82% defendem Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023

Entre beneficiários do programa, 53% veem Lula com mais chances de manter valor

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Oito em cada dez eleitores (82%) são favoráveis a manutenção do valor do Auxilio Brasil em R$ 600 para o próximo ano - esse índice é majoritário em todas as variáveis sociodemográficas. Já, uma parcela de 8% é contra a manutenção do benefício nesse valor e defende o retorno para o valor de R$ 400, 2% defendem um valor acima dos R$ 600, 3% avaliam que o benefício deveria acabar e 4% não opinaram.

Entre os que recebem o auxílio, 90% apoiam a manutenção do valor de R$ 600 em 2023, 5% defendem a redução para R$ 400, 1% defende um valor mais alto, 1% defende o fim do programa e 2% não opinaram.

As taxas pela continuidade do auxílio em R$ 600 são próximas tanto entre os eleitores de Lula (84%) quanto entre os eleitores de Bolsonaro (81%).

O atual levantamento foi realizado nos dias 08 e 09 de setembro de 2022, com 2.676 entrevistas presenciais em 191 municípios, com eleitores de 16 anos ou mais de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE - BR-07422/2022.

Quando questionados qual dos candidatos a presidente tem mais chances de manter o valor do Auxílio Brasil em R$ 600 no ano que vem, os índices de Lula e Bolsonaro são próximos, respectivamente, 45% e 40%. Ciro Gomes foi citado por 2% e Simone Tebet, por 1%, os demais candidatos não alcançaram 1% das menções. Para 4%, nenhum dos candidatos irá manter o Auxilio Brasil em R$ 600 no ano que vem e 7% não opinaram.

Entre os que recebem o Auxílio Brasil, 53% avaliam que Lula é candidato com mais chances de manter o valor do Auxílio Brasil em R$ 600, no ano que vem. Bolsonaro tem 37%, Ciro, 1%, e Tebet, 1%. Para 2%, nenhum dos candidatos irá manter o Auxilio Brasil em R$ 600 no ano que vem e 5% não opinaram.

26% RECEBEM OU MORAM COM ALGUÉM QUE RECEBE O AUXÍLIO BRASIL

O Datafolha perguntou sobre quais benefícios sociais os entrevistados recebem e o Auxílio Brasil é o mais comum dos quatro tipos de benefícios pesquisados. Na comparação com a pesquisa da semana passada, os índices de beneficiários ficaram estáveis: 26% declararam receber diretamente ou morar com alguém que recebe o Auxílio Brasil (eram 24%), 8% recebem ou moram com alguém que recebe o Vale Gás do Governo Federal (eram 9%) e 1% recebe ou mora com alguém que recebe o Benefício Caminhoneiro (mesmo índice anterior). O Benefício Taxista foi citado, mas não alcançou 1% das menções.

Observam-se taxas mais altas de beneficiários do Auxílio Brasil entre as mulheres do que entre os homens (29%, ante 23%), entre os que têm 16 a 24 anos (36%), entre os menos instruídos (35%), entre os mais que possuem renda familiar mensal de até 2 salários mínimos (41%), entre os moradores da região Nordeste (40%), entre os moradores da região Norte (42%), entre os assalariados sem registro (45%) e entre os desempregados (53%).

Quando somados os quatro tipos de benefícios, 28% dos eleitores recebem pelo menos algum benefício do Governo Federal (eram 25%).

Daqueles que não recebem o Auxílio Brasil (75%), 18% estão no Cadastro Único (eram 16%), 75% não estão no Cadastro Único (eram 76%) e 7% não souberam informar (eram 8%).