Descrição de chapéu Eleições Datafolha

Propostas, trajetória e debate importam mais na hora do voto

48% dão muita importância a líder religioso ou igreja na decisão de voto

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De forma geral, 81% avaliam que as propostas de seu candidato têm muita importância na definição do voto, e para 11% essas propostas têm um pouco de importância, com 6% avaliando como nada importante. A importância atribuída às propostas dos candidatos aumentou em relação a 2018, na época, 73% consideravam esse aspecto muito importante para definição do voto.

A vida política do candidato tem muita importância para 71%, um pouco de importância para 15%, e nenhuma importância para 12%. Os resultados são bem parecidos com os observados em 2018.

Os debates entre os candidatos são avaliados como muito importantes para a definição do voto por 65%, e como um pouco importante por 16%, com 18% considerando os debates sem importância.

Para 54%, as conversas com familiares, amigos ou colegas têm muita importância na decisão de voto para presidente, e 23% as veem como um pouco importantes, no mesmo patamar dos que consideram essas conversas nada importantes (22%). Entre os homens, 58% consideram esse tipo de conversa muito importante na definição do voto, ante 51% entre as mulheres. Os menos escolarizados atribuem maior importâncias às conversas com amigos e familiares (61%) do que os mais escolarizados (45%). Em 2018, 59% consideravam as conversas sobre o tema muito importante.

Resultados de pesquisas eleitorais são apontados por 49% como muito importantes na definição do voto, e 25% as consideram um pouco importante. Para 25%, as pesquisas não importam. Na parcela de eleitores de Lula, 61% veem as pesquisas como muito importantes, índice superior ao registrado entre eleitores de Ciro (48%), Tebet (46%) e Bolsonaro (37%). No eleitorado do atual presidente, 34% atribuem nenhuma importância às pesquisas, o dobro do verificado entre quem declara voto em Lula (16%). Em relação a 2018 aumentou de 42% para 49% o índice dos que consideram muito importantes os resultados das pesquisas eleitorais.

As notícias na TV são vistas como muito importantes por 48% na hora de decidir o voto presidencial, e 26% atribuem a elas um pouco de importância, com 24% de nenhuma importância. Entre os mais jovens, 57% consideram muito importantes, índice que cai para 49% entre os mais velhos. Na eleição anterior, 43% consideram as notícias na TV muito importantes.

Também é de 48% o índice dos atribuem muita importância a seu líder religioso ou igreja para decidir em quem votar para presidente. Para 16%, o líder religioso ou igreja é um fator um pouco importante na definição do voto, e 34% atribuem nenhuma importância. Entre evangélicos, 56% tem na igreja ou liderança religiosa um fator muito importante para definir em quem votar, e para 25% isso é nada importante. Entre os eleitores de Bolsonaro, 54% consideram muito importante e entre os de Lula são 48%.

HORÁRIO ELEITORAL FAZ MAIS DIFERENÇA ENTRE MAIS POBRES E NO NORDESTE

Notícias nas redes sociais têm muita importância para 44%, um pouco de importância para 27%, e nenhuma importância para 28%. Entre os mais jovens, de 16 a 24 anos, 53% atribuem muita importância às notícias em redes sociais. Entre os eleitores de Lula, 47% consideram muito importantes e entre os de Bolsonaro essa taxa é de 44%. Em relação a 2018, a importância das redes sociais aumentou de 38% para 44%.

No caso das notícias transmitidas por rádio, 42% avaliam como muito importantes para definir o voto, e para 27% são um pouco importantes, com 28% de nenhuma importância. Entre os menos escolarizados e entre os de menor renda, 47%, em cada, consideram muito importante. Os eleitores de Lula (46%) atribuem mais importância do que os de Bolsonaro (39%). Em 2018, 39% consideravam as notícias do rádio muito importantes.

O horário eleitoral gratuito no rádio e TV é o fator de menor impacto na lista consultada pelo Datafolha: 38% atribuem muita importância a ele na decisão do voto presidencial, e 27% consideram um pouco importante. Para 34%, o horário eleitoral gratuito não tem importância. Entre os mais pobres, com renda familiar de até 2 salários, 43% consideram o horário eleitoral nos meios eletrônicos muito importante para definir o voto, índice que cai para 36% entre quem tem renda familiar de 2 a 5 salários, para 24% na faixa de renda de 5 a 10 salários, e para 12% entre os mais ricos, com renda familiar superior a 10 salários. Na região Nordeste, quase metade dos eleitores (47%) atribui muita importância ao horário eleitoral, ante 40% na região Norte, 34% no Sudeste, 33% no Centro-Oeste e 32% no Sul. Em 2018, o horário eleitoral era considerado muito importante para 33%.