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81% do comércio de São Paulo é contra fim do parcelado sem juros

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Oito em cada dez (81%) responsáveis por estabelecimentos comerciais de pequeno porte da cidade de São Paulo são contrários ao fim da venda parcelada sem juros no cartão de crédito. Uma parcela de 15% é favorável à proposta, 3% são indiferentes e 1% não opinou.

A parcela que se posicionou favorável à medida fica acima da média entre os estabelecimentos comerciais que não fazem vendas parceladas sem juros no cartão de crédito: entre esses, 35% são favoráveis e 51% são contrários à proposta.

O atual levantamento foi realizado no dia 21 de agosto de 2023, com 306 entrevistas presenciais, com responsáveis por estabelecimentos comerciais de pequeno porte (até 49 funcionários) de todas as regiões da cidade de São Paulo. A margem de erro da pesquisa é de 6 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.

É majoritária a opinião que o fim das vendas parceladas sem juros no cartão de crédito traria mais prejuízos do que benefícios à economia brasileira, aos consumidores e ao comércio. Para 81%, o fim dessa modalidade de compra prejudicaria a economia brasileira em geral (73% prejudicaria muito e 8% prejudicaria um pouco), para 1%, não prejudicaria e nem beneficiaria, para 16%, beneficiaria (10% beneficiaria muito e 6% beneficiaria um pouco) e 2% não opinaram.

Em relação aos consumidores brasileiros, 85% avaliam que o fim do parcelado sem juros traria prejuízos (para 81% prejudicaria muito e para 4% prejudicaria um pouco), 13% avaliam que traria benefícios (para 11% beneficiaria muito e para 3% beneficiaria um pouco) e 1% não opinou. E, em relação ao próprio comércio, 75% avaliam que traria prejuízos (para 64% prejudicaria muito e para 11% prejudicaria um pouco), 9% que não prejudicaria e nem beneficiaria, 15% que traria benefícios (para 9% beneficiaria muito e para 6% beneficiaria um pouco) e 1% não opinou.

Entre os estabelecimentos comerciais que não fazem vendas parceladas sem juros no cartão de crédito, a taxa de otimismo com o fim das vendas parceladas fica acima da média: 34% avaliam que beneficiaria o próprio comércio (ante 29% de prejudicaria), 31% avaliam que beneficiaria os consumidores (ante 69% de prejudicaria) e 34%, que beneficiaria a economia brasileira (ante 61% de prejudicaria).

A proposta alternativa estudada pelo BC, de cobrar uma taxa extra para as compras parceladas sem juros, também é rejeitada pela maioria dos entrevistados. Nove em cada dez (87%) declararam ser contrários à medida, 12% são favoráveis e 1% é indiferente.

Quando questionados se a cobrança da taxa extra traria prejuízos ou benefícios à economia brasileira, aos consumidores e ao próprio comércio, a maioria avalia que traria prejuízos.

Para a economia brasileira em geral, 82% avaliam que a cobrança dessa taxa extra traria prejuízos (para 74% prejudicaria muito e para 8% prejudicaria um pouco), 1% avalia que não traria prejuízos e nem benefícios, 14% avaliam que traria benefícios (para 8% beneficiaria muito e para 6% beneficiaria um pouco) e 2% não opinaram. Para os consumidores, 94% avaliam que a cobrança extra traria prejuízos (para 85% prejudicaria muito e para 9% prejudicaria um pouco), 1% avalia que não traria prejuízos e nem benefícios, 4% avaliam que traria benefícios (para 3% beneficiaria muito e para 2% beneficiaria um pouco) e 1% não opinou.

E, por fim, em relação ao próprio comércio, 78% avaliam que a cobrança extra traria prejuízos (para 69% prejudicaria muito e para 10% prejudicaria um pouco), 9% avaliam que não traria prejuízos e nem benefícios e 12% avaliam que traria benefícios (para 6% beneficiaria muito e para 6% beneficiaria um pouco).

Entre os estabelecimentos comerciais que não fazem vendas parceladas sem juros no cartão de crédito, as taxas são próximas às observadas na média, com exceção para a avaliação do próprio comércio: entre esses, 22% avaliam que a medida beneficiaria o próprio comércio, 29% que não beneficiaria e nem prejudicaria e 49% que prejudicaria.