Tarcísio de Freitas (Republicanos) lidera a disputa eleitoral para governador de SP

Em cenário sem o atual governador, Geraldo Alckmin (PSB) lidera

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Pesquisa Datafolha mostra o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na liderança isolada na disputa para o governo do Estado nos dois cenários testados com o seu nome.

No primeiro cenário, Tarcísio lidera com 41% das intenções de voto. Seguido por, Geraldo Alckmin (PSB), com 25%, Pablo Marçal (PRTB), com 15%, Alexandre Padilha (PT), com 6%, e Ricardo Salles (Novo), com 4%. Brancos ou nulos são 9% e indecisos, 1%.

A imagem mostra dois homens se cumprimentando com um aperto de mãos em um evento político. Um dos homens está vestindo um paletó azul escuro e o outro um paletó preto. Ao fundo, há uma plateia com várias pessoas sentadas e um grande painel com a palavra 'ROSA' em destaque. O ambiente parece ser de um comício ou evento de campanha.
SANTOS/ SP Brasil. 27.02.2025. O vice presidente Geraldo Alckmin, o presidente Lula e o governador Tarcísio de Freitas participam do lançamendo do edital do túnel ligando Santos a Guarujá que acontece no Parque Valongo, em Santos.

Na análise por segmentos, observa-se que a taxa de intenção de voto em Tarcísio de Freitas é mais alta entre os homens do que entre as mulheres (45%, ante 37%), entre os que têm 60 anos ou mais (50%, ante 37% entre os que têm 16 a 24 anos), entre os satisfeitos com o seu governo (65%) e entre os que insatisfeitos com o governo Lula (PT) (55%), entre os que se autodeclararam como bolsonaristas (60%). Já, Alckmin alcança taxas de intenção de voto mais altas entre os que têm 45 a 59 anos (34%, ante 12% entre os que têm 16 a 24 anos), entre os que insatisfeitos com o governo Tarcísio (36%), entre os que satisfeitos com o governo Lula (45%) e entre os que se autodeclararam como petistas (43%). E, Marçal se destaca entre os que têm 16 a 24 anos (24%).

No segundo cenário, com Marcio França (PSB) no lugar de Alckmin, Tarcísio lidera com 47% das intenções de voto. Na sequência aparecem Marçal, com 16%, França, com 11%, Padilha, com 6%, e Salles, com 4%. Brancos ou nulos são 14% e indecisos, 2%.

No terceiro cenário, sem o nome de Tarcísio de Freitas e com os nomes de Ricardo Nunes (MDB), Rodrigo Manga (Republicanos), Gilberto Kassab (PSD), Guilherme Derrite (PL) e André do Prado (PL) a disputa fica mais acirrada. Marçal lidera com 21% das intenções de voto, Nunes tem 15%, França, 11%, Padilha, 7%, Manga, 5%, Salles, 5%, Kassab, 5%, Derrite, 4% e Prado, 1%. Brancos ou nulos são 21% e indecisos, 5%.

Por fim, no quarto cenário, com Geraldo Alckmin e sem Tarcísio de Freitas, o vice-presidente lidera com 29% das intenções de voto. Na sequência aparecem: Marçal, com 20%, Nunes, com 12%, Manga, com 5%, Padilha, com 5%, Salles, com 4%, Derrite, com 3%, Kassab, com 3%, e Prado, com 1%. Brancos ou nulos são 15% e indecisos, 3%.

O atual levantamento foi realizado nos dias 01, 02 e 03 de abril de 2025, com 1.500 entrevistas presenciais em 81 municípios, com população de 16 anos ou mais de todas as regiões do Estado de São Paulo. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.

Na pergunta espontânea de intenção de voto, quando não se apresenta o cartão com os nomes dos candidatos, a maioria dos paulistas (60%) não soube informar o nome de algum pré-candidato. Dos nomes citados, Tarcísio de Freitas é o mais lembrado, com 16% de menções espontâneas, seguido por Guilherme Boulos (PSOL), com 2%, Fernando Haddad (PT), com 2%, Geraldo Alckmin, com 1%, Ricardo Nunes, com 1%, e Pablo Marçal, com 1%. Ainda, 5% responderam votar no "atual governador" e 1% no "candidato do PT". Outras respostas somadas são 5% e brancos ou nulos, 7%.

A maioria dos paulistas (58%) avalia que Tarcísio de Freitas deveria disputar a reeleição para o governo do Estado de São Paulo no próximo ano, 30% avaliam que ele deveria disputar a eleição para presidente da República e 12% não opinaram. Entre os autodeclarados bolsonaristas, as taxas são próximas à população: 61% avaliam que Tarcísio deve disputar a reeleição e 32% que ele deve disputar a eleição para presidente.

Já, entre os que estão satisfeitos com a gestão Tarcísio, a taxa daqueles que avaliam que ele deve disputar a eleição para presidente da República em 2026 é mais alta: 38%, e, 60% avaliam que ele deve disputar a reeleição.

Os entrevistados ficaram divididos sobre qual candidato Tarcísio deveria apoiar na eleição para governador de SP, em 2026, caso decida por não disputar a reeleição. Os preferidos são Pablo Marçal e Ricardo Nunes, com respectivamente, 23% e 22%. Na sequência aparecem: Gilberto Kassab (10%), Rodrigo Manga (7%), Ricardo Salles (7%), Guilherme Derrite (6%) e André do Prado (3%). Para 12%, Tarcísio não deveria apoiar algum candidato. E, uma parcela de 11% não opinou.

Entre os que estão satisfeitos com a gestão Tarcísio, Marçal e Nunes dividem a preferência, com respectivamente, 25% e 24%. Já, entre os autodeclarados bolsonaristas a preferência é por Marçal: 33%, ante 20% de Nunes.

PABLO MARÇAL É O CANDIDATO MAIS REJEITADO

Quando questionados sobre quais candidatos não votariam de jeito nenhum no primeiro turno da eleição para governador de São Paulo no próximo ano, Pablo Marçal é o candidato mais rejeitado, com 45% de menções. Essa taxa é mais alta entre os que têm 25 a 34 anos (54%), entre os que mais instruídos (59%, ante 36% entre os menos instruídos), entre os que têm renda familiar mensal de mais de 5 salários mínimos (54%, ante 39% entre os que têm renda familiar mensal de até 2 salários mínimos), entre os moradores da Região Metropolitana (51%, ante 40% entre os moradores do interior), entre os que estão insatisfeitos com a gestão Tarcísio (60%, ante 38% entre os que estão satisfeitos) e entre os autodeclarados petistas (53%, ante 21% entre os autodeclarados bolsonaristas).

Num patamar mais baixo de rejeição ficaram: Gilberto Kassab, com 31%, Geraldo Alckmin, com 30%, Ricardo Nunes, com 22%, Tarcísio de Freitas, com 21%, Alexandre Padilha, com 20%, Marcio França, com 19%, Ricardo Salles, com 19%, Rodrigo Manga, com 18%, Guilherme Derrite, com 17%, e André do Padro, com 16%. Uma parcela de 2% rejeita todos os candidatos, 2% votariam em qualquer um deles e 3% não opinaram.

EM CENARIOS DE 2º TURNO, TARCÍSIO DERROTA ALCKMIN, FRANÇA E PADILHA

O Datafolha apresentou três cenários hipotéticos de 2º turno para governador de São Paulo, em 2026, e em todos o atual governador é o vencedor.

No primeiro cenário, Tarcísio derrota o ex-governador Geraldo Alckmin, por 53% a 39%. Brancos e nulos são 8% e 1% não opinou. Tarcísio alcança as maiores vantagens sobre Alckmin entre os que têm 16 a 24 anos (62%, ante 29%), entre os que estão insatisfeitos com o governo Lula (72%, ante 19%), entre os que estão satisfeitos com o governo estadual (77%, ante 22%) e entre os autodeclarados bolsonaristas (78%, ante 14%).

No segundo cenário, Tarcísio derrota Marcio França por 62% a 24%, brancos e nulos são 12% e 1% não opinou.

E, por fim, no terceiro cenário, Tarcísio derrota Alexandre Padilha por 64% a 20%, brancos e nulos são 14% e indecisos, 2%.

41% AVALIAM POSITIVAMENTE O GOVERNO DE TARCÍSIO DE FREITAS (REPUBLICANOS)

Parcela que avalia como ruim ou péssimo o governo estadual cresceu de 11%, em março de 2023, para 22%

Após 2 anos e 3 meses de governo, a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) é avaliada como ótima ou boa por 41%, como regular, por 33%, e como ruim ou péssima, por 22%. Uma parcela de 4% não opinou. Em comparação à pesquisa anterior, de março de 2023, cresceu a taxa daqueles que avaliam negativamente a gestão Tarcísio e recuou o índice daqueles que avaliam a administração como regular. Naquela data, 44% avaliavam o governo estadual como ótimo ou bom, 39% como regular e 11% como ruim ou péssimo.

A taxa de satisfeitos com o governo Tarcísio é mais alta entre os homens do que entre as mulheres (46%, ante 37%), entre os que têm 60 anos ou mais (57%, ante 28% entre os que têm 16 a 24 anos), entre os que insatisfeitos o governo Lula (PT) (49%) e entre os autodeclarados bolsonaristas (62%). Por outro lado, a taxa daqueles insatisfeitos com o governo Tarcísio é mais alta entre os mais instruídos (35%), entre os que têm renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos (33%) e entre os que satisfeitos com o governo Lula (29%).

Observa-se diferenças nas taxas de avaliação entre os moradores da Região Metropolitana, mais insatisfeitos com o governo estadual, e do interior paulista, mais satisfeitos. Entre os moradores da RM, 33% avaliam como ótimo ou bom o governo Tarcísio (ante 48% entre os moradores do interior), 35% como regular (ante 31% entre os moradores do interior), 28% como ruim ou péssimo (ante 16% entre os moradores do interior) e 3% não opinaram (ante 4% entre os moradores do interior).

Em comparação com outros governadores de São Paulo, em tempo próximo de mandato, as taxas de avaliação do governo Tarcísio são melhores do que as de Mário Covas, em maio de 1997 (27% avaliavam como ótimo ou bom, 42% como regular e 28% como ruim ou péssimo), e piores do que as de Geraldo Alckmin, em dezembro de 2004 (60% avaliavam como ótimo ou bom, 27% como regular e 9% como ruim ou péssimo), José Serra, em março de 2009 (53% avaliavam como ótimo ou bom, 33% como regular e 11% como ruim ou péssimo), e Geraldo Alckmin, em junho de 2013 (52% avaliavam como ótimo ou bom, 31% como regular e 15% como ruim ou péssimo).

Quando questionados se aprovam ou desaprovam o trabalho de Tarcísio como governador, seis em cada dez (61%) declararam aprovar e um terço (33%) desaprova. Uma fração de 6% não opinou.

São observadas taxas mais alta de aprovação ao trabalho do governador entre os homens do que entre as mulheres (66%, ante 56%), entre os menos instruídos do que entre os mais instruídos (66%, ante 53%), entre os moradores do interior do que entre os moradores da Região Metropolitana (65%, ante 56%), entre os que têm 60 anos ou mais (74%, ante 54% entre os que têm 16 a 24 anos), entre os evangélicos (71%), entre os que insatisfeitos com o governo Lula (70%) e entre os autodeclarados bolsonaristas (80%).

Por outro lado, a taxa daqueles que reprovam o governo Tarcísio é mais alta entre os mais instruídos (44%), entre os moradores da Região Metropolitana (40%, ante 27% entre os moradores do interior), entre os satisfeitos com o governo Lula (45%) e entre os autodeclarados petistas (43%).