38% dos internautas homens brasileiros tiveram disfunção erétil em algum grau nos últimos dois anos

DE SÃO PAULO

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Pesquisa realizado pelo Datafolha a pedido da startup Omens com 1813 homens brasileiros de 18 a 70 anos mostra quadro da disfunção erétil no país. No estudo, realizado com homens com acesso à internet, hábitos, opiniões e percepções sobre cotidiano e vida sexual mostram que 38% tiveram algum tipo de disfunção erétil nos últimos dois anos.

Nos últimos 24 meses, a maioria (86%) declarou que teve pelo menos uma relação sexual (entre os casados o índice sobe para 95%). Dessa parcela que teve alguma relação sexual, oito em cada dez (82%) tiveram entre 1 a 3 parceiros sexuais no período, 8%, entre 4 a 6 parceiros (entre os homossexuais o índice sobe para 19%), 5%, entre 7 a 10 parceiros (entre os homossexuais a taxa sobe para 11%) e 5%, 11 ou mais parceiros.

Da fração que teve pelo menos alguma relação sexual nos últimos 24 meses, 15% costumam ter relações sexuais todos os dias, 57% uma vez na semana (sobe para 65% entre os casados), 13% uma vez a cada 15 dias, 6% uma vez no mês e 8% menos de uma vez por mês.

A satisfação com a vida sexual no período é alta, numa escala de 1 a 5, na qual 1 é totalmente insatisfeito e 5 totalmente satisfeito, 75% deram as notas 4 ou 5 (29% nota 4 e 46% nota 5). Uma fração de 17% deu a nota 3 e 8% deram as notas 1 ou 2 (3% nota 1 e 5% nota 2). A nota média ficou em 4,1. A satisfação é majoritária tanto entre os homens sem problema de disfunção erétil (84% de notas 4 e 5 e nota média de 4,4) quanto entre os homens com problemas de disfunção erétil (59% de notas 4 e 5 e nota média de 3,7), entre casados (79%) e solteiros (69%), e, entre heterossexuais (77%) e homossexuais (67%).
Com relação à avaliação da vida sexual especificamente no período da pandemia de coronavírus, a maioria avalia que melhorou. Numa escala de 1 a 5, na qual 1 é piorou e 5 melhorou, 57% deram as notas 4 e 5 (25% nota 4 e 32% nota 5), 24% a nota 3, e 19% as notas 1 e 2 (11% nota 1 e 9% nota 2). A nota média ficou em 3,6, sendo mais alta entre os homens sem problema de disfunção erétil (3,8) do que entre os homens com problema de disfunção (3,2).

Observa-se maior satisfação (notas 4 e 5) entre os casados (66%) do que entre os solteiros (45%).

Sete em cada dez (72%) deixaram de fazer sexo por algum problema e dos motivos mais citados, quatro dividiram o primeiro lugar: cansaço físico (44%), estresse em geral (40%), preocupação com emprego ou financeira (39%) e preocupação emocional (38%). Entre os homens com problema de disfunção erétil, todos esses índices são mais altos: 84% deixaram de fazer sexo por algum problema, sendo, 54% por cansaço físico, 52% por estresse em geral, 49% por preocupação com emprego e 50% por preocupação emocional.

Com índices mais baixos aparecem os motivos: dor de cabeça ou enxaqueca (22%), excesso de bebida alcoólica (22%) e para esconder algum problema sexual (7%, a taxa sobe para 13% entre os homens com problema de disfunção erétil e para 17% entre os insatisfeitos com a vida sexual).

O Datafolha apresentou aos entrevistados uma lista de problemas de saúde sexual e fatores de risco, e perguntou se já tiveram ou tem. De maneira geral, observa-se que os índices são piores entre os homens com problema de disfunção erétil nos últimos 24 meses e entre os homens que estão insatisfeitos com a atual vida sexual.

Sentir-se estressado (57%) e o hábito de praticar exercícios físicos frequentemente (56%) são as situações com os maiores índices de respostas afirmativas. A seguir aparecem já teve dificuldade para controlar a ejaculação (48%), já teve ejaculação tardia ou insatisfatória (41%), tem ou já teve crises de ansiedade (40%), já teve ereções pouco rígidas e insuficientes para a penetração (32%), já teve dificuldade em manter a ereção até o fim da relação sexual (32%) e já teve dificuldade para ter ereções (27%). Em todas estas situações, os índices são mais altos entre os homens com problemas de disfunção erétil e entre homens que estão insatisfeitos com a atual vida sexual. Quando agregado estas seis últimas situações, a média de homens que tiveram pelo menos um desses problemas alcança 69% e, entre os homens com problema de disfunção erétil e entre os homens que avaliam que a vida sexual piorou nos últimos 24 meses, o índice sobe para 82% (cada um).

Com índices mais baixos de respostas afirmativas ficaram: já ter tido alguma doença sexualmente transmissível (11% - entre os homossexuais a taxa sobe para 27%), faz uso de remédios antidepressivos (8%), teve teste de Covid-19 positivo (6%), é diabético (5%) e tem problemas na próstata (3%).

CLASSIFICAÇÃO DA DISFUNÇÃO ERÉTIL (SOBRE OS ÚLTIMOS 24 MESES)

Dos homens que tiveram pelo menos alguma relação sexual nos últimos 24 meses, 38% obtiveram pontuação inferior a 22 pontos e foram classificados com problema de disfunção erétil, sendo 26% com disfunção leve, 10% de leve a moderada e 1% moderada. Uma parcela de 62% somou 22 ou mais pontos e foi classificada como sem problemas de disfunção erétil.

Observa-se que o índice de homens com problema de disfunção erétil é mais alto entre os que se autodeclararam como homossexuais (53%), entre os que estão insatisfeitos com a vida sexual (67%), entre os que fazem sexo menos de uma vez por mês (56%) e entre os que avaliam que a vida sexual piorou durante a pandemia (58%).

Na análise individual das questões que compõem a classificação da disfunção erétil: 53% declararam ter uma confiança muito alta em ter e manter a ereção; 52% declararam sempre ter ereções rígidas; 53% sempre conseguem manter a ereção após a penetração; 64% avaliam nada difícil manter a ereção até o fim da relação sexual e 44% sempre ficaram satisfeitos com as tentativas de ter relação sexual. Em todas as questões, observam-se índices mais baixos entre os que estão insatisfeitos com a vida sexual e entre os que avaliam que a vida sexual piorou durante a pandemia.