O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) mantém a liderança disputa pelo governo do Estado de São Paulo após o início da propaganda eleitoral oficial no rádio e TV, mas com menor vantagem sobre os adversários do que no início da campanha. Com 35% das intenções de voto, ele viu a preferência por seu nome recuar em relação há duas semanas, quando tinha 38%. No mesmo período, Tarcísio (Republicanos) cresceu de 16% para 21%, e o atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB), oscilou de 11% para 15%.
A disputa paulista tem ainda Carol Vigliar (UP), com 2%, e Gabriel Colombo (PCB), Altino (PSTU), Edson Dorta (PCO), Elvis Cezar (PDT), Vinicius Poit (Novo) e Antônio Jorge (DC), com 1% cada. Há 12% que pretendem votar em branco ou nulo (eram 17% há duas semanas), e 10% não opinaram (estável).
O campo da pesquisa foi realizado entre 30 de agosto e 01 de setembro, com 1808 entrevistas presenciais em 74 municípios, junto a eleitores de 16 anos ou mais de todas as regiões do Estado de São Paulo. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral com o código SP-02170/2022.
A preferência por Haddad caiu mais intensamente nas faixas etárias de 25 a 34 anos (de 42% para 30%) e de 35 a 44 anos (de 40% para 31%), entre eleitores com escolaridade média (de 38% para 32, entre os mais ricos, com renda superior a 10 salários (de 41% para 30%) e no eleitorado que se declara de cor preta (de 48% para 39%). No interior, o petista recuou de 34% para 28%, e na Região Metropolitana de São Paulo se manteve com 43%.
A candidatura de Tarcísio avançou em todos os segmentos sociais e demográficos, com destaque para a alta entre quem tem de 25 a 34 anos (de 15% para 24%), na parcela com escolaridade superior (de 18% para 26%) e na faixa de renda de 5 a 10 salários (de 23% para 35%).
Atual governador, Garcia teve alta mais homogênea entre os segmentos sociais e demográficos, com destaque para a alta na faixa de 35 a 44 anos (de 10% para 19%) e entre pardos (de 10% para 16%) e pretos (de 6% para 14%).
O candidato do PSDB também ganhou espaço entre eleitores paulistas que declaram voto em Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) para presidente, e Haddad foi quem mais perdeu nessas parcelas do eleitorado. Entre eleitores de Ciro, a preferência pelo atual governador passou de 18% para 30%, e na parcela que pretende votar em Tebet, 38% agora apontam voto em Rodrigo, ante 33% na pesquisa anterior. A candidatura de Haddad tinha 43% das intenções de voto entre eleitores de Ciro no levantamento de meados de agosto e agora tem 28%. Entre eleitores de Tebet, a preferência pelo petista oscilou de 30% para 24%. A candidatura de Tarcísio cresceu de 36% para 47% entre eleitores paulistas de Bolsonaro desde a terceira semana de agosto, e Haddad passou de 60% para 64% entre eleitores de Lula no mesmo período.
A maioria dos eleitores (57%) que declaram votar em algum dos candidatos ou preferência pelo voto branco ou nulo está totalmente decidida sobre essa escolha, e 42% ainda podem mudar de ideia. Entre aqueles que ainda podem mudar de ideia, as alternativas de voto mais citadas são Garcia (16%), Haddad (14%), Tarcísio (12%) e Carol Vigliar (7%).
Na parcela que declara voto em Haddad, 38% ainda podem mudar de ideia até a votação, índice mais alto do que o registrado entre quem declara voto em Tarcísio (30%) e mais baixo do que entre potenciais eleitores de Garcia (52%). Entre quem diz que irá votar em branco ou nulo, 53% não estão totalmente decididos sobre essa escolha.
Entre eleitores que pretendem votar em Haddad mas ainda não estão convictos, 21% tem Garcia como segunda opção de voto, 14% escolheriam Tarcísio, e 10% optariam por Carol Vigliar. No eleitorado de Tarcísio, Garcia é a alternativa mais citada (32%), e 17% poderiam votar em Haddad. Na parcela que declara voto no atual governador mas ainda podem mudar de ideia, Haddad (30%) e Tarcísio (21%) são os mais apontados como possíveis escolhas.
Ex-prefeito da capital paulista e candidato a presidente em 2018, Haddad segue como o nome mais conhecido na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes: 92% dizem conhecê-lo, índice ligeiramente superior ao registrado há duas semanas (89%). O conhecimento de Tarcísio subiu de 35% para 50% no mesmo período, e a de Garcia, de 35% para 49%. Com patamar mais baixo de conhecimento pelo eleitorado aparecem ainda Gabriel Colombo (13%), Vinicius Poit (12%), Edson Dorta (10%), Altino (10%), Antonio Jorge (10%), Carol Vigliar (8%) e Elvis Cezar (8%).
A rejeição a Haddad cresceu de 30% para 36% ao longo das últimas duas semanas, e o petista segue como o mais rejeitado entre os postulantes ao governo paulista. Na sequência aparem Tarcísio (24% não votariam de jeito nenhum, ante 22% há duas semanas), Altino (19%), Elvis Cezar (17%), Dorta (17%), Garcia (16%), Antonio Jorge (16%), Colombo (15%), Carol Vigliar (15%) e Poit (15%). Há 5% que rejeitam todos, 5% que votariam em qualquer um deles, e 14% que não opinaram.
NO 2º TURNO, CAI VANTAGEM DE HADDAD PARA TARCÍSIO E GARCIA
Nas simulações de segundo turno para a disputa pelo governo de São Paulo, Haddad segue à frente dos principais adversários até aqui, Tarcísio e Garcia, porém com vantagem menor do que há duas semanas.
Contra Tarcísio, o petista tem 51% das intenções de voto (ante 53% na pesquisa anterior), ante 36% do candidato do Republicanos, que aparecia com 31%. O percentual de brancos ou nulos nesse cenário caiu de 14% para 9%, e o de indecisos, de 4% para 3%.
Entre eleitores que pretendem votar em Garcia no primeiro turno, 44% escolheriam Tarcísio na disputa contra Haddad, que teria 39% desses votos.
Na disputa direta entre o petista e o atual governador, Haddad recuou de 53% agora 48%, e o tucano cresceu de 31% para 38%. Os votos em branco ou nulo oscilaram de 12% para 11%, e percentual de indecisos passou de 4% para 3%.
No grupo de eleitores que declara voto em Tarcísio no primeiro turno, 68% escolheriam Garcia em um segundo turno contra Haddad, que teria 13% dos votos do candidato do Republicanos.