontos, 58% a 26%).

O presidente diminui essa distância entre os homens (46% para Lula, 39% para Bolsonaro) e entre eleitores de escolaridade média (44% a 37%). Entre eleitores com escolaridade superior, há empate entre eles (39% a 40%), e o mesmo acontece na faixa de renda de 2 a 5 salários (39% a 43%), entre os mais ricos, com rendas superior a 10 salários (40% a 46%) e entre eleitores brancos (41% para ambos). Na faixa de renda familiar de 5 a 10 salários, Bolsonaro fica à frente (48% a 34%), e consegue ampla vantagem entre evangélicos (50% a 30%).

Regionalmente, Lula e Bolsonaro estão empatados tecnicamente nas regiões Sul (40% para o petista, 45% para o presidente), Centro-Oeste (38% a 42%) e Norte (44% a 41%). No Sudeste, a vantagem de Lula continua estreita, de oito pontos (43% a 35%), e no Nordeste é ampla, de 41 pontos (63% a 22%). Em Minas Gerais, o petista oscilou de 46% para 47% e tem vantagem de 14 pontos sobre o candidato do PL, que se manteve com 33%. No Estado de São Paulo, que tem o maior eleitorado do país, o candidato do PT tem 42%, ante 35% do atual presidente (ante 41% a 34% na pesquisa anterior).No Rio de Janeiro, Lula tem 42% (tinha 40%), e Bolsonaro, 37% (tinha 38%).

Na pesquisa de intenção de voto espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados aos entrevistados, Lula oscilou de 42% para 43%, índice que se soma a 2% que declaram espontaneamente que irão votar no candidato do PT. As menções espontâneas a Bolsonaro oscilaram de 31% para 32%, e os percentuais de Ciro e Tebet ficaram estáveis, em 4% e 3%, respectivamente. Os demais não atingiram 1%, há 3% que declaram intenção de votar em branco ou anular o voto, e 11% não responderam (eram 14%).

79% SABEM NÚMERO DE URNA PARA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL, E 15% AINDA PODEM MUDAR VOTO

A taxa de acerto do número da opção de voto para presidente cresceu de 73% para 79% na última semana. Entre os homens, 84% sabem o número que pretendem digitar na urna no próximo domingo (eram 78%), e no eleitorado feminino esse índice fica em 75% (eram 67%). Na parcela de eleitores de Lula, 91% mencionam corretamente seu número, com alta ligeira na comparação com o último levantamento (87%). Entre quem declara voto em Bolsonaro o índice de acerto de seu número é de 84% (eram 76%). No eleitorado de Ciro, 33% citam corretamente seu número de urna (ante 24% na última semana), e entre quem vota em Tebet a taxa de acerto é de 36%(eram 26%).

Entre eleitores que já escolheram como vão votar na disputa presidencial, 85% estão totalmente decididos sobre essa opção, ante 81% no levantamento anterior. Entre os homens, 12% ainda podem mudar de ideia sobre seu voto para presidente (eram 14%), e entre as mulheres esse índice é de 18% (eram 23%). A parcela de eleitores voláteis também é mais alta entre eleitores de 16 a 24 anos (23%, ante 31% na semana passada).

Na parcela que declara voto em Lula, 91% estão totalmente decididos (eram 87%), no mesmo patamar de eleitores de Bolsonaro (89%, eram 88%). Entre quem tem intenção de votar em Ciro Gomes, 54% estão convictos (eram 46%), e entre quem vota em Tebet a certeza de voto é de 62% (ante 56% na última semana). Na fatia de eleitores que pretendem votar em branco ou nulo, 73% estão totalmente decididos.

Entre os eleitores que ainda podem mudar de ideia sobre o voto para presidente, Lula (21%), Ciro Gomes (19%), Bolsonaro (17%) e Simone Tebet (14%) são as opções de voto mais citadas.

No contingente de eleitores que declara voto em Lula mas não está totalmente decidido, 26% votariam em Bolsonaro caso decidissem migrar de candidatura, e 24% optariam por Ciro, com 21% dos votos indo para Tebet. Na parcela de eleitores de Bolsonaro, Ciro (28%) e Lula (28%) são as alternativas de voto mais indicadas, e 18% votariam na candidata do MDB. No eleitorado volátil de Ciro, Lula (36%), Bolsonaro (26%) e Tebet (13%) seriam os mais beneficiados por uma mudança de voto. Entre eleitores de Tebet, Lula (29%), Ciro (18%) e Bolsonaro (18%) são as opções de migração de voto mais citadas.

Na corrida pela reeleição, Jair Bolsonaro lidera a rejeição entre os candidatos à Presidência da República: 52% não votariam de jeito nenhum no atual presidente, índice igual ao registrado há uma semana (52%). Com o segundo índice mais alto de rejeição aparece o ex-presidente Lula, com 39%, mesmo resultado do levantamento anterior. O petista é seguido por Ciro Gomes (24%, estável), Padre Kelmon (19%, ante 14% na pesquisa passada), Soraya Thronicke (15%), Felipe d’Ávila (15%), Simone Tebet (15%), Vera (15%), Léo Péricles (15%), Sofia Manzano (13%) e Constituinte Eymael (12%). Há 1% que rejeita todos os nomes apresentados, outro 1% que votaria em qualquer um deles, e 3% que não disseram em quem não votariam.

NO 2º TURNO, LULA TEM 54%, ANTE 39% DE BOLSONARO

Na simulação de 2º turno entre Lula e Jair Bolsonaro, o petista tem 54% das intenções de voto ante 39% do atual presidente. Neste cenário, 6% votariam em branco ou anulariam o voto, e 1% não opinou. Na última semana, o petista tinha os mesmos 54% no cenário de segundo turno contra o atual presidente, que era o preferido de 38%.

Na parcela do eleitorado que declara voto em Ciro no 1º turno, 45% votariam em Lula na disputa contra Bolsonaro, que teria 28% desses votos. Uma parcela de 25% dos eleitores do pedetista votaria em branco ou nulo, e 2% não opinaram. Entre eleitores de Tebet, 39% votariam em Lula, e 25%, em Bolsonaro, com 30% optando pelo voto em branco ou nulo, além de 5% que não opinaram.