Para 51%, Lula fará governo melhor do que o de Bolsonaro

Derrotado na eleição, Bolsonaro termina mandato aprovado por 39%

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Para 49% dos brasileiros, o presidente eleito Lula (PT) fará um governo ótimo ou bom a partir de 2023, e os demais avaliam que seu terceiro mandato será ruim ou péssimo (26%), regular (20%) ou preferem não opinar (4%).

O petista assume com uma expectativa positiva mais baixa do que quando se preparava para governar o país pela primeira vez: após a vitória de Lula em 2002, 76% projetavam que seu governo seria ótimo ou bom, e apenas 3% que seria ruim ou péssimo, com 16% esperando um governo regular e 4% sem opinião a respeito. A expectativa positiva também é mais baixa do que a registrada em relação aos primeiros mandatos de Dilma (73% de ótimo ou bom, 16% de regular, 6% de ruim ou péssimo e 6% sem opinião) e de Fernando Henrique (70% de ótimo ou bom, 18% de regular, 5% de ruim ou péssimo e 7% sem opinião), e também em relação aos mandatos de Collor (71% de ótimo ou bom, 18% de regular, 4% de ruim ou péssimo e 7% sem opinião) e Bolsonaro (65% de ótimo ou bom, 17% de regular, 12% de ruim ou péssimo e 6% sem opinião).

Na parcela que aprova o governo Bolsonaro, 54% avaliam que o futuro governo será ruim ou péssimo, e para 23% será ótimo ou bom. No grupo que considera a gestão do atual presidente regular, 48% acreditam que o desempenho de Lula será ótimo ou bom, 17% têm expectativa de que seja ruim ou péssimo, e para 30% será regular, com 6% sem opinião. Entre quem reprova o governo Bolsonaro, 77% preveem que a administração de Lula a partir do próximo ano será ótima ou boa, 17% a projetam como regular, e para 4% será ruim ou péssima, além de 3% que preferiram não opinar.

Cerca de metade (51%) dos brasileiros acredita que o governo de Lula será melhor do que o período em que Bolsonaro esteve à frente da Presidência, e para 31% o petista fará um governo pior do que o atual ocupante do Palácio do Planalto. Há ainda 13% que avaliam que o futuro governo Lula será igual ao de Bolsonaro, e 5% não têm opinião sobre o tema.

Entre os mais pobres, com renda mensal familiar de até 2 salários mínimos, 59% acreditam que o governo de Lula será melhor que o de Bolsonaro, e para 23% será pior. Na parcela com renda de 2 a 5 salários, esses índices são de 44% e 39%, respectivamente, e entre quem tem de renda familiar de 5 a 10 salários ficam em 41% e 40%. No segmento dos mais ricos, com renda mensal familiar superior a 10 salários, 61% têm a expectativa de que a gestão do petista seja pior do que a do atual presidente, e para 26% será melhor.

As expectativas sobre realização das promessas feitas pelo presidente eleito também são menos otimistas do que quando se preparava para assumir como presidente pela primeira vez: em dezembro de 2002, 31% dos brasileiros avaliavam que Lula cumpriria a maior parte das promessas de campanha, 4% acreditavam que ele não cumpriria nada do que fora prometido, e para 62% ele cumpriria parte das promessas, mas não a maioria delas, com 3% sem opinião a respeito. Hoje, 24% dizem acreditar que o presidente eleito irá cumprir a maior parte do que prometeu na disputa eleitoral, 16% consideram que nada será cumprido, e 58% têm a expectativa de que parte das promessas sejam cumpridas, mas não a maioria, e há 2% que não opinaram.

Após a eleição presidencial de 2018, 27% tinham a expectativa de que Jair Bolsonaro cumpriria a maior parte das promessas feitas durante a campanha, e para 62% ele cumpriria parte de suas promessas, mas não a maioria delas. Uma parcela de 9% acreditava que nada seria cumprido, e 2% não tinham opinião. Os números são próximos aos registrados antes de Dilma assumir (31% de expectativa para o cumprimento da maioria das promessas, 59% para o cumprimento de parte das promessas e 6% para o não-cumprimento de qualquer promessa).