É alta a parcela de brasileiros que apoiam a prisão das pessoas que participaram da invasão dos prédios do Congresso Nacional, STF e Palácio do Planalto. Uma parcela de 46% avalia que todas as pessoas que participaram dessas invasões deveriam ser presas, para 15%, a maioria deveria ser presa e para 26%, somente alguns deveriam ser presos. Já, para 9%, ninguém deveria ser preso e 4% não opinaram.
Esses índices diferem entre os eleitores de Lula e Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial do ano passado. Entre os eleitores de Lula, 65% avaliam que todos os invasores deveriam ser presos, 21%, a maioria, 10%, somente alguns e 2%, ninguém. Já, entre os eleitores de Bolsonaro, 21% avaliam que todos os invasores deveriam ser presos, 10%, a maioria, 48%, somente alguns e 17%, ninguém.
Oito em cada dez (77%) avaliam que os invasores que estão sendo identificados deverão ser punidos, desses, 42% avaliam que deverão ser punidos com penas duras e 35%, com penas leves. Para 17%, os invasores identificados não serão punidos e 6% não opinaram. Os índices daqueles que avaliam que os invasores identificados serão punidos são majoritários em todas as variáveis sociodemográficas.
A maioria (77%) é favorável à prisão dos financiadores da invasão aos prédios do Congresso Nacional, STF e Palácio do Planalto, ante 18% que são contrários à prisão e 5% que não opinaram. A taxa de apoio à prisão dos financiadores é majoritária em todas as variáveis sociodemográficas e alcança o patamar mais alto entre os eleitores de Lula (97%, ante 54% entre os eleitores de Bolsonaro).
É majoritária a imagem negativa dos invasores. Nove em cada dez (89%) classificaram, de forma espontânea, os invasores de forma negativa, com destaque para: vândalos (18%), terroristas (15%), irresponsáveis (7%), criminosos (5%), baderneiros (5%), loucos (3%) e vagabundos (3%), entre outras palavras. Uma fração de 1% definiu os invasores como patriotas, 1% como indignados, 1% manifestantes e 8% não opinaram.
87% avaliam que haverá prejuízo na imagem do Brasil
Oito em cada dez (82%) avaliam que o presidente Lula agiu bem em decretar a intervenção federal na área da segurança pública do Distrito Federal, no último domingo. Para 14%, o presidente agiu mal e 4% não opinaram. A taxa de apoio à intervenção federal é majoritária em todas as variáveis sociodemográficas e alcança o patamar mais alto entre os eleitores de Lula (97%, ante 63% entre os eleitores de Bolsonaro).
A maioria (60%) avalia que o ministro do STF, Alexandre de Moraes, agiu bem ao afastar, por 90 dias, Ibaneis Rocha do cargo de governador do DF. Um terço (32%), avaliam que o ministro agiu mal e 7% não opinaram.
Observa-se que a taxa de apoio ao afastamento de Ibaneis é mais alta entre os eleitores de Lula do que entre os eleitores de Bolsonaro (88% ante 27%).
A maior parcela (87%) avalia que a invasão dos prédios do Congresso Nacional, STF e Palácio do Planalto irá prejudicar a imagem do Brasil no resto do mundo, desses, 67% avaliam que irá prejudicar muito e 21%, um pouco. Para 11%, a invasão não irá prejudicar a imagem do país no exterior e 2% não opinaram.
A avaliação que a invasão irá prejudicar a imagem do Brasil no exterior é majoritária em todas as variáveis sociodemográficas.
Dois em cada três (64%) avaliam que o presidente Lula conseguirá controlar futuros atos violentos, como o ocorrido no último domingo, para 29%, o presidente não conseguirá controlar (esse índice sobe para 55% entre os eleitores de Bolsonaro) e 6% não opinaram.
A taxa de otimismo com o governo Lula frente a novos atos violentos no futuro é majoritária em todas as variáveis sociodemográficas e alcança o patamar mais alto entre os eleitores do petista (87%, ante 36% entre os eleitores de Bolsonaro).