Na véspera da eleição, Fernando Haddad (PT) tem 39% das intenções de votos válidos e segue na liderança da disputa pelo Governo do Estado de São Paulo, apesar da trajetória de queda nas últimas semanas. Seu adversário mais próximo é Tarcísio (Republicanos), que tem 31% dos válidos. Ainda na disputa por uma vaga no segundo turno, o atual governador Rodrigo Garcia (PSDB) aparece com 23%. A eleição paulista tem 8% de eleitores indecisos e 27% que ainda podem mudar o voto para governador até o momento da votação.
A corrida pelo Palácio dos Bandeirantes também conta com Carol Vigliar (UP), que tem 2%, e Vinicius Poit (Novo), Gabriel Colombo (PCB), Elvis Cezar (PDT), Antônio Jorge (DC), Edson Dorta (PCO) e Altino (PSTU), com 1% cada.
A contabilidade de votos válidos exclui votos brancos, nulos e a fatia de indecisos. Para vencer a eleição, um candidato precisa de 50% mais um dos votos válidos, sem brancos e nulos, já subtraída a abstenção. A apuração e divulgação do resultado oficial das eleições realizada pela Justiça Eleitoral considera somente os votos válidos.
O campo da pesquisa foi realizado entre 30 de setembro e 1º de outubro, com 3700 entrevistas presenciais em 79 municípios, junto a eleitores de 16 anos ou mais de todas as regiões do Estado de São Paulo. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral com o código SP-09987/2022 O questionário da pesquisa incluiu os nomes de todos os candidatos listados na Justiça Eleitoral, incluindo tanto as candidaturas já deferidas quanto aquelas indeferidas, que esperam recurso em instâncias superiores.
A evolução dos votos válidos mostra Haddad em queda gradual ao longo da campanha. No início da disputa pelo Bandeirantes, quando era o único conhecido por mais da metade do eleitorado, o petista tinha 52% dos válidos. Recuou para 45% no levantamento feito entre 30 de agosto e 1º de setembro, e entre 13 e 15 de setembro atingiu 43%. Na semana passada, tinha 42%, e no meio desta semana aparecia com 41%, dois pontos acima do que tem hoje.
A candidatura de Tarcísio registrou avanço constante, ainda que com oscilações dentro da margem de erro. Ele partiu de 21% dos válidos em meados de agosto, foi a 26% na pesquisa posterior, finalizada em 1º de setembro, e duas semanas depois obteve 27%. Na semana passada, tinha 28% das intenções de votos válidos, e na pesquisa concluída na última quinta-feira alcançou 31%, mesmo resultado atual.
À frente do governo paulista desde março deste ano, Garcia tinha 15% das intenções de votos válidos em meados de agosto, e avançou para 19% no início de setembro. Na pesquisa realizada entre 13 e 15 de setembro o tucano avançou para 23%, manteve esse resultado na semana seguinte, oscilou para baixo (22%) no levantamento feito no meio da semana e agora oscila novamente para 23%.
No eleitorado total, Haddad tem 33% das intenções de voto, e tinha 35% no último levantamento. O candidato do Republicanos aparece na sequência, com 26% (estável), e Garcia oscilou de 18% para 20%. Os demais têm 1% cada, exceto Altino, que foi citado mas não atingiu 1%. Uma parcela de 8% dos eleitores paulistas pretende votar em branco ou nulo amanhã, 8% estão indecisos (inalterado desde o levantamento anterior).
Na véspera da votação, 51% sabem o número que irão digitar na urna eletrônica para confirmar sua intenção de voto, índice ligeiramente superior aos 46% registrados na pesquisa anterior. O conhecimento do número é mais alto entre eleitores de Haddad (61%, ante 58% há dois dias) do que no eleitorado de Garcia (46%, ante 37% no levantamento passado) e Tarcísio (53%, e eram 46%).
A convicção sobre o voto para governador passou de 69% para 73% nos últimos dias, e entre aqueles que ainda podem mudar de ideia (27%) as alternativas de voto mais citadas são Garcia (22%), Tarcísio (15%) e Haddad (14%), com 18% de indecisos.
Na parcela que declara voto em Garcia, 31% ainda podem mudar de ideia até a votação, índice que é de 23% tanto entre eleitores de Tarcísio quanto de Haddad. Entre quem diz que irá votar em branco ou nulo, 29% ainda podem mudar de ideia sobre essa opção.
Entre eleitores voláteis de Haddad, as alternativas de voto mais citadas são Garcia (33%), Tarcísio (19%) e branco ou nulo (11%), além de 21% indecisos. Na parcela que declara voto em Tarcísio mas ainda pode mudar de ideia, o atual governador (39%) é a principal alternativa de voto, com o dobro do candidato petista (18%), e 14% optariam por votar em branco ou anular o voto. No eleitorado de Garcia que não está totalmente decidido sobre essa escolha, Tarcísio (30%) e Haddad (23%) seriam as candidaturas mais beneficiadas por eventual mudança, e 11% migrariam para o voto branco ou nulo.
A rejeição à candidatura de Haddad avançou de 37% para 40% na comparação com levantamento realizado finalizado na última quinta-feira, e o petista segue como o mais rejeitado entre os postulantes ao governo paulista. Na sequência aparem Tarcísio (33% não votariam de jeito nenhum, ante 29% no levantamento anterior), Garcia (20%, estável), Altino (14%), Elvis Cezar (14%), Antonio Jorge (13%), Gabriel Colombo (13%), Edson Dorta (13%), Vinicius Poit (13%) e Carol Vigliar (12%). Há 4% que rejeitam todos, 3% que votariam em qualquer um deles, e 10% não opinaram.
Nas simulações de segundo turno para a disputa pelo governo de São Paulo, Haddad empata com Garcia e tem vantagem mínima sobre Tarcísio.
Contra o candidato do Republicanos, o petista tem 46% das intenções de voto (tinha 48% na pesquisa anterior), ante 41% do adversário (tinha 40%). O percentual de brancos ou nulos nesse cenário é de 10%, e 3% estão indecisos.
Na disputa direta entre o petista e o atual governador, Haddad passou de 45% para 42%, e o tucano foi de 40% para 43%. Os votos brancos ou nulo agora somam 12%, e o percentual de indecisos é de 3%.
MÁRCIO FRANÇA (PSB) LIDERA DISPUTA AO SENADO COM 45% DOS VOTOS VÁLIDOS, E 26% NÃO TÊM CANDIDATO
O ex-governador Marcio França (PSB) lidera a disputa pela vaga de senador pelo Estado de São Paulo, com 45% das intenções de votos válidos. Ao longo da campanha, França registrou 45% das intenções de votos válidos no início de setembro, 48% duas semanas depois, entre 13 e 15 de setembro, 45% na semana passada, 47% no levantamento finalizado na última quinta-feira e agora aparece dois pontos abaixo.
No mesmo período, seu adversário mais próximo na disputa pela vaga, Astronauta Marcos Pontes (PL), avançou a cada levantamento: tinha 20% no início do mês, 23% em meados de setembro, 27% uma semana depois, 30% no levantamento finalizados na última quinta-feira e agora chega a 31%.
Em um patamar mais baixo na corrida pelo Senado aparecem Edson Aparecido (MDB), que passou de 4% para 6%, Janaina Paschoal (PRTB), que se manteve com 5%, e Aldo Rebelo (PDT) e Vivian Mendes (UP), com 3% cada. As candidaturas de Antônio Carlos (PCO), Ricardo Mellão (Novo) e Prof. Tito Bellini (PCB) têm 2% cada, e Dr. Azkoul (DC) tem 1%. A candidatura de Mancha Coletiva Socialista (PSTU) não atingiu 1%.
No total de votos, França tem 33% (tinha 34%), ante 23% de Pontes (tinha 21%), 4% de Edson Aparecido, 3% de Janaína Paschoal e Vivian Mendes e 2% de Antônio Carlos e Aldo Rebelo, entre outros com menor preferência. Uma parcela de 14% está indecisa sobre o voto para o Senado, índice similar ao registrado no último levantamento (15%), e 12% pretendem votar em branco ou anular o voto (eram 13%).
Além da taxa de indecisos, outro fator que poderá ser decisivo para a definição da disputa para o Senado é o conhecimento do número dos candidatos escolhidos na intenção de voto. O candidato do PL tem, neste momento, a maior taxa de eleitores que acertam seu número de urna (50%), e seu principal adversário, Márcio França, tem seu número conhecido por 35%, no mesmo patamar do conhecimento de Edson Aparecido (36%).