75% são contra protestos que pedem intervenção militar

Mais brasileiros se identificam como petistas do que como bolsonaristas

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Três em cada quatro brasileiros (75%) se posicionam contra os protestos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que, desde o final do segundo turno da disputa presidencial, realizam bloqueios de rodovias e acampam em frente a quartéis exigindo intervenção militar contra os resultados das eleições. Há 21% que são favoráveis a esses protestos, e os demais estão indiferentes (3%) ou não opinaram (1%).

Os índices de apoio aos protestos que pedem intervenção militar são mais altos nas regiões Sul (28%) e conjunto de Norte e Centro-Oeste (29%), entre os mais ricos (36%), no segmento evangélico (31%) e entre empresários (39%). Entre quem votou em Bolsonaro no segundo turno da eleição, 44% são a favor desses protestos, e 50%, contra, com 6% indiferentes ou sem opinião.

Para 56%, as pessoas que estão pedindo um golpe militar nesses protestos devem ser punidas, porque precisam respeitar o resultado da eleição. Há 40%, por outro lado, que avaliam que não deve haver punição, porque elas têm o direito de se manifestar contra a democracia. Uma parcela de 4% não opinou. Entre os eleitores de Bolsonaro na disputa contra Lula, no segundo turno, 67% são contra a punição dos que protestam pedindo um golpe militar, e 29%, a favor. No eleitorado do petista, 81% avaliam que deveria haver punição, e para 15% essas pessoas não devem ser punidas.

Informados de que o Poder Judiciário tem bloqueado contas e perfis de redes sociais, como Facebook, Instagram e Twitter, de pessoas que estão se manifestando contra a democracia e pedindo um golpe militar, os brasileiros também foram consultados sobre o bloqueio de perfis e redes sociais que agem dessa forma. A maioria (63%) declarou ser contra esses bloqueios, e 32%, a favor, com 2% indiferentes e 3% sem opinião. Entre eleitores de Lula no segundo turno da eleição deste ano, há uma divisão: 49% são favoráveis aos bloqueios de contas e perfis e redes sociais que estão se manifestando contra a democracia e pedindo um golpe militar, e 48% são contra. Na parcela que votou em Bolsonaro, 79% são contra, e 16%, a favor.

Mais brasileiros se identificam como petistas (32%) do que como bolsonaristas (25%)

Considerando uma escala de 1 a 5 onde 1 significa ser bolsonarista e 5, petista, 32% se colocaram na posição 5, de petista, e 9%, na posição 4, inclinados ao petismo. A posição intermediária (3) abrange 20%, e 25% se colocam na posição 5, de bolsonaristas, com 7% na posição 2, inclinados ao bolsonarismo. Há 5% que dizem não se encaixar em nenhuma das posições na escala, e 1% não respondeu.

Na faixa dos mais jovens, de 16 a 24 anos, é menor tanto a taxa de bolsonaristas (16%) quanto de petistas (25%), com crescimento da posição intermediária (33%). Entre os mais pobres, na faixa de renda familiar de até 2 salários mínimos, 40% se posicionam como petistas, e 21%, como bolsonaristas. Na faixa seguinte, de 2 a 5 salários, esses índices em 24% e 30%, respectivamente, e essa tendência se mantém entre quem tem renda de 5 a 10 salários (21% a 25%). Entre os mais ricos, 40% se posicionam como bolsonaristas, e 13%, como petistas.

Na parcela de brasileiros que votou em Lula no segundo turno da eleição deste ano, 63% se posicionam como petistas, 15% se inclinam ao petismo, na posição 4, e 16% estão na posição intermediária. Entre quem votou em Bolsonaro, 56% se posicionam como bolsonaristas, 14% se colocam próximos ao bolsonarismo, na posição 2, e 3% estão na posição intermediária da escala.