Descrição de chapéu Opinião e sociedade Datafolha

Trabalho híbrido ou remoto é visto como ideal por 52% dos brasileiros

56% avaliam que Reforma Trabalhista beneficiou mais os empresários

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Se pudessem escolher uma forma de trabalho, 24% optariam pelo trabalho somente remoto, a partir de casa. Uma parcela similar, de 28%, gostaria de trabalhar de forma híbrida, tanto em casa quanto na empresa, e 45% escolheriam trabalhar somente na modalidade presencial, nas instalações da empresa, com 3% sem opinião sobre o assunto. Entre os homens, 48% preferem o trabalho somente presencial, ante 41% das mulheres. A escolha pelo trabalho somente remoto tem tendência inversa, preferido mais por mulheres (28%) do que homens (21%). Na parcela de jovens de 16 a 24 anos, 44% têm preferência pelo trabalho híbrido, índice que também fica acima da média entre brasileiros com escolaridade superior (43%).

O Datafolha contabiliza 11% de desempregados no país, incluindo neste grupo aqueles que estão desocupados em busca de um emprego (9%) e quem desistiu de procurar um trabalho (2%). Entre os desocupados que buscam emprego, 65% são mulheres, e 35%, homens.

No universo de desempregados, 31% estão nessa condição há até seis meses, 11% não têm trabalho há mais de seis meses e menos de um ano, outros 11% estão sem emprego há mais de um ano e menos de dois anos, e 43% não trabalham há mais de dois anos.

Os brasileiros que trabalham por conta própria, ou seja, assalariados sem registro, autônomos regulares, freelancers, remunerados através de bicos ou de outras ocupações sem registro, foram consultados se já trabalharam com carteira assinada, e 64% disseram que sim. Entre homens incluídos nessas categorias, 70% já tiveram registro em carteira, e entre as mulheres esse índice cai para 56%.

No universo dos que já trabalharam com carteira assinada, 70% estão sem registro na carteira há mais de dois anos, e 19%, há menos de um ano.

Entre os brasileiros que trabalham por conta própria, 61% gostariam de trabalhar com carteira assinada, e há 37% que não gostariam, com 2% que se recusaram a responder.

Para 56%, Reforma Trabalhista trouxe mais benefícios a empresários

Os brasileiros também avaliaram os resultados da Reforma Trabalhista, aprovada em 2017, que trouxe mudanças nos direitos dos trabalhadores brasileiros. Para a maioria (56%), a reforma trouxe mais benefícios para os empresários do que para os trabalhadores, e somente 6% acreditam que a mudança na legislação tenha beneficiado mais os trabalhadores do que os empresários. Uma parcela de 27% avalia ter havido benefícios tanto para trabalhadores quanto para empresários com a reforma, e 11% não opinaram sobre o tema.

Na parcela de homens, 32% veem benefícios tanto para trabalhadores quanto para empresários na Reforma Trabalhista, e entre as mulheres esse índice cai para 23%. Entre elas, é mais alto o percentual sem opinião (15% a 7%). No segmento dos mais pobres, com renda familiar de até 2 salários, 60% consideram que a reforma beneficiou mais os empresários do que os trabalhadores. Esse índice recua para 55% na faixa de renda de 2 a 5 salários, para 48% entre quem tem renda familiar de 5 a 10 salários, e fica em 37% no grupo dos mais ricos, com renda familiar acima de 10 salários.

Em abril de 2017, durante o processo de aprovação da Reforma Trabalhista, 64% tinham a expectativa de que ela beneficiaria mais os empresários do que os trabalhadores, 21% acreditavam que traria benefícios para os dois lados, e para 5% haveria mais benefícios para os trabalhadores do que para os empresários, com 10% sem opinião a respeito.

A maioria dos brasileiros (77%) considera ser mais importante trabalhar com carteira assinada, com direitos trabalhistas garantidos, mesmo que a remuneração seja menor, e 21% avaliam ser mais importante trabalhar sem carteira de assinada, sem direitos trabalhistas garantidos, mas com remuneração maior, e 2% não têm opinião sobre o tema.

Entre as mulheres, 81% consideram mais importante ter carteira assinada, índice mais alto que o registrado entre os homens (73%). Na parcela dos jovens de 16 a 24 anos, 82% avaliam ser mais importante trabalhar com registro em carteira, e na faixa seguinte, de 25 a 34 anos, esse índice cai para 68%. Entre 35 a 44 anos, são 73%, e sobe para 79% na faixa de 45 a 59 anos. Entre os mais velhos, com 60 anos ou mais, o índice é ainda mais alto, de 86%.

Na parcela dos mais pobres, com renda mensal de até 2 salários, 82% avaliam ser mais importante ter carteira assinada, e entre quem tem renda entre 2 e 5 salários fica em 73%. Na faixa de 5 a 10 salários de renda familiar, o índice é de 75%, e cai para 67% na faixa acima de 10 salários.