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Após 10 anos, violência voltar a ser maior problema da cidade

Para 25%, o serviço de saúde deveria ser a prioridade da prefeitura

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Quando perguntados sobre qual é o principal problema da cidade, 22% declararam de forma espontânea a violência. Na sequência ficaram: saúde (16%), transporte coletivo (8%), educação (6%), má qualidade das calçadas e asfalto da cidade (6%), limpeza da cidade (5%), moradia e habitação (4%), moradores de rua (4%), desemprego (3%), cracolândia (3%) e trânsito (3%), entre outros problemas menos citados. Uma fração de 4% não opinou.

Em comparação com a pesquisa anterior, de setembro de 2020, observa-se que o índice de menções à violência cresceu 10 pontos percentuais no período (era 12%), enquanto o índice de menções à saúde recuou sete pontos percentuais (era 23%). Violência não liderava a lista de principal problema da cidade desde 2013, quando foi citada por 19% (mesmo índice de saúde). E, considerando o histórico a partir de 2007, o atual índice é o mais alto da série.

Observa-se que a taxa de menções à violência supera a taxa de menções à saúde: entre os homens (24%, ante 12%), entre os que têm 16 a 24 anos (20%, ante 10%), entre os que têm 25 a 34 anos (28%, ante 14%), entre os mais instruídos (32%, ante 13%), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos (32%, ante 13%), entre os que possuem renda familiar mensal de mais 10 salários mínimos (28%, ante 8%), entre os que se autodeclararam como brancos (27%, ante 17%), entre os moradores da região central (32%, ante 13%) e entre os moradores da região Sul (25%, ante 17%).

Já, a taxa de menções à saúde se aproxima da taxa de menções à violência: entre as mulheres (20%, ante 21%), entre os que têm 60 anos ou mais (17%, ante 14%), entre os menos instruídos (16%, ante 17%), entre os que possuem renda familiar mensal de até 2 salários mínimos (19%, ante 18%), entre os que se auto declararam como pardos (16%, ante 19%), entre os que se auto declararam como pretos (16%, ante 18%) e entre os moradores da região Leste (16%, ante 19%).

Violência e saúde são também os principais problemas da cidade entre os eleitores de Guilherme Boulos (respectivamente, 21% e 15%) e de Ricardo Nunes (respectivamente, 23% e 16%).

Para 25% dos moradores da capital paulista, o serviço de saúde deveria ser a prioridade da Prefeitura, para 18%, deveria ser o combate a violência, para 14%, o serviço de educação, para 5%, os moradores de rua, para 5%, o serviço de transporte coletivo, para 4%, o serviço de moradia e habitação, para 3%, o serviço de limpeza, para 3%, o serviço de calçamento e recapeamento do asfalto e, para 3%, a cracolândia, entre outros serviços menos importantes. Uma fração de 3% não opinou.

A taxa de menções à saúde como prioridade principal da Prefeitura supera a taxa de menções ao combate à violência: entre as mulheres (29%, ante 18%), entre os que têm 60 anos ou mais (29%, ante 9%), entre os menos instruídos (26%, ante 11%), entre os que possuem renda familiar mensal de até 2 salários mínimos (28%, ante 15%), entre os que se autodeclararam como pardos (25%, ante 17%), entre os que se autodeclararam como pretos (31%, ante 13%), entre os evangélicos (32%, ante 16%) e entre os moradores da região Leste (27%, ante 14%).

Entre os eleitores de Boulos, saúde (25%) e educação (18%) ficam empatadas como a prioridade da Prefeitura. Já, entre os eleitores de Nunes, saúde (26%) e combate à violência (20%) dividem a liderança.