Protagonistas do segundo turno da disputa presidencial através das candidaturas de Lula e Jair Bolsonaro, PT e PL também são os partidos que mais mobilizam eleitores no Brasil, tanto pela simpatia quanto pela rejeição que atraem.
Uma parcela de 35% dos brasileiros é simpatizante do PT, incluindo aqueles mencionam nominalmente ter simpatia pelo partido (30%) e aqueles citam o partido de Lula (5%), sem mencionar a sigla. Entre eleitores com ensino fundamental, 42% dizem ter simpatia pelo PT ou pelo partido de Lula, índice que fica em 44% entre quem tem renda familiar de até 2 salários e alcança 50% na região Nordeste.
Abrigo partidário do atual presidente desde novembro de 2021, o PL, nominalmente, tem a simpatia de 14% dos eleitores, e há 7% que dizem ter simpatia pelo partido de Jair Bolsonaro, mas não citam sua sigla ou número. No total, 20% dos eleitores hoje são simpáticos ao PL. Alguns disseram ser simpatizantes tanto do PL quanto do partido de Bolsonaro, e essas citações duplicadas foram excluídas da soma dos dois grupos que resulta em 20%. Nas faixas de renda familiar acima de 10 salários, esse índice alcança 32%, e vai a 39% entre empresários.
Em um patamar mais baixo são citados PSDB (3%), PSOL (3%), MDB (3%), PDT (2%) e Novo (2%), entre outros com 1% ou menos. Há 35% que não têm simpatia por nenhum partido brasileiro.
Questionados sobre quais partidos brasileiros rejeitam, em que não votaria de jeito nenhum, 36% disseram PT, e 4%, o partido de Lula. No total, 39% dizem rejeitar o PT ou o partido do ex-presidente, índice que exclui citações duplicadas. Entre os mais pobres, com renda familiar de até 2 salários, 28% rejeitam o partido, e na faixa seguinte, de eleitores com renda familiar de 2 a 5 salários, a rejeição salta para 50%. Na faixa que tem renda de 5 a 10 salários, 56% rejeitam o PT ou o partido de Lula, e entre os mais ricos, com renda familiar superior a 10 salários esse índice é de 52%. Regionalmente, o antipetismo é mais forte no Sul (50%) e no Centro-Oeste (46%), e cai para 26% no Nordeste. Entre brancos, 49% rejeitam o PT, ante 37% na parcela de pardos e 30% entre pretos. No segmento evangélico, 54% tem rejeição ao PT ou ao partido de Lula, e entre os católicos são 35%. Na parcela de empresários, a rejeição ao partido atinge 66%.
São 14% os eleitores que rejeitam nominalmente o PL, e 15% dizem rejeitar o partido de Bolsonaro. Juntando os dois grupos e excluindo as menções duplicadas, 28% rejeitam o PL, com índices mais altos entre os mais pobres (34%, sendo que 22% ligam essa rejeição diretamente a Bolsonaro) e na região Nordeste (40%, com 26% de rejeição ao "partido de Bolsonaro").
Na sequência, como partidos mais rejeitados, aparecem PSOL (6%), PSDB (5%), MDB (4%) e PCdoB (3%), entre outros menos citados. Há ainda 23% que dizem não ter rejeição por nenhum partido, com índice mais alto entre as mulheres (27%) do que entre homens (18%).