Identificação com bolsonarismo se mantém após fim de seu governo

Lula (7%) e Bolsonaro (6%) têm taxas similares de eleitores arrependidos

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Desde dezembro do ano passado, após a vitória de Lula (PT) na disputa presidencial com Jair Bolsonaro (PL), pouca coisa mudou na identificação dos brasileiros com o petismo e o bolsonarismo.

Em uma escala de 1 a 5, onde 1 é bolsonarista e 5 petista, 25% declaram ser bolsonaristas extremos, na posição 1, e há 7% que se veem como bolsonaristas mais moderados, na posição 2. No fim de 2022, aqueles que se posicionavam na escala extrema de bolsonarismo também eram 25%, e 7% se consideravam bolsonaristas moderados. Em março deste ano, esses índices oscilaram para, respectivamente, 22% e 9%, e em junho voltaram a 25% e 7%.

A taxa de brasileiros extremamente petistas, que se colocam na posição 5 da escala, era de 32% ao fim de 2022, oscilou para 30% em março deste ano, para 29% em junho e agora se manteve em 29%. Os petistas moderados, na posição 4, eram 9% em dezembro de 2022, 10% tanto em março quanto em junho deste ano, e agora são 11%.

Há ainda 21% que se colocam no centro dessa escala, e esse índice oscilou entre 20% e 22% desde o final do ano passado.

O índice de bolsonaristas extremos fica acima da média entre brasileiros com renda familiar de 5 a 10 salários (33%), na região Sul (33%), no conjunto das regiões Norte e Centro-Oeste (34%) e no segmento evangélico (38%).

Os petistas mais extremos, por sua vez, têm representatividade acima da média na faixa de 45 a 59 anos (39%), entre brasileiros que estudaram até o ensino fundamental (44%), na parcela dos mais pobres (37%), no Nordeste (44%) e entre católicos (37%).

O centro desse espectro tem, proporcionalmente, mais jovens de 16 a 24 anos (30%), brasileiros com ensino superior (28%) e assalariados registrados (29%).