Boulos tem 32%, e Nunes, 24% para Prefeitura de São Paulo

79% querem ações diferentes em ações do próximo prefeito

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Segundo colocado na eleição para prefeito em 2020, tendo perdido para Bruno Covas (PSDB), o deputado federal Guillherme Boulos (PSOL) lidera a disputa pela Prefeitura São Paulo que acontecerá em 2024. Se a eleição fosse hoje, Boulos seria o escolhido por 32% dos paulistanos na disputa para prefeito, à frente de Ricardo Nunes (MDB), atual chefe do Executivo municipal, que tem 24% das intenções de voto. O emedebista foi vice de Covas na última eleição e assumiu o cargo após a morte do tucano, em maio de 2021.

Na simulação feita pelo Datafolha, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) é a terceira mais citada pelos paulistanos, com 11% das inttenções de voto, empatada tecnicamente com Kim Kataguiri (União Brasil), que tem 8%. Uma parcela de 18% votaria em branco ou nulo se a eleição fosse hoje, e 5% não souberam opinar.

O pré-candidato do PSOL abre vantagem em relação a Nunes entre paulistanos com ensino superior (44% a 18%), nos estratos de renda mensal familiar de 2 a 5 salários (38% a 22%) , de 5 a 10 salários (40% a 21%) e acima de 10 salários (45% a 17%), enquanto o atual prefeito empata, com índice número superior, entre os mais pobres, com renda de até 2 salários (29% a 23%).

Na parcela de paulistanos com ensino médio, Boulos e Nunes empatam (27% a 25%), e o nome do MDB fica à frente entre quem estudou até o ensino fundamental (32% a 24%). Nas faixas etárias de 16 a 44 anos, o deputado do PSOL tem entre 10 e 17 pontos de vantagem à frente sobre o atual prefeito, nas faixas acima de 44 anos há empate, com Nunes numericamente à frente entre quem tem de 45 a 59 anos (31% a 27%), e Boulos pontuando melhor entre quem tem 60 anos ou mais (32% a 29%). Entre católicos, o prefeito tem 31% das intenções de voto, ante 27% para Boulos. No segmento evangélico, Nunes aparece com 26%, e o pré-candidato do PSOL tem 21%.

Na intenção de voto espontânea, quando o nome dos possíveis postulantes ao cargo de prefeito não é apresentado aos entrevistados, Boulos é citado por 8%, e Nunes, por 4%, além de 2% que citam o atual prefeito, sem nomeá-lo. Há também 2% que declaram voto no candidato do PT, sem especificar, e 1% dizem que irão votar em Kim Kataguiri. A maioria (72%) não cita nenhum nome, e 7% declaram que irão votar em branco ou nulo.

À frente nas intenções de voto, Boulos e Nunes também são os nomes mais conhecidos pelos paulistanos neste momento. O deputado do PSOL é conhecido de forma geral por 80%, sendo que 31% dizem conhece-lo muito bem, 22% o conhecem um pouco, e 27%, só de ouvir falar. No mesmo patamar, o atual prefeito é conhecido por 79%, divididos entre aqueles que dizem conhece-lo muito bem (24%), um pouco (26%) ou só de ouvir falar (29%). A deputada federal Tabata Amaral é conhecida por metade (50%) dos paulistanos, sendo que 13% a conhecem muito bem, 15% a conhecem um pouco, e 22%, só de ouvir falar. O também deputado federal Kim Kataguiri é conhecido por 36%, considerando os que o conhecem muito bem (15%), um pouco (10%) e só de ouvir falar (11%). Candidato ao governo do Estado de São Paulo em 2022, Vinicius Poit é conhecido por 28%, sendo que somente 3% o conhecem muito bem, e os demais o conhecem um pouco (9%) ou só de ouvir falar (17%).

Entre os nomes consultados na pesquisa, Kataguiri é o mais rejeitado pelos paulistanos: 35% não votariam nele de jeito nenhum para prefeito. Na sequência, em patamar similar, aparecem Boulos (29%), Poit (26%), Nunes (26%), e Tabata Amaral é rejeitada por 23%. Uma parcela de 8% rejeita todos, e 2% não rejeitam nenhuma, além de 9% que não opinaram.

No universo de homens, Boulos tem rejeição mais alta (35%) do que entre as mulheres (24%). O deputado do PSOL também enfrenta rejeição acima da média entre paulistanos de 45 a 59 anos (34%), entre quem tem renda familiar de 5 a 10 salários (37%) e entre quem mora na região Norte da capital paulista (34%). O atual prefeito tem rejeição acima da média entre paulistanos que estudaram até o ensino superior (36%) e entre os mais ricos (35% na faixa de renda familiar de 5 a 10 salários, e 39% entre quem tem renda acima de 10 salários).

Oito em cada dez paulistanos (79%) preferem que as ações do próximo prefeito de São Paulo sejam, na maior parte, diferentes das adotadas pelo atual prefeito, e 17% preferem que as ações do próximo ocupante do cargo sejam, majoritariamente, iguais às atuais. Há ainda 4% que preferiram não opinar sobre o tema.