A três dias da eleição, o ex-presidente Lula (PT) mantém 49% das intenções de voto e tem vantagem de cinto pontos sobre Jair Bolsonaro (PL), que oscilou de 45% para 44% em relação ao levantamento realizado na última semana. Há ainda 5% que votarão em branco ou nulo, e 2% estão indecisos.
Considerando somente os votos válidos, sem contabilizar brancos, nulos e indecisos, o petista tem 53%, e o atual presidente, 47%. Na rodada anterior, essa distância era quatro pontos (52% a 48%).
Nesse levantamento, entre os dias 25 e 27 de outubro de 2022, foram realizadas 4580 entrevistas presenciais em 252 municípios de todas as regiões do país junto a eleitores de 16 anos ou mais. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral com o código BR-04208/2022.
O ex-presidente garante a vantagem sobre o adversário pela liderança entre as mulheres (52% a 41%), na parcela dos mais jovens (53% a 39%), entre quem tem 45 a 59 anos (51% a 42%), na parcela com 60 anos ou mais (51% a 43%), entre os menos escolarizados (60% a 34%), no segmento de menor renda familiar (61% a 33%), no Nordeste (67% a 28%), entre eleitores pretos (60% a 34%), pardos (51% a 42%) e no segmento de católicos (55% a 39%).
Lula e Bolsonaro empatam entre os homens (46% a 48%), na faixa de 25 a 34 anos (44% a 50%) e entre quem tem de 35 a 44 anos (47% a 45%), nos segmentos de escolaridade média (45% a 49%) e superior (43% a 48%), no Sudeste (44% a 48%) e na região Norte (48% a 47%).
O atual presidente lidera nas regiões Sul (58% a 36%) e Centro-Oeste (53% a 40%), na parcela de eleitores brancos (54% a 40%), no segmento de evangélicos (62% a 32%) e nas faixas de renda familiar acima de 2 salários (54% a 40% entre quem tem renda de 2 a 5 salários, 60% a 32% no recorte de 5 a 10 salários e 59% a 36% entre os mais ricos, com renda familiar superior a 10 salários mínimos).
No Rio de Janeiro e em São Paulo, Bolsonaro está à frente de Lula, e em Minas Gerais eles estão empatados tecnicamente. No maior colégio eleitoral do país, 49% dos eleitores paulistas declaram voto no atual presidente, e 43%, no candidato do PT, e os demais estão indecisos (2%) ou pretendem votar em branco ou nulo (6%). Entre os fluminenses, que representam o terceiro maior contingente de eleitores do país, 51% pretendem votar em Bolsonaro, e 41%, em Lula, com 5% de votos em branco ou nulo e 3% indecisos. No segundo maior colégio eleitoral, os mineiros dão vantagem numérica a Lula (48% a 43%), há 3% indecisos e 5% declaram voto em branco ou nulo.
Nos votos válidos, Bolsonaro tem vantagem sobre Lula de 12 pontos no Rio de Janeiro (56% a 44%) e de seis pontos em São Paulo (53% a 47%), mas desvantagem de quatro pontos em Minas Gerais (48% a 52%). A margem de erro para a amostra de eleitores paulistas e mineiros é de três pontos percentuais para mais ou para menos, e para a amostra de fluminenses fica em quatro pontos.
No eleitorado de Simone Tebet (MDB), terceira colocada no primeiro turno, passou de 34% para 45% a preferência pelo candidato do PT, e de 29% para 23% a opção pelo atual presidente, com 27% optando por votar em branco ou nulo e 5% indecisos. Na parcela de eleitores que votou em Ciro Gomes (PDT), 45% agora declaram voto em Lula (eram 33% na semana passada), e 26%, em Bolsonaro (eram 44%), com 23% optando por votar em branco ou nulo e 6% indecisos. A amostra correspondente ao eleitorado de Tebet tem margem de erro de sete pontos percentuais para mais ou para menos, e ao de Ciro, de nove pontos, portanto ambas estão mais propensas a variações mais amplas entre os levantamentos. O aumento da distância entre Lula e Bolsonaro no eleitorado de Tebet (de cinco para 22 pontos) e a reversão entre eleitores de Ciro (de 11 pontos a favor do atual presidente para 19 pontos a favor do petista) aponta para ganhos acima dessas margens, e mostram que o petista hoje herda mais votos vindos das terceira e quarta candidaturas mais votadas no primeiro turno.
Entre aqueles que já escolheram como votar no próximo domingo, 96% mencionam corretamente o número que irão digitar na urna, e 1% cita um número incorreto, além de 3% que desconhecem como irão votar.
A maioria dos eleitores (92%) diz já ter se decidido sobre o voto no 2º turno, com índice de menor entre quem pretende votar em branco ou nulo (69%).
Na parcela do eleitorado que ainda pode mudar de voto, 59% tem como alternativa votar em branco ou nulo, e os demais mudariam seu voto para Bolsonaro (21%), Lula (15%) ou não sabem (5%).
O presidente Jair Bolsonaro continua a ser rejeitado por 50% dos eleitores, que não votariam nele de jeito nenhum no 2º turno. Os demais votarão com certeza (42%) ou podem votar (7%), além de 1% sem opinião sobre o tema. A rejeição a Lula oscilou de 46% para 45% na última semana, e 47% escolherão o petista com certeza (índice estável), com 7% de eleitores que podem votar (eram 6%) e 1% indeciso sobre o voto no ex-presidente.
A combinação dos índices de rejeição de ambos os candidatos mostra que 47% rejeitam somente Bolsonaro, 43% rejeitam somente Lula, 3% rejeitam tanto o petista como o atual presidente, e 7% não rejeitam nenhum deles. No segmento dos mais jovens, 13% não rejeitam nem Lula nem Bolsonaro.
Entre quem votou em Tebet no primeiro turno, 15% rejeitam tanto Lula quanto Bolsonaro, 44% rejeitam somente o atual presidente, 24% rejeitam somente o candidato do PT, e 17% não rejeitam nenhum deles. No grupo de eleitores que votou em Ciro Gomes, 44% rejeitam somente Bolsonaro, e 28%, somente Lula. Há 13% que rejeitam ambos, e 16% que não rejeitam nem o atual presidente nem o candidato do PT.